AutoCAD 3D
Introdução e Conceitos básicos do AutoCAD 3D
- Introdução;
- Utilizando a ferramenta poliline;
- Estendendo um perfil, desenhando em poliline;
- Inserindo furos;
- Trabalhando com a ferramenta extrude;
- Trabalhando com o comando subtract.
Peças Cilíndricas
- Utilizando o comando revolve;
- Como desenhar um fillet;
- Apagando linhas construção;
- Utilizando modelos de visualização (front, right, top, SE isometric, etc).
Conhecendo mais recursos
- Utilizando a ferramenta Box;
- Alterando a posição do UCS;
- Como juntar desenhos em uma única peça;
- Desenhando cotas em 3D.
Arrays 3D
- Diferenciando o array polar e o array retangular;
- Especificando a distância entre níveis;
- Utilizando o comando mirror3D;
- Trabalhando com o comando slice;
- Conhecendo as funções do undo.
Praticando em 3D – Planta baixa de uma casa
- Desenhando a parede;
- Criando uma porta;
- Inserindo janelas.
Estilos de Visualização
- Visualizando pontos internos;
- Conhecendo o modo hide;
- Utilizando o modelo realistic;
- Visualizando pelo wireframe;
- Modificando os tons e as luzes de uma peça;
- Trabalhando com o comando viewports;
- Diminuindo o tamanho da vista por meio do comando realtime
AutoCAD 2D
Provavelmente ao se deparar com projetos ou plantas de edifícios, você deve ter se perguntado: como será que estes desenhos são feitos? Será que existe um programa específico?
Estes desenhos são elaborados utilizando o AutoCAD que é um software do tipo CAD,uma sigla para Computer Aided Design, ou seja, desenho auxiliado por computador.
O AutoCAD 2D é utilizado para desenho técnico em duas dimensões em engenharia civil, mecânica, arquitetura e diversos outros ramos da indústria.
- Conheça os recursos e ferramentas disponíveis no AutoCAD;
- Aprenda a criar e manipular linhas e objetos;
Apresentação do AutoCAD 2D
- Conhecendo os elementos da área de trabalho;
- SNAP, GRID, MODEL, entre outros;
- Editando layers.
Manuseando Objetos
- Fazendo contornos por meio dos layers;
- Utilizando o UCS;
- Especificando o ponto da linha;
- Utilizando o Zoom Window;
- Desenhando uma linha tracejada;
- Desenhando hachuras;
- Trabalhando com o comando copy.
Ferramentas de Edição
- Utilizando coordenadas absolutas e coordenadas polares;
- Trabalhando com o comando array;
- Movendo a tela;
- Dimensionando distância entre as linhas e as colunas do array;
- Apagando linhas e objetos;
- Conhecendo o comando gradient;
- Utilizando o mirror.
Recortando objetos e trabalhando com retângulos
- Utilizando o comando Trim;
- Especificando distâncias;
- Criando um chanfro;
- Determinando raios;
- Trabalhando com o comando off set;
- Conhecendo o comando retângulo.
Manipulação de Objetos
- Utilizando os comandos arc, polyline, rotate e stretch;
- Conhecendo ferramentas de medição, cálculos de área e identificação de ponto;
- Utilizando a ferramenta list;
- Desenhando com o comando spline;
- Dimension Style Manager;
- Configurando e padronizando cotas;
Blocos e Formas Geométricas
- Inserindo, excluindo, duplicando e gerenciando blocos;
- Criando elipses e polígonos;
- Utilizando a ferramenta join;
- Estabelecendo uma tolerância;
- Inserindo layouts;
- Trabalhando com a ferramenta construcion line;
- Utilizando os comandos undo e redo.
Imprimindo no AutoCad
- Modificando a cor da tela gráfica;
- Diminuindo a visão do desenho na tela;
- Trabalhando com o comando scale;
MS Project
O MS Project é um programa voltado para a gestão de projetos diversos. Com uma interface amigável, ele permite controlar recursos, tarefas e orçamento. Seu uso descomplica o trabalho na hora de gerenciar projetos diversos, desde os muito pequenos, até os gigantes, que envolvam milhares de pessoas.
O MS Project fornece diversas maneiras para planejar, gerenciar e trocar informações sobre o projeto, resultando em produtividade e efetividade avançadas. Com este aplicativo, você pode manter toda a equipe de trabalho alinhada com o projeto e receber informações atualizadas sobre o progresso de cada atividade estabelecida.
- Iniciar novos projetos;
- Planejar tarefas;
- Criar e utilizar diversos tipos de recursos;
- Emitir relatórios, entre outros.
Conhecendo o Project 2007
- Como criar seus próprios projetos;
- Inserindo e excluindo tarefas;
- Vinculando e dividindo tarefas;
- Localizando e substituindo textos;
- Importando tarefas do Outlook;
- Exportando relatórios;
- Emitindo um relatório do status e andamento do projeto;
- Exibindo um fluxograma;
Criando um novo projeto
- Conhecendo a Guia do Projeto;
- Configurando as colaborações de um projeto;
- Definindo os períodos úteis para a realização do projeto;
- Organizando tarefas em fases;
- Inserindo subtarefas;
- Adicionando documentos ao projeto;
- Controlando e gerenciando o progresso do projeto.
Projeto: Reformando uma casa – Parte I
- Adicionando feriados ao calendário;
- Preenchendo tarefas;
- Vinculando tarefas a fim de estabelecer prazo para o início das mesmas;
- Acrescentando recursos às tarefas.
Projeto: Reformando uma casa – Parte II
- Alterando o modo de visualização do calendário;
- Visualizando as tarefas inseridas pelo Gantt de Controle;
- Utilizando o recurso uso de tarefas para representar as horas trabalhadas;
- Visualizando o andamento do projeto;
- Como alterar o estilo do gráfico;
- Definindo valores para os recursos utilizados em cada tarefa;
- Localizando valores totais das horas trabalhadas em cada tarefa.
Projeto: Reformando uma casa – Parte III
- Adicionando informações ao projeto;
- Vinculando tarefas no Gráfico de Gantt;
- Visualizando os custos do projeto;
- Alterando a aparência ou conteúdo do Gráfico de Gantt;
- Comparando o progresso com o trabalho de linha base;
- Alocando o tempo dos recursos;
Projeto: Reformando uma casa – Parte IV
- Controlando as tarefas finais do projeto;
- Como inserir informações sobre o progresso do projeto;
- Salvando um plano de linha base para comparar com versões anteriores;
- Solicitando relatórios de status em formato de texto;
- Emitindo relatórios finais.
Gestão de Projetos
A Gestão de Projetos é a aplicação de habilidades e técnicas com o objetivo de atingir metas, obedecendo prazos e levando em consideração os custos e a qualidade final.
Com a competitividade crescente entre as empresas, aquelas que conseguem projetar e executar com eficiência levam grande vantagem. É por isso que a Gestão eficaz de Projetos é uma das características mais valorizadas pelas empresas em seus líderes.
Independente da área de atuação, conhecer técnicas de Gestão de Projetos é um diferencial importante ao profissional que pretende destacar-se em sua carreira.
No Curso de Gestão de Projetos você conhecerá:
- Técnicas que farão seus projetos obterem resultados positivos;
- Todas as fases de um projeto, desde as iniciais até os relatórios finais;
- Como se tornar um Gestor de Projetos eficaz, entre outros.
Conheça diversas técnicas de planejamento, acompanhamento e execução de projetos, como Matrizes de Responsabilidades, Histogramas de Recursos, Diagramas da Gantt, Balanced Scorecard, entre outras aplicáveis a projetos de todos os tamanhos, que visam garantir que seus projetos fiquem dentro do planejado.
Aprenda tudo por meio de vídeo-aulas dinâmicas e interativas, com um tutor virtual, exemplos e exercícios. Você também pode baixar as apostilas do curso para arquivar e/ou imprimir.
Gestão de Projetos
- Objetivos do Gestor de Projetos
- Ciclo de Vida dos Projetos
- Técnicas de Gerenciamento
- Projetos de Sucesso
- Vantagem de ser competitivo
- Geradores de Projetos
- Em busca de oportunidades
- Como trabalhar as necessidades
Unidade 2 – Concepção do Projeto
- Processo de Iniciação do Projeto
- Termo de Abertura
- Contrato / Acordo bilateral
- Declaração do Trabalho
- Fatores ambientais da empresa
- Ativo dos processos organizacionais
- Usando o Planejamento
- Duração do Projeto
- Monitoramento e Manutenção do Projeto
- Estratégia inicial
- Distribuindo tarefas para a equipe de projetos
- Partes envolvidas no Projeto
- Possíveis problemas em um Projeto
- Solucionando Conflitos
- Elaboração do Project Chartner
- Project Chartner
Unidade 3 - Planejamento e Prática
- Reconhecendo talentos para formação da equipe
- Como transmitir informações
- Distribuições de tarefas e processos gerenciais
- Caminho Crítico – Rede Pert / CPM
- Baseline ou Linha de Base
- Áreas de Conhecimento da Gestão de Projetos
Unidade 4 – Execução e Conclusão
- Resumo de Planejamento
- Fator Humano
- Tipos de Estrutura
- Matrizes de Responsabilidades
- Histograma de recursos
- Execução do Projeto
- Controle do Projeto
- Diagramas de Gantt
- Dimensões do projeto a serem controladas
- Distribuições de responsabilidades de controle
- Gerentes de controle
- Balanced Scorecard (BSC)
- Encerramento de Contratos
- Relatórios de Conclusão
- Arquivos do Projeto
- Fechamento do Projeto
- Razões para o gerenciamento de projetos
- Conclusão
A mecânica do Regime Diferenciado de Contratações
Aldo Dórea Mattos
Instituído em 2011 pela Lei 12.462, para agilizar as contratações necessárias à realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, o Regime Diferenciado de Contratações (RDC) vem sendo estendido a muitas outras áreas de atuação da Administração Pública, o que o tem tornado cada vez mais frequente em licitações nas esferas municipal, estadual e federal. A seguir, faço um balanço do que é o RDC, suas características, vantagens, desvantagens e seu impacto na Engenharia de Custos.
Basicamente, o RDC prevê a contratação da obra apenas com um anteprojeto, cabendo ao vencedor da licitação desenvolver o projeto executivo e executar a obra. Além disso, o rito da licitação é mais simples, com inversão das fases (abrem-se primeiro os envelopes de preço e depois se analisa a documentação apenas do vencedor).
Objeto
A adoção do RDC é opcional pelo órgão licitante e é aplicável exclusivamente às licitações e aos contratos necessários à realização dos seguintes objetos (a lista vem sem continuamente ampliada, razão pela qual é sempre bom consultar a legislação atualizada):
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RDC x Lei 8.666/93
A utilização do RDC se contrapõe à utilização da Lei das Licitações (8.666/93). Ou se usa uma ou a outra. As principais inovações trazidas pelo RDC são sumarizadas abaixo:
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No RDC, durante o processo licitatório, o órgão não divulga o orçamento referencial da obra (aquele feito pelo próprio órgão). Desta maneira, a empresa proponente não pode simplesmente preencher planilha para chegar num “preço bem próximo ao referencial”, como muitas vezes se vê em licitações.
O orçamento previamente estimado para a contratação será tornado público apenas e imediatamente após o encerramento da licitação, sem prejuízo da divulgação do detalhamento dos quantitativos e outras informações necessárias para a elaboração das propostas. Se, contudo, for adotado o critério de julgamento por maior desconto, aí sim o orçamento será público e constará do edital.
A regra geral do RDC dispõe que a habilitação será realizada depois da abertura e julgamento das propostas de preço e da realização da fase de lances (se houver). Isto representa uma rapidez muito maior no processamento das propostas, poupando muito tempo e reduzindo bastante a burocracia administrativa. Basta imaginar que será analisado apenas um envelope e não 10 ou 15.
Contratação integrada
Sem dúvida, a maior inovação do RDC é a figura da contratação integrada (que é opcional). A contratação integrada compreende a elaboração e o desenvolvimento dos projetos básico e executivo, a execução de obras e serviços de engenharia, a montagem, a realização de testes, a pré-operação e todas as demais operações necessárias e suficientes para a entrega final do objeto. Trata-se, portanto, de um “pacotão”:
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A lei que disciplina o RDC estabelece textualmente que é vedada a celebração de aditivos aos contratos firmados, exceto nos casos de caso fortuito ou força maior e por necessidade de alteração do projeto ou das especificações para melhor adequação técnica aos objetivos da contratação, a pedido da administração pública, desde que não decorrentes de erros ou omissões por parte do contratado.
Pelo fato de ser possível contratar a obra a partir de um anteprojeto de engenharia, a empresa que participa do RDC é levada a orçar a obra com mais apuro, precisando contar com projetistas eficientes e orçamentistas qualificados.
Na contratação integrada, será adotado o critério de julgamento de técnica e preço, no qual deverão ser avaliadas e ponderadas as propostas técnicas e de preço apresentadas pelos licitantes, mediante a utilização de parâmetros objetivos obrigatoriamente inseridos no edital (Ex: 70% preço, 30% técnica).
Matriz de riscos
É fato notório que, se todos os riscos da obra ficarem por conta da empresa contratada, ela terá que embutir uma margem de segurança muito alta em seu orçamento, resultando numa proposta elevada e pouco interessante para a Administração Pública.
Por esta razão, o RDC admite que na elaboração do orçamento poderá ser considerada taxa de risco compatível com o objeto da licitação. Uma forma de se identificar os riscos e alocá-los judiciosamente entre contratante e contratado é amatriz de riscos. Abaixo está reproduzida parte da matriz de riscos de uma obra do DNIT contratada via RDC.
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Um livro completo sobre o assunto é “Regime Diferenciado de Contratações Públicas”, de André Pachioni Baeta.
de gerenciamento de armazéns
Aldo Dórea Mattos
Adicionalmente ao arranjo do canteiro, que é o estudo da disposição espacial dos diversos elementos do canteiro ― acessos, edificações provisórias, locais de armazenamento, etc. ―, a equipe gestora da obra deve também pensar na logística da construção.
Por logística entende-se o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e economicamente eficaz de matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados e informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências do cliente (definição do CSCMP - Council of Supply Chain Management Professionals).
As atividades desse ramo da gestão, portanto, estão voltadas para o planejamento do recebimento, armazenagem, circulação e distribuião de produtos. O objetivo da logística é conseguir criar mecanismos para entregar os produtos no destino final no tempo mais curto possível, reduzindo os custos. Para isso, especialistas na área estudam rotas de circulação, meios de transportes, locais e métodos de armazenagem, entre outros aspectos. Pode-se dizer que logística é a aplicação pura da engenharia de produção à construção civil. A palavra que dá origem à palavra já diz tudo: lógica.
A logística é tão importante em uma fábrica quanto em uma obra, apesar do canteiro de obras funcionar de modo diferente de uma fábrica. Enquanto nesta o operário é fixo e o material é móvel (linha de montagem), na construção é justamente o oposto: o operário move-se constantemente, ficando o produto final fixo no lugar.
Sistema de gerenciamento de armazém
No bojo deste assunto, nesta semana eu gostaria de abordar com mais profundidade o chamado sistema de gerenciamento de armazém (ou warehouse management system, WMS), enfocando o que acontece da porta da obra para dentro.
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Foi pensando nisso tudo que o WMS surgiu. Trata-se de uma tecnologia utilizada para integrar e processar as informações de localização das mercadorias, controlar a utilização da capacidade de mão de obra, planejar detalhada e minuciosamente os níveis de estoque, gerenciar processos de inventário, valendo-se de códigos de barras (ou RFID) e coletores de dados. Vejamos a estrutura do WMS aplicado à construção civil.
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Recebimento
Na primeira fase do WMS, a tecnologia é aplicada para o recebimento dos caminhões. A primeira providência é gerenciar o horário das entregas. Estranha-me notar que, em muitas obras, os caminhões chegam quase ao mesmo tempo. Com o WBS, controla-se a entrega dos diversos fornecedores. É óbvio que isso não elimina filas, pois há engarrafamentos e atrasos, mas já é um avanço.
Outro aspecto do recebimento é a descarga. A depender da localização da obra e da geometria do terreno, os métodos podem variar. Entretanto, prefira sempre trabalhar com páletes. A padronização dimensional dos páletes otimiza muito a descarga e o armazenamento. Seu manuseio com uma empilhadeira é fácil e prático (o aluguel de uma empilhadeira pode ter o mesmo custo de três serventes, faça as contas!). Além disso, em muitas obras a empilhadeira descarrega um caminhão de 12 páletes em muito menos tempo do que uma grua.
Em seguida, o WMS usa a chamada conferência cega (não confundir com conferência às cegas...). Enquanto nas obras normalmente quem recebe a mercadoria confere a nota fiscal com o conteúdo do caminhão, na conferência cega o conferente (que pode ser o próprio operador da empilhadeira) digita no coletor de dados a quantidade de itens recebidos. O sistema compara com o pedido e, havendo divergência, a liberação precisa da autorização de um gestor superior. Somente se a descarga for liberada o controle financeiro é acionado.
Ainda nessa etapa, o conferente ou outra pessoa aplica etiquetas com código de barras aos paletes.
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Armazenamento
Na segunda fase do WMS, a tecnologia é aplicada para localização precisa de cada produto no almoxarifado. Antes, há que se fazer um projeto de almoxarifado, com ruas (alas) bem definidas e numeradas. Pelo coletor de dados, o pessoal sabe exatamente onde estocar cada produto, e o sistema computa aquilo que está estocado (origem, data, local, quantidade).
Nessa gestão do almoxarifado é importante verificar quais dentre os paletes deve ser o primeiro a ser utilizado na obra, pois há questões ligadas a prazo de validade. O WMS também ajuda a monitorar isso. Há produtos que devem obedecer à regra FIFO (o primeiro que entrou é o primeiro a sair) e outros à regra FEFO (o primeiro a expirar é o primeiro a sair):
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Por exemplo, no caso de cimento, se a obra recebeu sacos de cimento de uma obra vizinha, é preciso verificar as datas de expiração. Quem estiver mais perto de prazo de validade, tem prioridade para sair primeiro (FEFO).
Expedição
Na terceira fase do WMS, a tecnologia é aplicada para a remessa de produtos do almoxarifado para as frentes de produção. Só pode sair do estoque aquilo que foi pedido. Operacionalmente, o operário "aperta a pistola" no código de barras do produto e depois faz o mesmo no local de entrega (andar, pilar, cômodo, torre). Isso cria uma vinculação entre origem e destino de cada material, permitindo gerenciar perdas por andar, por equipe, etc.
Atenção deve ser dada à questão de lotes de cerâmica, por exemplo. Como cada fornada do fabricante produz uma tonalidade diferente, o WMS ajuda a garantir que uma determinada área receba produtos do mesmo lote.
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Inventário
Na quarta fase do WMS, a tecnologia é aplicada para o controle do estoque (inventário). De acordo com as premissas da equipe gestora ou da política da empresa, a cada intervalo de tempo é preciso fazer um balanço do que entrou, saiu ou ainda está armazenado. Essa conta tem que fechar.
Na prática, o que as construtoras fazem é definir, a partir da curva ABC de insumos, quais os produtos que devem ser inventariados mensalmente, semestralmente ou anualmente. É tudo uma questão de gerenciamento.
Revista Téchne
Concessão, PPP e PMI
Aldo Dórea Mattos
De uns tempos para cá, temos visto com cada vez maior frequência licitações deconcessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs). No atual cenário de retração da economia e indisponibilidade de recursos públicos em quantidade suficiente para arcar com todos os investimentos requeridos para a infraestrutura do País, essas modalidades de contratação passam a ser mais atraentes, porque envolvem recursos do setor privado. Continuar os investimentos em infraestrutura é crucial para manter a economia aquecida e fomentar o crescimento do PIB. Mas o que são concessão e PPP? E onde entra a Engenharia de Custos?
Concessão
Uma concessão pública é um é o contrato entre a Administração Pública (o governo) e uma empresa particular, pelo qual o governo transfere ao segundo a execução de um serviço público, para que este o exerça em seu próprio nome e por sua conta e risco, mediante tarifa paga pelo usuário, em regime de monopólio ou não. O regime das concessões está regulado pela Lei 8.987/95.
Trata-se da gestão indireta de um serviço público onde o concessionário, desempenhando uma função pública, deve respeitar as instruções da Administração, para que o serviço público concessionado mantenha a sua natureza, ainda que gerido por uma entidade privada. Há uma delegação de poderes da Administração Pública (chamada de poder concedente, nesse caso) para uma empresa privada. Os exemplos mais comuns são estradas (pedagiadas), aeroportos e sistemas de tratamento de água/esgoto.
O mecanismo é o seguinte: mediante leilão, o Governo seleciona o concessionário que se encarregará da prestação do serviço ao usuário final, arcando com todo o custo do investimento e sendo remunerado através da cobrança de uma tarifa. Ao final do período de concessão (geralmente entre 15 e 30 anos), os bens são todos transferidos ao poder concedente. No caso de uma rodovia, por exemplo, o concessionário recebe do governo uma rodovia existente ― geralmente em estado lastimável de conservação ― e se compromete a fazer todas as melhorias (recapeamento, duplicação, reforço de viadutos etc.) segundo o plano de investimentos estabelecido no contrato, e opera e mantém a rodovia durante todo o período da concessão.
No quadro abaixo mostramos os principais deveres do poder concedente e os do concessionário:
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PPP
Imaginemos que o governo pretenda conceder à iniciativa privada certo serviço público. O cálculo da tarifa leva a valores muito altos, devido ao fato de o custo de construção, operação e manutenção ser elevado em relação à receita que aquele serviço gerará. Como a conta não fecha, a concessão pura e simples do serviço não é autossustentável. Como resolver isso? Através de uma Parceria Público-Privada (PPP), em que a Administração Pública complementa a tarifa, efetuando o pagamento de uma contraprestação ao titular do contrato.
Uma PPP é um contrato de prestação de serviços de médio e longo prazo (de cinco a 35 anos) firmado pela Administração Pública, cujo valor seja superior a R$ 20 milhões, sendo vedada a celebração de contratos que tenham por objeto único o fornecimento de mão de obra, equipamentos ou execução de obra pública. O regime das concessões está regulado pela Lei 11.079/04.
Em outras palavras, as PPPs destinam-se àqueles serviços e/ou obras públicas cuja exploração pelo contratado não é suficiente para remunerá-lo (ex.: estádios de futebol ou ferrovias de baixo movimento) ou que não envolvem o pagamento de tarifa por seus usuários (ex.: construção e operação de hospitais e presídios). Sendo assim, pela incapacidade de o empreendimento se pagar por si só, o governo completa a remuneração do investidor privado, surgindo então uma verdadeiraparceria público-privada.
As PPPs dividem-se em concessão administrativa e concessão patrocinada.
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PMI
Quando falo sobre concessões e PPPs, verifico que muita gente desconhece um interessante dispositivo que a Lei das PPPs criou e que foi posteriormente regulamentado pelo Decreto 8.428/15: o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI).
O Procedimento de Manifestação de Interesse) é uma prática internacionalmente difundida para agilizar a estruturação de PPPs e garantir maior transparência e competitividade do processo de seleção, modelagem, licitação e contratação de projetos de infraestrutura.
Basicamente o PMI é uma convocação da Administração Pública para que apareçam candidatos dispostos a desenvolver projetos, estudos, levantamentos e investigações.
Por meio do PMI a autoridade pública manifesta seu interesse em receber da iniciativa privada estudos de viabilidade, levantamentos, investigações, dados, informações técnicas, projetos ou pareceres de interessados a serem utilizadas em modelagens de parcerias público-privadas ou concessões já definidas como prioritárias no âmbito da administração pública.
A empresa que apresentar o melhor projeto ganha a disputa. Se a PPP/concessão for efetivada, o vencedor do leilão paga ao autor do PMI o que foi pré-estipulado pelo governo no edital. PMIs já foram usados em leilões de rodovias, aeroportos e portos.
A justificativa do PMI é que a iniciativa privada é capaz de gerar as informações sobre os projetos de infraestrutura de modo mais ágil do que o poder público, pois tem condições de realizar contratações mais rápidas de projetistas, sondagens, topografia, estudos ambientais e sociais etc.
Alguns exemplos:
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| Fonte: http://pt.slideshare.net/gustavoschiefler/ procedimento-de-manifestao-de-interesse-pmi |
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Revista Tchne
Atrasos na faixa 1 do MCMV serão quitados até 15 de agosto, confirma o governo
Secretária Nacional da Habitação, Inês Magalhães, disse que pagamentos mensais, partindo de 1º de julho, também atenderão a novo cronograma

A secretária Nacional da Habitação, Inês Magalhães, confirmou que os pagamentos atrasados das obras da faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) serão quitados até o dia 15 de agosto, assim como a CBIC já havia informado. A declaração foi dada nesta quinta-feira (2) em exclusividade para Construção Mercado pela secretária, antes de participar do 62º Fórum Nacional de Habitação de Interesse Social, em Campinas (SP).
O volume de pagamentos em atraso, desde dezembro, é de R$ 1,6 bilhão, segundo cálculo de empresários do setor. Desse total, R$ 800 milhões serão liberados pelo governo neste mês, e o restante ficará para o mês seguinte. "Em agosto, esperamos já ter tudo isso resolvido", disse.
Inês Magalhães acrescentou que os pagamentos mensais, partindo de 1º de julho, atenderão a um novo cronograma. Nestes casos, o pagamento irá ocorrer em 30 dias após a medição das obras para construtoras de pequeno porte, 45 dias para as médias e 60 dias as grandes.
A classificação do porte se dará pelo volume de faturamento, conforme padrão da Receita Federal. "A questão é que nós precisamos adequar o ritmo das obras ao que se tem de dinheiro disponível", justificou.
Em maio do ano passado, o governo tomou medida semelhante para colocar fim ao problema dos atrasos, iniciado em setembro de 2013. Em negociação com o setor na época, o Executivo alterou o fluxo de pagamentos da faixa 1 para que as empresas de pequeno porte recebessem 15 após a medição das obras, e as demais depois de 21 dias. Esse modelo funcionou até outubro, quando os atrasos voltaram ocorrer, segundo representantes do setor.
Em relação à terceira fase do MCMV, a secretária mencionou que a presidente Dilma Rousseff planeja o lançamento para agosto, embora ainda tenha havido uma confirmação de datas. Inês também acrescentou ser pouco provável que ocorram novas contratações dentro da faixa 1 do programa neste ano. Em 2014, o Governo Federal havia anunciado que a meta de contratação era de 350 mil unidades para 2015.
Repercussão
O vice-presidente de Habitação Popular do SindusCon-SP, Ronaldo Cury, considerou positiva a confirmação do governo de que há um compromisso para acabar com os atrasos na faixa 1. “Trabalhar sem data (para receber) é muito difícil. Agora é hora de agradecer”, diz. A entidade paulista vai acompanhar atentamente o cumprimento das medidas anunciadas, segundo ele.
Cury acredita que o fim dos atrasos abra caminho para o lançamento em agosto da terceira fase do programa habitacional. Ele também diz que o grupo de trabalho criado pelo Executivo para discutir as novas regras do MCMV passou novamente a atuar com força e voltará a se reunir a partir da semana que vem. "São indícios."
Na terça-feira (30), quando divulgou a notícia de reglarização dos pagamentos, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) demonstrou otimismo moderado. "O governo nos dá um sinal de que deseja solucionar os problemas e vamos aguardar", afirmou o presidente da entidade, José Carlos Martins. Uma nova reunião da CBIC com o governo está marcada para o fim de julho.
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A secretária Nacional da Habitação, Inês Magalhães, confirmou que os pagamentos atrasados das obras da faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) serão quitados até o dia 15 de agosto, assim como a CBIC já havia informado. A declaração foi dada nesta quinta-feira (2) em exclusividade para Construção Mercado pela secretária, antes de participar do 62º Fórum Nacional de Habitação de Interesse Social, em Campinas (SP).
O volume de pagamentos em atraso, desde dezembro, é de R$ 1,6 bilhão, segundo cálculo de empresários do setor. Desse total, R$ 800 milhões serão liberados pelo governo neste mês, e o restante ficará para o mês seguinte. "Em agosto, esperamos já ter tudo isso resolvido", disse.
Inês Magalhães acrescentou que os pagamentos mensais, partindo de 1º de julho, atenderão a um novo cronograma. Nestes casos, o pagamento irá ocorrer em 30 dias após a medição das obras para construtoras de pequeno porte, 45 dias para as médias e 60 dias as grandes.
A classificação do porte se dará pelo volume de faturamento, conforme padrão da Receita Federal. "A questão é que nós precisamos adequar o ritmo das obras ao que se tem de dinheiro disponível", justificou.
Em maio do ano passado, o governo tomou medida semelhante para colocar fim ao problema dos atrasos, iniciado em setembro de 2013. Em negociação com o setor na época, o Executivo alterou o fluxo de pagamentos da faixa 1 para que as empresas de pequeno porte recebessem 15 após a medição das obras, e as demais depois de 21 dias. Esse modelo funcionou até outubro, quando os atrasos voltaram ocorrer, segundo representantes do setor.
Em relação à terceira fase do MCMV, a secretária mencionou que a presidente Dilma Rousseff planeja o lançamento para agosto, embora ainda tenha havido uma confirmação de datas. Inês também acrescentou ser pouco provável que ocorram novas contratações dentro da faixa 1 do programa neste ano. Em 2014, o Governo Federal havia anunciado que a meta de contratação era de 350 mil unidades para 2015.
Repercussão
O vice-presidente de Habitação Popular do SindusCon-SP, Ronaldo Cury, considerou positiva a confirmação do governo de que há um compromisso para acabar com os atrasos na faixa 1. “Trabalhar sem data (para receber) é muito difícil. Agora é hora de agradecer”, diz. A entidade paulista vai acompanhar atentamente o cumprimento das medidas anunciadas, segundo ele.
Cury acredita que o fim dos atrasos abra caminho para o lançamento em agosto da terceira fase do programa habitacional. Ele também diz que o grupo de trabalho criado pelo Executivo para discutir as novas regras do MCMV passou novamente a atuar com força e voltará a se reunir a partir da semana que vem. "São indícios."
Na terça-feira (30), quando divulgou a notícia de reglarização dos pagamentos, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) demonstrou otimismo moderado. "O governo nos dá um sinal de que deseja solucionar os problemas e vamos aguardar", afirmou o presidente da entidade, José Carlos Martins. Uma nova reunião da CBIC com o governo está marcada para o fim de julho.
Circe Bonatelli 2/Julho/2015. Revista Tchne
Onde ocorrem as perdas
Aldo Dórea Mattos
É comum ouvirmos gente proferindo sentenças apocalípticas do tipo “a construção civil desperdiça um prédio a cada três prédios que são construídos”, ou teorizando que “numa obra compra-se tudo 10% a mais por causa das perdas” etc. Sem querer entrar no rigor técnico de derrubar essas falácias do dia-a-dia, nosso enfoque esta semana é sobre as perdas que inevitavelmente ocorrem nas obras.
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O conceito de perda é bastante abrangente. Para um leigo, perda equivale a desperdício, a resíduo que pode ser descartado ao final da operação. Esta definição é a que prevalece na cabeça de muitas pessoas, porque se baseia em um conceito visual. É como se perda fosse sinônimo de entulho.
Em nosso meio técnico, contudo, a definição de perda precisa levar em conta o conceito de bem de produção. Uma perda ocorre quando se utiliza uma quantidade maior de que a necessária de um dado insumo. Ela é toda quantidade de insumo consumida além da quantidade teoricamente necessária (calculada a partir do projeto ou de informações do fabricante). É um conceito econômico, que tem a ver com eficiência.
Por essa razão, perdas ocorrem não somente com materiais, mas também com mão de obra e equipamento.
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Perdas de material
As perdas de material são as mais fáceis de se visualizar porque muitas vezes deixam rastro: o entulho gerado no emboço de uma parede, pedaços de blocos quebrados, tocos de barras de aço, sobras de madeira e areia que se mistura ao solo da obra. E há também os furtos.
Entretanto, há um tipo de perda que “come” dinheiro sem deixar resíduos. É a chamada perda incorporada. É o caso de peças de concreto moldadas com dimensões maiores do que as especificadas no projeto. Basta pensar numa laje projetada para ter 10 cm de espessura, mas que é concretada com 11 cm. Embora ao final da concretagem nenhum desperdício seja visível, essa laje consumiu 10% mais concreto do que deveria ter consumido (esse mesmo centímetro adicional representaria 25% a mais em uma laje de oito cm!).
Mas de onde surgem esses desvios de espessura? Do controle deficiente em campo. A ausência de tirantes intermediários na fôrma de um pilar longo, por exemplo, pode causar o “embarrigamento” da fôrma, com consequente aumento do volume de concreto para preencher o espaço. O leitor já viu parede fora de prumo? Eu já. E o pior é que quando o engenheiro se dá conta disso, o pedreiro vem a famosa frase que me dá náuseas: “na massa a gente tira”. Ora, ele pode até estar se esforçando para corrigir o defeito do levante da parede, mas certamente ninguém orçou o consumo de argamassa com essa espessura toda...
Como se minimizam essas perdas? Melhorando treinamento, aprendendo com lições de outras obras, aprimorando o controle da qualidade no campo e fazendo conta. Paginação de paredes, distribuição de materiais em paletes, estocagem correta e transporte interno em equipamentos adequados (há sempre um tijolinho que teima em cair do carrinho de mão...) são apenas algumas boas práticas que podem amenizar as perdas.
A simples divisão da quantidade efetivamente consumida pela quantidade teórica revela o percentual de perdas. O importante é não ficar chorando sobre o leite derramado, e sim evitar que o leite derrame na operação seguinte.
Perdas de mão de obra
As perdas de mão de obra estão diretamente associadas à gestão da produção. O engenheiro pode ter um papel decisivo no controle dessa perda que não é tão imediatamente detectada.
Uma manifestação de perda de mão de obra mais visível é a ociosidade, ou seja, os momentos em que o operário não está agindo produtivamente. Muita ociosidade facilmente observável representa quase sempre uma equipe inchada de ajudantes. Pode-se tentar transferir 1 ou 2 deles para outras frentes e observar se a produtividade do oficial (pedreiro, carpinteiro, armador, eletricista) se mantém no mesmo patamar. Esta é até uma forma de aferir se a composição de custos do orçamento estava bem calibrada.
Outro fator de consumo anormal de horas se dá quando há falta de material. Esse é um erro crasso de produção/suprimento. Basta imaginar o custo de uma equipe de 6-8 pessoas sentadas no chão aguardando argamassa ou azulejo no 10º andar de um edifício. Quem paga isso?
Mas há também o desperdício oculto. Uma praça de trabalho em que todo mundo está ocupado não necessariamente significa uma praça de trabalho ideal. Pode ser que muitos desses trabalhadores estejam empenhados em deslocamentos necessários, seja porque o ponto de descarga e armazenamento ficam muito distantes, ou a logística interna está ruim, por exemplo. Lembre-se de que rever periodicamente o arranjo do canteiro pode reduzir distâncias.
Outra fonte de perda de hora é a localização de sanitários, refeitórios e relógio de ponto. Vale a pena dedicar algum tempo a melhorar a posição desses elementos no canteiro de obras.
Perdas de equipamento
As perdas de equipamento são similares às de mão de obra. A manifestação mais comum são as esperas de caminhão na fila da escavadeira ou da carregadeira, porém ocorre também o inverso: escavadeira/carregadeira esperando caminhões. Isso tem origem no dimensionamento incorreto da proporção entre os equipamentos, seja porque o tempo de ciclo foi mal calculado, seja porque caminhões estão atendendo simultaneamente a mais de um equipamento de carga e estão sendo mal orientados pelos encarregados.
No caso de um guindaste, por exemplo, há perda inevitável em dias de fortes ventos, quando o guindaste obrigatoriamente tem que ficar parado.
Perdas financeiras
As perdas financeiras surgem de estratégias comerciais equivocadas. A primeira delas é manter altos volumes de bens em estoque. Estoque cheio não é sinal de boa providência, é sinal de má gestão de compras, porque significa que houve comprometimento de dinheiro antes da obra, privando a construtora de recursos para outros negócios, investimentos, aplicações bancárias, etc. (Já ouviu falar da técnica Just in Time? Ela preconiza que o ideal é que o fornecedor entregue a mercadoria justamente na hora da aplicação, praticamente zerando os estoques).
Outro erro advém de compras a menor. Quando o construtor se dá conta de que é necessário fazer um pedido complementar, via de regra este segundo pedido tem preço unitário mais caro.
Indicadores
O que realmente é necessário nas obras é que alguém se encarregue de criar um sistema de indicadores que forneça uma métrica confiável de aferição de desempenho. Lembre-se: não se consegue gerenciar aquilo que não se consegue medir.
Eleja os principais insumos e serviços de sua obra e componha o sistema de indicadores e a metodologia de coleta de dados. Com algumas planilhas e idas frequentes ao campo e ao almoxarifado, um engenheiro consegue montar esse plano de controle.
O importante é que esse sistema contenha os seguintes elementos:
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Um bom livro é “Como reduzir perdas nos canteiros”, de Ubiraci Espinelli Lemes de Souza.
Redução de gastos com energia elétrica pelo uso de aquecedores residenciais híbridos
Estudo realizado em 2014 pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) vinculada ao Ministério das Minas e Energia do Brasil projeta uma menor participação da eletricidade como fonte de energia para aquecimento da água para banho no Brasil, ao mesmo tempo em que evidencia a necessidade de tornar o seu uso cada vez mais eficiente, a fim de reduzir os riscos de desabastecimento em horários de pico.
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Projeção da participação de diferentes fontes de energia no aquecimento de água para banho nos domicílios brasileiros. Veja estudo completo aqui
Uma das formas de se obter maior eficiência na utilização de energia elétrica para aquecimento de água é o uso de bombas de calor, assim como indicado neste blog em 30 de abril para o caso das piscinas.
Sob esta mesma ótica, a maior parte dos países desenvolvidos tem adotado equipamentos residenciais para aquecimento de água mesclando sistemas de acumulação com resistência elétrica, ou a gás, solar, geotérmico, e bombas de calor (sistemas híbridos).
Há diversos fabricantes fora do Brasil que trabalham com este conceito, dentre outros a Bosch, General Eletric, Whirlpool e a Ariston.
Em Abril de 2015, uma resolução Americana determinou que os aquecedores de acumulação elétricos com volumes maiores do que 210 litros deverão ter um grau de eficiência mínimo de 200% (fator de eficiência COP de 2), o que implicará provavelmente no uso de sistemas com bombas de calor, cujo funcionamento na modalidade híbrida elétrica (Bomba de calor + resistência elétrica) segue ilustrado:
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Ilustração do funcionamento de sistema híbrido elétrico de aquecimento de água, conjugando bomba de calor e resistência elétrica
De acordo com o programa Americano de etiquetagem voluntária de aparelhos e sistemas, com foco em eficiência energética, o Energy Star, a utilização de sistemas híbridos de aquecimento de água desempenha um papel importante na redução de energia elétrica num país em que se consome cerca de 18% da energia para este fim. Na tabela a seguir pode-se avaliar o impacto positivo desta aplicação nos lares americanos:
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Tabela com o payback, economia média anual e economia total ao final da vida útil de sistemas híbridos de aquecimento de água (conjugando bomba de calor e resistência elétrica) nos EUA de acordo com o programa Energy Star.
Observações:
1) Taxa de conversão do dólar: US$ 1 equivalendo a R$ 3,2;
2) Custo da energia: R$ 0,384/kWh
3) Custo de aquisição de um equipamento com estas características: ~US$ 800,00 (Estados Unidos)
Com este conceito, a empresa General Eletric (GE), uma das empresas pioneiras nesta aplicação, desenvolveu o GeoSpring TM, um sistema híbrido de aquecimento com dois modelos : com tanque de 190 litros e 300 litros.
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Ilustração do GeoSpring TM da GE (General Eletric) de 190 litros, com indicação da etiqueta de eficiência energética Energy Star.
Principais características do equipamento com tanque de 190 litros:
• Capacidade de gerar água quente: 253 litros por hora com aproximadamente 50 °C, contabilizados a partir do tanque cheio de água quente;
• Custo do equipamento nos Estados Unidos: US$1200;
• Consumo de energia elétrica com a bomba de calor: 550 W/h
• Potência das resistências elétricas: 4500 W
• Ruído na operação: 54 dB(A);
• Fator de eficiência da bomba de calor: 2,9 (o equipamento consome 1 kW/h para gerar 2,9 kW/h de potência de aquecimento) ;
• Funciona com a temperatura do ar ambiente entre 1,5 °C e 49°C. Fora deste intervalo, funciona somente no módulo elétrico.
• Filtro de ar com sensor e alarme indicando a necessidade de limpeza. Caso não haja limpeza, o módulo de bomba de calor é automaticamente bloqueado e o equipamento funcionará apenas com o módulo elétrico (tradicional).
Observação: A limpeza é necessária para evitar que a poeira e particulados prejudiquem o funcionamento da unidade evaporadora da bomba de calor. Tal limpeza deve ser feita pelo menos uma vez ao ano, em processo simples, com a remoção, aspiração e lavagem do dispositivo. Veja vídeo explicativo.
• Possui 4 modos de operação para maximizar a economia de energia, incluindo a possibilidade de se programar no modo de “férias”:
• Modo “Bomba de calor” – Funcionamento exclusivo com bomba de calor. É o que proporciona a maior economia, porém, dado que a transferência de calor do ambiente para a água é mais demorada do que ao se utilizar resistências elétricas, pode não atender grandes demandas de água quente num curto período de tempo;
• Modo “Híbrido” – Combina a eficiência da bomba de calor com a capacidade de aquecimento mais rápido de uma resistência elétrica;
• Modo “Consumo elevado instantâneo” – Nos momentos de grande demanda funciona exclusivamente com as resistências elétricas para aquecimento. Nos demais períodos opera com a bomba de calor;
• Modo “Elétrico” – Funcionamento exclusivo e em tempo integral com resistências elétricas para aquecimento (modo muito pouco eficiente energeticamente);
• Modo “Férias” – Prevê a volta ao funcionamento, automaticamente, 1 dia antes do retorno das “férias” programado pelo usuário;
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Ilustração do display de controle da operação do equipamento GeoSpring TM da GE (General Eletric)
Principais benefícios com a utilização do equipamento:
• No modo híbrido, proporciona economia de 60% em relação ao Boiler elétrico tradicional;
• 10 anos de garantia nos Estados Unidos ;
• Aproveita a mesma infraestrutura das instalações convencionais;
O equipamento pode contar com um módulo auxiliar, permitindo a sua conexão Wifi com o smartphone do usuário, viabilizando o monitoramento remoto, controle e recebimento de notificações. Com o aplicativo é possível, por exemplo, alterar remotamente o modo de operação e a máxima temperatura de aquecimento.
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Revista Téchne Maurício Bernardes
Depreciação de equipamentos
Quando o construtor utiliza um equipamento próprio para realizar um serviço em sua obra, o custo envolvido com aquele equipamento não é apenas o de combustível, lubrificação e operador. Com o passar do tempo, o equipamento vai se desvalorizando, tendo seu valor de mercado diminuído. Esses custos ligados à propriedade são inevitáveis, ocorrem independentemente da atividade do equipamento. São custos provenientes da perda do valor daquele ativo com o decurso do tempo. Como refletir isto no orçamento de uma obra?
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Para recuperar o dinheiro investido e poder repor o equipamento no futuro, o proprietário do equipamento precisa amortizar o investimento ao longo da produção que aquele equipamento realiza. Pensemos numa escavadeira. Sendo escavação o serviço ela realiza, é preciso computar na escavação de cada metro cúbico um “dinheirinho” para pagar essa amortização ― que aqui chamaremos dedepreciação. Faremos isto diluindo a depreciação como uma das parcelas do custo horário da escavadeira.
Suponhamos que essa escavadeira custe R$ 300.000,00 e que tenha uma vida útilestimada em 10.000 horas. Se admitirmos que ao final da vida útil a escavadeira esteja valendo apenas 10% de seu valor de aquisição, a depreciação a ser computada é de R$ 270.000,00 em 10.000 horas, ou seja, R$ 27,00/h. Esta é depreciação horária. Quando orçarmos a escavação, o custo horário da escavadeira será composto das parcelas de operação e manutenção (facilmente visíveis) e da depreciação (despesa que não se “vê”, mas que existe).
Além disso, se o dinheiro não tivesse sido investido na aquisição do equipamento, poderia estar tendo rentabilidade através de aplicação financeira em um banco. Esta segunda parcela, que também precisa ser computada, é a de juros horários. Os juros representam a remuneração do capital investido no equipamento. Não se confundem com lucro.
Métodos de depreciação
A Engenharia de Custos e a teoria da contabilidade preveem dois tipos básicos de métodos de depreciação: a depreciação linear e a acelerada.
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O que muda entre eles é, como o nome diz, a rapidez com que a depreciação é feita ao longo dos anos. A depreciação acelerada divide-se, por sua vez, em dois métodos:saldo decrescente (ou saldo devedor) e soma dos anos.
Método linear
O mais simples desses métodos é o método linear, onde o custo horário é simplesmente o quociente entre o valor a ser depreciado e a vida útil estimada, lembrando que o total a ser depreciado é a diferença entre o valor de aquisição (V0) e o residual (Vr).
Exemplo. Uma escavadeira foi adquirida com vida útil estimada de 10.000 horas (= 5 anos x 2000 h/ano) pelo valor de R$ 200.000,00, com valor residual estimado de 10%. Qual será a depreciação?
Depreciação = (V0 - Vr) ÷ Vida útil
Depreciação = (R$ 200.000 - R$ 20.000) ÷ 5 anos
Depreciação = R$ 36.000,00/ano ou R$ 36,00/h
A escavadeira então valerá contabilmente R$ 200.000,00 – R$ 36.000,00 = R$ 164.000,00 ao final do primeiro ano, R$ 128.000,00 ao final do segundo ano e assim sucessivamente.
Em termos contábeis, a depreciação é a mesma ano a ano:
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Note que se ao final do 4º ano o proprietário vender a escavadeira por mais de R$ 56.000,00 ele terá lucro. Pelo menos raciocínio, ele também terá um ganho extra se a máquina estiver em boas condições e ele a vender por mais de R$ 20.000,00 ao final da vida útil.
E a vida útil, de onde se tira essa informação? Geralmente do catálogo do fabricante ou de experiências passadas da construtora. A vida útil depende do tipo de equipamento, das condições de trabalho e da qualidade da manutenção.
A Receita Federal estabelece limites para a vida útil de cada tipo de equipamento. Pode-se depreciar em menos tempo, porém não em mais tempo.
Método acelerado – saldo devedor
A essência do método do saldo devedor (ou saldo decrescente) é tornar a depreciação proporcional ao estado do equipamento, ou seja, depreciar o equipamento mais nos primeiros anos — quando ele está em melhor estado — e menos nos últimos anos da vida útil.
Este método tenta remediar as críticas feitas ao método linear, pelo qual se paga por um trator com 5.000 horas de uso a mesma depreciação anual que se paga por um trator idêntico com 200 horas. Uma grande vantagem que tem o método do saldo devedor é permitir uma depreciação mais rápida, importante para o construtor, que em pouco tempo fica com o equipamento já quase todo contabilmente pago, fato que reduz o custo de propriedade dos equipamentos em idade avançada.
O percentual cobrado ano a ano é o dobro daquele da depreciação linear, porém aplicado sobre o saldo ainda a depreciar. O valor residual não é levado em conta na fórmula, somente no cálculo da última parcela, quando então o saldo final deve ser igual ao valor residual.
Exemplo. Mesma escavadeira do exemplo anterior.
Taxa de depreciação anual = 2x 100%/5 = 40%
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Método acelerado – soma dos anos
Neste método a taxa de depreciação anual varia ano a ano. O primeiro passo é colocar os anos da vida útil em ordem crescente (1, 2, ...) e somá-los. Para uma vida útil de cinco anos, a soma é 1+2+3+4+5=15. O próximo passo é atribuir a cada ano uma taxa igual à razão entre os números em ordem decrescente e a soma dos números, ou seja, no primeiro ano a taxa de depreciação é 5/15; no segundo ano, 4/15 etc. Cada fração é aplicada sobre o valor de aquisição deduzido do valor residual.
Exemplo. Mesma escavadeira do exemplo anterior.
Vida útil = 5 anos => 1+2+3+4+5=15
Coeficientes são aplicados sobre V0 – Vr = 180.000,00
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Os métodos acelerados têm mais interesse para os contadores, enquanto o método linear é o preferido pelos orçamentistas. Por quê? Por uma razão simples: como o orçamentista não sabe de antemão qual é o equipamento que será utilizado, ele jamais saberá a idade daquela máquina específica.
Portanto, é mais prático e conveniente para o orçamentista calcular a tarifa horária pelo método linear, mesmo que a contabilidade da construtora proceda de outra forma. No final das contas, dá tudo no mesmo ― no método acelerado, à medida que o custo de propriedade cai, o custo de manutenção sobe (máquina vai ficando velha).
No gráfico abaixo mostramos a equivalência das abordagens.
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Revista Techne Aldo Dórea Mattos
Defensor da verticalização, engenheiro japonês comenta os desafios de construir edifícios muito altos
Diretor da incorporadora Mori Building Corporation explica obra de arranha-céu na capital japonesa e comenta edifícios de São Paulo
Por Luciana Tamaki
Edição 210 - Setembro/2014
MASAYOSHI YUGE
Edição 210 - Setembro/2014
MASAYOSHI YUGE
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Engenheiro civil, é diretor da Mori Building Corporation, incorporadora japonesa responsável por empreendimentos de grande porte chamados de "cidades-jardim verticais". Entre eles estão o Shanghai World Financial Center, concluído em 2008 com 101 andares e o sexto mais alto do mundo, e o Toranomon Hills, empreendimento de US$ 850 milhões inaugurado em junho e fruto de uma operação urbana dedicada à revitalização da costa leste de Tóquio.
Na vanguarda em muitos aspectos, Tóquio, no Japão, está em renovação constante. Nos últimos anos, várias regiões da cidade vêm passando por um profundo processo de transformação, com empreendimentos comerciais e residenciais relativamente recentes dando lugar a megacomplexos de uso misto. Batizados de cidades-jardim verticais, esse tipo de empreendimento é o foco da atuação da Mori Building, empresa fundada em 1959 e que defende a verticalização como recurso para aumentar a eficiência da infraestrutura urbana, melhorar a qualidade de vida e reduzir as ilhas de calor nas cidades. No início de agosto, o diretor da Mori, Masayoshi Yuge, esteve no Brasil para participar do 16º Seminário Tecnologia de Estruturas: Projeto e Produção com Foco na Racionalização e Qualidade, organizado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP). Na ocasião, o engenheiro falou com exclusividade à Téchne sobre tecnologia construtiva e desenvolvimento urbano, em especial sobre a construção do empreendimento mais recente da Mori. Localizado em uma área estratégica para a capital japonesa, que se prepara para sediar os Jogos Olímpicos de 2020, o Toranomon Hills tem como principal particularidade uma via expressa que passa sob o edifício de 52 andares. O empreendimento, que ficou na gaveta por anos, foi viabilizado após acordo com a administração municipal, que permitiu a construção de um coeficiente de 11,5 vezes a metragem do terreno em troca do direito de fazer o anel viário passar sob o edifício. Uma curiosidade: em um dos restaurantes do Toranomon foram empregados 5 mil m² de basalto produzido no Rio Grande do Sul no revestimento de pisos e paredes.
O senhor poderia contar um pouco da história do Toranomon Hills, empreendimento da Mori Building que foi recém-inaugurado em Tóquio? Como sua construção foi viabilizada?
A Mori Building atuou como gerenciadora e incorporadora, negociando junto com a administração pública de Tóquio e gerenciando os projetistas e a construtora. Há cerca de 70 anos, logo após o fim da Segunda Guerra, já havia o plano de construir um anel viário naquela região. Mas isso não foi possível por diversos motivos. O projeto exigiria do governo um investimento muito elevado, sem contar que havia a necessidade de desapropriar as moradias que existiam naquele trecho. Mais recentemente foi promulgada uma lei favorecendo a cooperação entre o governo e a iniciativa privada, assegurando o êxito dos planos de revitalização urbana. Foi isso o que possibilitou à Mori desenvolver esse projeto e a conclusão do anel viário sob o edifício. Até então não havia acontecido, no Japão, algo desse tipo.
Quais foram os principais desafios técnicos dessa obra?
Foram muitos, sobretudo porque as duas obras - edifício e via expressa - deveriam ocorrer simultaneamente. Também era preciso atender às medidas de segurança contra abalos sísmicos, que são diferentes para a torre e para a via. Outro problema foi o espaço para o canteiro. Como a obra viária ocupava muito espaço, não havia área livre para o canteiro de obras do edifício. Esse foi um problema que a construtora teve que administrar. Para reduzir o tempo de obra, foi utilizado o método de construção invertida: enquanto se construía a estrutura por cima, já se escavavam os subsolos por baixo.
Quais as soluções empregadas para que o edifício e o anel viário atendessem às normas de segurança diante de abalos sísmicos?
O projeto de execução previa a construção de um vão livre sob o prédio, no qual o governo metropolitano de Tóquio construiria um túnel. Esse túnel tem certo grau de liberdade para se movimentar e está apoiado no edifício em apenas um ponto de contato. Utilizamos espaçadores de deslocamento que permitem ao prédio e ao túnel terem certa oscilação. No Toranomon Hills, utilizamos três tipos de amortecedores que ajudam a controlar os deslocamentos. Há 516 amortecedores a óleo, 620 amortecedores de freio (brake dumpers) similares aos amortecedores de automóveis e, finalmente, 52 amortecedores deformáveis, que dificilmente se quebram, mas quando o fazem absorvem e dissipam a energia do terremoto. Outro ponto importante é que os nossos edifícios são apoiados em uma camada de solo profunda.
No Japão, o BIM [...] avança muito mais entre as construtoras do que entre os projetistas. Isso porque ele é muito útil para prever as interferências, algo bastante importante para quem constrói
Quanto ao consumo de água e energia, que tecnologias são utilizadas no Japão para reduzir o consumo e aumentar a eficiência do edifício de modo geral?
Há diversas tecnologias consolidadas para o aproveitamento da água das chuvas nos banheiros e na rega dos jardins, por exemplo. Em relação à eficiência energética, sempre são escolhidos os aparelhos que consomem menos energia e a iluminação com leds, que é mais eficiente. Em especial no Toranomon também utilizamos materiais isolantes térmicos visando a evitar perdas térmicas, bem como painéis solares para a geração de energia pelo próprio edifício. Vale lembrar que, no Japão, os verões são muito quentes e os invernos são bastante frios. Essa condição nos obriga a vedar muito bem as nossas edificações. Praticamente só utilizamos vidros duplos, diferentemente do Brasil, onde notei que é comum o uso de vidros simples.
No Japão, o uso da tecnologia Building Information Modeling (BIM) é difundido na construção civil? Em que estágio encontra-se a adesão a esse sistema pelos projetistas?
De modo geral, o BIM ainda não é muito utilizado no Japão entre os projetistas, embora a maior empresa japonesa de projetos já esteja utilizando o sistema de forma bastante ativa. No momento, discute-se muito sua implantação e suas vantagens. No caso específico da Mori Building, o BIM deveria atender às nossas necessidades nas etapas de projeto, construção e também da gestão do edifício. Em especial no aspecto da gestão ainda não temos dados suficientes para justificar a sua implantação. No Japão, o BIM é usado em grandes obras, mas vemos que esse sistema avança muito mais entre as construtoras do que entre os projetistas. Isso porque ele é muito útil para prever as interferências, algo bastante importante para quem constrói.
Como é a participação do projetista estrutural junto ao arquiteto no Japão?
A Mori Building procura, desde o início do projeto, estar em contato com o pessoal de cálculo estrutural para trocar ideias, especialmente quando o projeto envolve alguma solução especial.
É possível notar pelos projetos da Mori Building um foco intenso na construção de cidades verticais. De que forma os edifícios altos contribuem para se ter uma cidade mais segura, confortável, que favoreça o encontro entre as pessoas?
O conceito da Mori Building não é pensar apenas no prédio. Pensamos de forma mais ampla, que é construir uma cidade por meio de nossos empreendimentos. Tanto é que temos um departamento de gestão da cidade (town management), que é encarregado de pensar em diversos eventos e locais para o encontro das pessoas. A ideia é promover eventos que reúnam grupos com interesses comuns, inclusive na área de negócios, e criar oportunidades para que as pessoas possam interagir.
Edifícios altos dependem de transporte vertical constante e têm uma manutenção de fachada mais complicada. Como contornar essas questões para fazer com que um edifício alto se alinhe às questões de sustentabilidade?
A verticalização realmente traz essas questões. Antigamente achava-se que a cada shaft de elevador só poderia ter uma única cabine. Mas há 20 anos descobrimos o sistema double-deck, que funciona a partir de duas cabines ligadas entre si que formam um conjunto único e atendem a dois pisos simultaneamente, garantindo o transporte de mais pessoas por viagem. Desde então incorporamos essa ideia e adotamos de forma intensa essa tecnologia. No Toranomon Hills, inclusive, utilizamos elevadores double-deck expansível, ou seja, são de cabine dupla que se separam para atender andares com alturas diferentes, não necessariamente andares seguidos como os double-deck convencionais.
A Mori Building construiu o Shanghai World Financial Center, que já foi o edifício mais alto da China com 492 m de altura. Como é construir edifícios altos em diferentes lugares do mundo? Os desafios técnicos são os mesmos?
A questão é avaliar se o edifício alto é a melhor solução para aquele local. A partir daí pode ser possível construir ou não, mas há poucas diferenças. Uma particularidade do Japão é ter muitos abalos sísmicos. Então, em princípio, construir um edifício alto não seria muito adequado. É diferente de Shanghai, que tem um ambiente mais favorável para receber edifícios altos. Em todos os casos é importante considerar que, quando ultrapassamos 200 m de altura, esses prédios são mais impactados pela ação do vento do que por terremotos. Isso exige dos projetistas e construtores muito mais cautela e domínio técnico.
Tóquio [...] tem um aeroporto no meio da cidade, assim como São Paulo. Como acontece por aqui, temos restrições para construir prédios altos no entorno próximo do aeroporto. [...] Mas será que essa restrição é mesmo necessária?
O que o senhor achou das construções em São Paulo? Alguma, em especial, chamou a sua atenção?
Até o momento só dei uma volta rápida de carro. Mas o que me chamou a atenção foi o uso intenso de concreto armado, em comparação com a estrutura metálica. Também notei que aqui vocês têm estruturas muito esbeltas, o que é típico de um País que não sofre com terremotos. No Japão, se temos um vão de 10 m, temos que usar uma viga de 1 m de altura. Aqui vi prédio de escritórios com 14 m de vão e uma viga com altura bem reduzida. Depois me explicaram que o concreto protendido permite essas construções. No Japão precisamos reforçar nossas estruturas. Para fazer amplas lajes corporativas somos obrigados a recorrer à estrutura metálica, que permite o uso de vigas de menor altura. Também reparei que São Paulo não tem prédios muito altos. Talvez porque ainda não precise deles.
Notei que aqui vocês têm estruturas muito esbeltas, o que é típico de um País que não sofre com terremotos. No Japão, se temos um vão de 10 m, temos que usar uma viga de 1 m de altura
De modo geral o senhor vê semelhanças urbanísticas e de construções entre grandes metrópoles do mundo?
Nas grandes metrópoles que conheci predomina o Estilo Internacional. Há um padrão, com poucas diferenças, embora cada país tenha suas próprias leis e normas. Em minha opinião, o que diferencia mesmo um lugar do outro é a disposição das pessoas para inovar, para discutir as leis existentes e os investimentos necessários. É isso o que impacta a amplitude dos empreendimentos. Cito como exemplo Tóquio, que tem um aeroporto no meio da cidade, assim como São Paulo. Como acontece por aqui, temos restrições para construir prédios altos no entorno próximo do aeroporto. Os edifícios não podem passar de 200 m, 250 m de altura para não atrapalhar o tráfego aéreo. Mas será que essa restrição é mesmo necessária? Nós, da Mori Building, estamos debatendo esse tema com a administração pública e com os órgãos competentes. É a partir desse tipo de diálogo que surgem as inovações e paradigmas são quebrados.
Por Luciana Tamaki
Edição 210 - Setembro/2014 - Revista Téchne
Por Luciana Tamaki
Edição 210 - Setembro/2014 - Revista Téchne
Como validar o planejamento
de uma obra
Aldo Dórea Mattos
Um dos trabalhos que me agrada realizar e que traz notórios benefícios aos incorporadores, investidores e construtores que atendo é fazer a validação do planejamento da obra. O processo de validação consiste em aferir o grau de exequibilidade das peças que compõem aquilo que cada empresa entende porplanejamento, a coerência dos métodos executivos adotados e a estrutura de montagem do cronograma de barras.
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Inicialmente devemos ter em mente que planejar não significa prever com absoluta precisão a duração de todos os serviços da obra. Planejar significa antever cenários de acordo com premissas de cálculo. Quando mais firmes forem essas premissas, maior a chance de o planejamento da obra dar certo. O planejamento é, portanto uma aposta, que será tão mais feliz quanto melhores os dados de entrada.
Além da previsão, o planejamento tem uma segunda face: o acompanhamento. Acompanhar ou atualizar o planejamento significa basicamente conferir a aderência da evolução da obra àquilo que havia sido planejado. Se houver discrepâncias entre o previsto e o realizado, entra em cena o replanejamento, que envolve aumento de equipes, mobilização de equipamentos, mudança de frentes de serviço e até o cálculo de quanto custará acelerar uma obra atrasada.
Validação
A validação de um planejamento é o processo através do qual proprietário e construtor ― ou somente um deles ― recorrem à experiência de um terceiro, a fim de tornar válido e eficiente o cronograma de um determinado projeto, em todas suas características e componentes.
A validação é uma avaliação externa, feita por um perito em planejamento e construção, para garantir que um instrumento técnico (e contratual) — o cronograma — esteja correto em termos de escopo e de pressupostos, bem como livre de armadilhas. O cronograma validado deve representar o modelo de como a construtora pretende conduzir as atividades do plano de trabalho e de como o proprietário terá o trabalho entregue.
Não é raro encontrar investidores recorrendo a uma segunda e até mesmo a uma terceira avaliação, seja porque têm sistemas de governança que pedem essa prática, seja porque querem ter um nível de confiabilidade nos resultados e no retorno sobre o investimento. O processo de validação típico, contudo, não é uma prática comum na área da construção, mas contratantes e contratadas podem usufruir de benefícios sólidos ao adotar os procedimentos de validação e auditorias periódicas.
A validação ocorre quando o plano de trabalho original e, por extensão, o cronograma do projeto desenvolvido pelo construtor e por seus subempreiteiros e fornecedores, é submetido ao proprietário e então avaliado por um especialista externo (ou time de especialistas), sendo finalmente aprovado como válido,sensato, racional e exequível. No caso mais simples, é tão somente o construtor que ser se certificar da coerência do planejamento que está seguindo (se é que está seguindo algum...).
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A validação compreende duas etapas: validar o plano e validar o cronograma. A primeira parte representa como o construtor pretende executar os serviços, tendo a ver com a sequência das atividades, os equipamentos utilizados, as produtividades estimadas e o ciclo hidrológico ou regime de chuvas. Já a segunda parte representa como o planejamento foi “traduzido” para o cronograma, tendo a ver com a ligação entre as atividades, o caminho crítico, as folgas e o calendário. Usando termos em inglês, a primeira parte corresponde ao planning e a segunda, ao scheduling.
Validação do plano
O passo inicial na validação do plano de trabalho é entender como o construtor divide a obra: fases, quadras, blocos, trechos, tramos etc. Aqui o importante é captar a intenção do plano de ataque e verificar se essa estratégia executiva está compatível com a desapropriação de áreas, a liberação de frentes de serviço, as licençasrequeridas, a existência de projeto detalhado e interferência com outras empresas trabalhando no mesmo local.
A validação do plano envolve entrevistas com o pessoal da área técnica e da produção. É uma validação de cunho mais estratégico do que propriamente operacional. Procura-se ver o todo.
Ainda nessa primeira etapa o construtor precisa dar mostras de que domina o método executivo em todo o seu ciclo, no caso de serviços que estão na iminência de começar: acesso, transporte de material, equipamentos empregados, equipe necessária, disponibilidade de jazidas e bota-foras, impactos na vizinhança e aspectos de segurança.
Validação do cronograma
Nessa primeira etapa, o cronograma proposto é dissecado para revelar os parâmetros empregados. Alguns dos aspectos conferidos ― e em seguida aceitos ou rejeitados ― são mostrados no quadro abaixo:
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QUANDO FAZER A VALIDAÇÃO
Tipicamente, a validação deve ocorrer várias vezes durante a fase de execução do ciclo de vida do projeto. Mostramos abaixo uma ideia para obras de edificação.
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Obras
Vídeo mostra os 11 anos das obras do One World Trade Center, em Nova York
Mirante da torre mais alta do oriente, localizado a 381,25 metros de altura, foi inaugurado no fim de maio
Kelly Amorim, do Portal PINIweb
8nho/2015
Um vídeo de aproximadamente dois minutos, composto por 30 mil fotografias de Benjamin Rosamond em time-lapse, mostra os 11 anos das obras de construção do One World Trade Center, em Nova York, nos Estados Unidos, localizado no terreno onde ficavam as Torres Gêmeas, derrubadas por um atentado em setembro de 2001. O projeto é do escritório Skidmore, Owings & Merrill (SOM).
No fim de maio, foi inaugurado o mirante do edifício, situado a 381,25 metros de altura nos 100º, 101º e 102º andares - a torre tem 541 metros de altura e 104 andares no total. Para acessar esse espaço, a ThyssenKrupp instalou cinco elevadores especiais, entre os outros 71 equipamentos, que são considerados os mais rápidos do continente Americano. Com velocidade de 37 km por hora, os equipamentos chegam ao 102º andar em apenas um minuto.
As cabines também possuem tecnologias que reduzem as oscilações da cabina em prédios altos, proporcionando movimentações confortáveis aos passageiros; carenagem de alumínio aerodinâmico, semelhante ao spoiler de um carro de corrida, que desvia o ar e aumenta a aerodinâmica dos elevadores; e com amortecimento acústico ao longo das cabinas e portas.
Vale lembrar que o One World Trade Center, que é o edifício mais alto do Hemisfério Ocidental, tem base de 60 m² construída em concreto com revestimento de painéis de vidro blindado. Em sequência à base de concreto, a torre foi construída com estrutura metálica e cada peça de vidro do revestimento tem a mesma altura de um pavimento.
8nho/2015
Carreira
Engenheiros brasileiros em função gerencial e de direção têm salários entre os mais altos do mundo
Pesquisa global da Michael Page revela que as remunerações praticadas por diretores na construção civil brasileira são superiores a de países mais ricos
Kelly Amorim, do Portal PINIweb
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Os salários dos engenheiros civis brasileiros em função gerencial e de direção estão entre os mais altos do mundo, superando, inclusive, as remunerações praticadas em países mais ricos e desenvolvidos, de acordo com uma pesquisa global da empresa de recrutamento Michael Page. Um diretor de construção em atuação no Brasil, por exemplo, ganha anualmente entre 160 mil e 220 mil dólares, enquanto que em países como Canadá, França e Alemanha o salário do mesmo profissional gira em torno de 80 mil a 150 mil dólares.
Já um diretor de contratos brasileiros embolsa, segundo a pesquisa, entre 145 mil e 2015 mil dólares por ano, valor superior ao ganho pelo mesmo profissional na China, Austrália e Espanha.
Para o diretor da Michael Page, Cristiano Aron, a grande oferta de emprego no setor, em anos anteriores, e o baixo número de profissionais disponíveis no mercado são fatores que explicam a elevação dos salários no País. "Apesar de 2015 ser um ano de bastante cautela, as obras e os projetos de infraestrutura espalhados pelo país juntamente com o boom do mercado imobiliário, das últimas décadas, impulsionaram o aumento da remuneração desses profissionais", explica Aron.
Diretor de Construção
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Diretor de contratos
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Diretor de Operações
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Diretor de Projetos
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Diretor de Planejamento
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Carreira
Notícias
Ferramenta da Fipe mostra onde
os engenheiros civis
ganham mais no Brasil
De acordo com o Salariômetro, o Rio de Janeiro é o estado com a melhor média salarial, enquanto Roraima tem a pior remuneração. PINIweb reúne as informações dos salários por estado, gênero e faixa etária
Kelly Amorim, do Portal PINIweb 9/Janeiro/2015
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O Rio de Janeiro é o estado com o maior salário médio de admissão de engenheiros civis do Brasil, de acordo com o Salariômetro, ferramenta criada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O valor pago é de R$ 8.807, mais do que o dobro da remuneração média dos profissionais de Roraima, de R$ 3.797.
O Salariômetro, disponível no site da Fipe, reúne informações sobre as remunerações médias de todas as profissões da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Atualmente, a ferramenta considera as contratações realizadas entre maio e outubro de 2014, com informações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Além da média salarial para cada um dos estados brasileiros, é possível pesquisar a diferença de salários entre homens e mulheres por estado. No Piauí, por exemplo, enquanto os engenheiros civis contratados no período recebem em média R$ 5.365, as mulheres ganham R$ 3.948. Já na Paraíba essa lógica se inverte: as engenheiras recebem R$ 5.717, enquanto os homens foram admitidos com salário de R$ 5.634.
A ferramenta da Fipe ainda indica a média salarial por faixa etária. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o salário dos engenheiros civis de 18 a 24 anos é R$ 12.619 menor do que o pago aos trabalhadores de 65 anos ou mais. É nessa faixa etária de 65 anos ou mais, inclusive, que se encontra a maior remuneração do País: R$ 18.908, para homens, no Mato Grosso.
A reportagem da PINIweb pesquisou os salários médios por estado, gênero e faixa etária. Confira:
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Obras
Empresa chinesa constrói arranha-céu de 57 andares em apenas 19 dias. Veja vídeo
Com uso de pré-fabricados, Broad Sustainable Building ainda pretende construir o prédio mais alto do mundo, com 220 andares, em três meses
Kelly Amorim, do Portal PINIweb
A construtora Broad Sustainable Building, especializada em edifícios pré-fabricados, construiu um arranha-céu de 57 andares em apenas 19 dias na cidade de Changsha, na China. A empresa com sede na cidade divulgou na última semana um vídeo que mostra como foram feitas as obras, que alcançaram a velocidade de três pavimentos por dia.
O edifício, que tem 186 mil m² e cerca de 800 apartamentos, é o mais alto já construído pela construtora com o sistema de pré-moldados. A torre multiuso também abriga espaço para escritórios com capacidade para quatro mil pessoas.
De acordo com o arquiteto Zhang Xianmin, que integra a equipe de projetos da companhia, a construção em módulos reduziu o uso de cimento em uma quantidade equivalente a 15 mil caminhões. "Isso quase elimina a emissão de pó no ar, algo importante em uma China muito afetada pela poluição", explicou.
A Broad Sustainable Building também destacou a eficiência energética do edifício, que economiza o equivalente a 12 mil toneladas de dióxido de carbono na comparação com arranha-céus do mesmo tamanho construídos com sistema convencional.
Em 2010, a empresa construiu um hotel de 15 andares em 48 horas e, no ano seguinte, um outro hotel de 30 andares no prazo de 15 dias. A companhia pretende construir em 90 dias o Sky City, que deve ser o prédio mais alto do mundo, com 220 andares. A viabilidade econômica e a segurança do empreendimento, no entanto, estão sendo estudadas pelas autoridades chinesas.
Kelly Amorim, do Portal PINIweb
Projetos
Estruturas de concreto com grandes vãos exigem soluções para garantir a estabilidade e o controle de deformações em vigas e lajes
Punção e contraventamento são aspectos críticos a serem considerados por projetistas estruturais
Juliana Nakamura (colaborou Valentina Figuerola)
Edição 218 - Maio/2015
Um dos grandes desafios postos ao projeto de estruturas é a concepção de sistemas seguros e economicamente viáveis para dar estabilidade a grandes vãos. Lajes com mais de 10 m livres de interferências, por exemplo, são especialmente solicitadas em projetos de edifícios corporativos e em edifícios-garagem, que demandam grandes áreas livres. Também são solicitadas em empreendimentos residenciais de alto padrão que priorizam a liberdade para mudanças de layout e, em menor medida, em combinação com a alvenaria estrutural, também em torres habitacionais.
O problema é que quanto mais se aumenta o vão livre, mais se eleva o custo da estrutura, em função do maior consumo de armadura e pelo aumento da espessura da laje. Além da questão financeira, o cálculo deve contemplar as exigências das normas técnicas com relação à rigidez à flexão, ao limite à deformação, aos esforços horizontais e à punção nos apoios.
Edição 218 - Maio/2015

Téchne - Revista
Tipos de pleito
Aldo Dórea Mattos
Embora os contratos de construção civil contenham muitas cláusulas prevendo um sem-número de situações, é virtualmente impossível que todas as variáveis estejam sob controle e que não haja mudanças durante a execução dos serviços. Mudanças são inerentes ao ambiente da construção, devido a muitos fatores.
Primeiramente há que se considerar que os projetos não conseguem prever tudo, por mais bem elaborados que sejam. Mesmo um projeto detalhado tem certo grau de incerteza. As sondagens do solo são feitas em alguns poucos pontos e servem para que o projetista infira como será o solo da obra por interpolação. Isso nem sempre dá certo, pois entre os pontos de sondagem pode haver a ocorrência de matacões, solos saturados etc.
Outro fator é a duração dos contratos. Como as obras são geralmente extensas, com muitos meses e até anos de duração, as partes terminam se deparando com variações ao longo do ciclo de vida do contrato. Por exemplo, há alterações de impostos (tipo, alíquota, regras) e oscilação de preço de insumos.
Existe ainda a adequação do escopo. Durante uma obra não é raro haver mudanças de especificação, alterações de projeto para contemplar algo não previsto inicialmente. Há também mudanças de material simplesmente pelo capricho da vontade do dono. Essa adequação de escopo pode ter um impacto leve sobre a obra, quando é decidida com antecedência, porém causar ruptura no processo construtivo quando a decisão é intempestiva, com retrabalho, atraso de prazos e custos adicionais de mão de obra e material.
E, como acontece em muitos contratos, existem condições inesperadas para o construtor advindas de ação ou omissão do contratante. É o caso de a obra não ter as áreas desapropriadas a tempo hábil de se cumprir o cronograma, falta de acessos e atraso no fornecimento do projeto executivo.
As situações não previstas inicialmente no contrato tornam-se passíveis de reivindicação por parte do construtor. O nome técnico que se dá a essas reivindicações contratuais visando ao reequilíbrio das condições pactuadas é pleito, também conhecido pelo termo inglês claim.
A figura abaixo exemplifica tipos de pleito comuns em contratos de construção:
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Modificação de projeto
Este tipo de pleito resulta da alteração de projeto por ordem (solicitação) da empresa contratante. No pleito, o construtor tem que listar as alterações e mostrar seu impacto no custo e/ou prazo da obra. O pleito visa a recuperar o equilíbrio do contrato.
As alterações de projeto podem se manifestar de várias formas. Vamos a alguns exemplos: aumento do pé-direito da edificação, acarretando custo adicional de cimbramento; inclusão de esquadrias posteriormente à execução da alvenaria, causando retrabalho e custo adicional.
Condições de terreno diferentes
Quando o construtor encontra condições físicas de terreno diferentes daquelas mostradas no projeto, ele tem o direito de pleitear ressarcimento pelo custo e/ou prazo adicional. Exemplos clássicos são o solo subjacente ser diferente do admitido no projeto e o nível do lençol freático estar mais alto e interferir com a escavação. Há também o caso de o construtor encontrar tubulações enterradas, interferências com outras redes etc.
Suspensão de trabalho
Existem situações em que o contratante determina ao construtor que suspenda os trabalhos por um período limitado de tempo em toda a obra ou parte dela. Isso é comum em obras de estrada, por exemplo, quando uma determinada frente de serviço precisa ser paralisada em função de problemas de desapropriação de áreas.
O problema que advém da suspensão é que as equipes do construtor ficam ociosas (quando param totalmente) ou improdutivas (quando conseguem produzir abaixo do esperado). Equipamentos estacionados e equipes paradas custam dinheiro. Além disso, quando o contratante libera as frentes para serviço, há sempre uma inércia a ser vencida nessa retomada.
Considerando que às vezes o contratante não dá ordem expressa de suspensão de trabalho, a prática internacional criou a figura da suspensão inferida, que é aquela situação em que, embora não determinada oficialmente por carta ou ata, é causada por ação ou omissão do contratante, não havendo outra saída para o construtor senão paralisar o serviço.
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Atraso
Em sentido mais amplo, atraso significa postergação da data de cumprimento de alguma meta pactuada. Pleitos por atraso ocorrem quando uma parte do contrato - geralmente o construtor - se vê forçada a gastar mais tempo na execução de uma tarefa.
Existem quatro tipos de atraso:
a) Imputáveis ao construtor - são os atrasos causados pelo próprio construtor devido a delongas na aquisição de materiais, problemas de gestão de subempreiteiros, retrabalho, baixa produtividade, etc. Os efeitos deste tipo de atraso devem ser arcados pelo próprio construtor, não devendo ser cobrados do contratante (embora muita gente tente...);
b) Imputáveis ao contratante - são os atrasos causados pelo contratante, geralmente devido a delongas de desapropriação, revisão de projetos, falta de verba para a obra, etc. O construtor tem o direito a reaver custos e ter o prazo da obra dilatado;
c) Imputáveis a terceiros - são os atrasos causados por alguém externo ao contrato. É o caso, por exemplo, de uma obra vizinha lançar grande quantidade de terra sobre a praça onde o construtor iria concretar uma peça. Outro exemplo é uma greve que pare todas as obras da região. A quem cabe pagar os custos? Depende do que defina o contrato;
d) Concorrentes - são os atrasos causados simultaneamente pelas duas partes do contrato. É o caso, por exemplo, de o proprietário revisar a paginação do piso na mesma época em que houve atraso na compra das pedras pelo construtor - "o primeiro atrasaria o segundo, mas o segundo atrasaria o primeiro". É difícil de provar.
Aceleração
Por aceleração entende-se o esforço do construtor de abreviar o prazo de execução da obra ou de etapas dela. A aceleração pode envolver hora extra, mobilização de equipes adicionais (pessoas e máquinas), utilização de um método construtivo mais rápido e mais caro, etc.
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Força maior
Eventos de força maior são geralmente descritos como eventos imprevisíveis causados por fatores externos e sobre os quais nem o contratante nem o contratado exercem controle. Uma greve e um furacão são bons exemplos.
E você? Já elaborou ou recebeu pleitos? Montar um bom claim é uma arte.
Téchne - Revista - Blog
O impacto das chuvas
no planejamento
Aldo Dórea Mattos
Por mais que o engenheiro torça para não chover, o fato é que chove e, às vezes, muito. Do ponto de vista operacional, a precipitação atmosférica pode trazer efeitos benéficos ou maléficos para a obra.

Dentre os benefícios estão a melhora de umidade de solos muito secos, a redução de poeira e a rega de áreas de paisagismo. Dentre os malefícios estão o alagamento de frentes de serviço, a saturação do solo, a resistência ao rolamento de equipamentos em terrenos enlameados, o retrabalho de atividades já concluídas e a improdutividade que a retomada dos serviços acarreta.
Os trabalhos de terraplenagem são os mais afetados pelas condições climáticas. Numa obra predial, por exemplo, a maior parte dos trabalhos ocorre internamente, ao abrigo da chuva, embora umidades elevadas possam atrapalhar alguns serviços.
Frequentemente as condições atmosféricas não são levadas em consideração da forma correta. É comum vermos cronogramas com produções nos meses secos iguais às atribuídas nos meses chuvosos, com resultado quase sempre de atraso no planejamento (não porque as equipes tenham produzido pouco, mas porque o planejamento não refletiu o ambiente de execução das atividades).
Analisando-se a intensidade e o momento de ocorrência das chuvas, percebe-se que há precipitações que não interferem em nada, outras que paralisam todo um dia da obra, outras ainda que impossibilitam o trabalho até mesmo no dia seguinte (embora esse dia possa ter um “céu de brigadeiro”).
Para o cálculo de quantos equipamentos e equipes mobilizar para a obra, o primeiro passo é estimar a quantidade de dias de cada mês que serão praticáveis, isto é, disponíveis para aquele determinado tipo de serviço a ser executado. De nada adianta o engenheiro admitir que trabalhará 26 dias por mês (30 dias menos quatro domingos) se é quase certo que a praticabilidade será menor.
O critério para determinação da quantidade de dias praticáveis é subjetivo, mas a experiência e dados históricos de obras passadas ajudam bastante nessa empreitada. Eu já vi várias abordagens, que dependem da tarimba do planejador, do conhecimento dos dados pluviométricos da região, do tipo de serviço e do estágio do planejamento (plano inicial ou cronograma detalhado). O importante é, como eu sempre digo, seguir uma linha de raciocínio lógica e defensável.
Vou recorrer a um exemplo simples e didático. Seja uma obra que tenha uma grande escavação de 450.000 m³ de solo. A composição de custo unitário do orçamentista chegou a uma produtividade de 160 m³/h para uma patrulha (= conjunto de equipamentos) de um trator, uma carregadeira e quatro caminhões. Pelo planejamento da obra, a terraplenagem deverá ser executada entre janeiro e junho.
A primeira providência é pesquisar os dados pluviométricos da região e consultar quem já fez obra por ali. Descontando dos dias dos meses os domingos/feriados e os dias de chuva, chega-se aos dias praticáveis, que transformamos em horas praticáveis pela multiplicação por 10 h/dia.

Com a constatação de que janeiro, fevereiro e março são muito chuvosos, pode-se definir uma distribuição dos volumes para os meses e a consequente produção horária requerida:

A quantidade de patrulhas será o quociente entre a produção requerida e a produtividade da patrulha:

Note que arredondei a quantidade de patrulhas sempre para cima, exceto em fevereiro, para não causar um salto no histograma. A quantidade de cada equipamento ao longo dos meses é a informação necessária para os setores de Produção, de Equipamento e de Contratação.
Bom, mas como se chega ao parâmetro dias de chuva a partir dos dados históricos de precipitação, já que nem todo dia de chuva paralisa a obra? Há 2 variações mais comuns entre os orçamentistas e planejadores.
Variação 1
i. Precipitação < 5 mm – desprezar (o dia não é afetado, a obra produz normalmente);
ii. Precipitação > 5 mm – apenas 10% do dia é praticável (assume-se que alguma parte do dia é praticável, pois a chuva pode ocorrer à tarde ou à noite). Ex: em 10 dias de chuva com precipitação acima de 5 mm, seria considerado praticável apenas 1 dia).

Variação 2
i. Precipitação < 5 mm – desprezar (o dia não é afetado, a obra produz normalmente);
ii. 5 mm < precipitação < 10 mm – o dia não é praticável;
iii. Precipitação > 10 mm – o dia não é praticável, nem metade do dia seguinte (a premissa é que a chuva forte de um dia impacta o dia seguinte).

Como eu disse acima, não há um consenso absoluto porque há algumas variáveis em jogo: uma chuva que ocorra às 8h00 da manhã tem um efeito diferente da mesma chuva ocorrendo às 18h00. Outra diferença: quanto mais argiloso o solo, maior é tempo de retenção da umidade e, portanto, o impacto da chuva é maior do que num solo arenoso. O bom mesmo é sair anotando a precipitação diária e o impacto na obra.






Congressos de Engenharia Civil e
Meio Ambiente e de Automação
debatem progresso e
sustentabilidade
O Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau) promove, entre os dias 21 e 23 de maio, o I Congresso Brasileiro de Engenharia Civil e Meio Ambiente e o I Congresso Brasileiro de Automação. Os eventos, que têm como objetivo aprimorar e fomentar o conhecimento dos estudantes e profissionais das áreas, será no Centro de Convenções de Pernambuco (Cecon-PE), situado na Avenida Professor Andrade Bezerra, s/n, Salgadinho, Olinda.
O Congresso de Engenharia Civil e Meio Ambiente coloca em pauta o “Meio Ambiente como base para o desenvolvimento sustentável”. Entre os renomados profissionais que apresentarão suas palestras no Congresso estão o engenheiro civil especialista em Patologia das Construções, Paulo Helene, a mestre em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável Bárbara Cavalcanti, e o diretor de projetos do Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste, Severino Ribeiro. O engenheiro civil que atuou nas reformas do Estádio Beira-Rio, da Arena Corinthians e do Maracanã para a Copa 2014 e atua nas obras para as Olimpíadas 2016, Enio Pazini, irá ministrar curso sobre “Reparo, recuperação e reforço de estruturas de concreto”.
Já o I Congresso Brasileiro de Automação tem como tema central: “Desafios para um mundo com sustentabilidade”. Durante o encontro, o público poderá conferir palestras com temas como “A importância da pesquisa em engenharias para a Indústria Brasileira”, “Controle e coordenação de robôs”, “Interface cérebro-máquina”, “Novos mercados de Engenharia de Televisão”, “A telefonia móvel e a sua influência na Automação” e “Convergência digital”.
Para a coordenadora dos cursos de Ciências Exatas da Uninassau, Heloísa Pimentel, os congressos trazem para os estudantes e os profissionais uma oportunidade singular de agregar conhecimento e de interação com grandes profissionais de destaque no mercado. “Durante os três dias de evento, o público, além de poder conferir os debates sobre as pautas em destaque no cenário de cada segmento, poderá conhecer, interagir e trocar experiências com especialistas de renome nacional e internacional”, explica Pimentel.
O Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau) promove, entre os dias 21 e 23 de maio, o I Congresso Brasileiro de Engenharia Civil e Meio Ambiente e o I Congresso Brasileiro de Automação. Os eventos, que têm como objetivo aprimorar e fomentar o conhecimento dos estudantes e profissionais das áreas, será no Centro de Convenções de Pernambuco (Cecon-PE), situado na Avenida Professor Andrade Bezerra, s/n, Salgadinho, Olinda.
O Congresso de Engenharia Civil e Meio Ambiente coloca em pauta o “Meio Ambiente como base para o desenvolvimento sustentável”. Entre os renomados profissionais que apresentarão suas palestras no Congresso estão o engenheiro civil especialista em Patologia das Construções, Paulo Helene, a mestre em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável Bárbara Cavalcanti, e o diretor de projetos do Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste, Severino Ribeiro. O engenheiro civil que atuou nas reformas do Estádio Beira-Rio, da Arena Corinthians e do Maracanã para a Copa 2014 e atua nas obras para as Olimpíadas 2016, Enio Pazini, irá ministrar curso sobre “Reparo, recuperação e reforço de estruturas de concreto”.
Já o I Congresso Brasileiro de Automação tem como tema central: “Desafios para um mundo com sustentabilidade”. Durante o encontro, o público poderá conferir palestras com temas como “A importância da pesquisa em engenharias para a Indústria Brasileira”, “Controle e coordenação de robôs”, “Interface cérebro-máquina”, “Novos mercados de Engenharia de Televisão”, “A telefonia móvel e a sua influência na Automação” e “Convergência digital”.
Para a coordenadora dos cursos de Ciências Exatas da Uninassau, Heloísa Pimentel, os congressos trazem para os estudantes e os profissionais uma oportunidade singular de agregar conhecimento e de interação com grandes profissionais de destaque no mercado. “Durante os três dias de evento, o público, além de poder conferir os debates sobre as pautas em destaque no cenário de cada segmento, poderá conhecer, interagir e trocar experiências com especialistas de renome nacional e internacional”, explica Pimentel.
Como interpretar uma
composição de custos
Aldo Dórea Mattos
Todo orçamento se baseia — ou pelo menos deveria se basear — em composições de custos unitários, que são tabelas que detalham os diversos insumos utilizados na execução do serviço em questão, seus coeficientes de utilização e, para quantificação do serviço, o custo unitário de cada insumo.
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A composição reveste-se, portanto, de enorme relevância para o orçamentista e também para o engenheiro de campo, pois este precisa analisar a composição para saber o tipo de insumo considerado e a produtividade adotada quando da formação do preço da obra.
Embora as composições sejam tabelas geralmente simples, muita gente tem dúvidas sobre como lê-las, ou seja, como interpretar as informações nelas contidas e como usar esse entendimento na gestão dos trabalhos diários da obra. Jogar um pouco de luz nessa questão é o desafio do blog esta semana.
As colunas de uma composição de custo unitário são:
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Lancemos mão de alguns exemplos bem didáticos.
Vamos analisar primeiro uma composição de custo unitário do serviço armação de aço CA-50, incluindo corte, dobra e instalação do aço.
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Vejamos outro exemplo: cobertura com telha de fibrocimento, perfil ondulado, e=4 mm, altura 24 mm, largura útil 450 mm, largura nominal 500 mm, inclinação 27% - unidade: m². Importante: o critério de medição e pagamento deste serviço é a área do telhado em projeção. Nessa composição, por questão de facilidade de leitura, ocultamos as colunas de custo.
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Para o serviço laje nervurada com forma de polipropileno com capa de concreto com 25 MPa, lançamento e adensamento, espessura da laje 20 cm, forma de 15 x 57 x 60 cm, capeamento 5 cm – unidade: m², as questões que propomos são mais voltadas à execução do serviço no campo.
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a) Que área de laje um caminhão-betoneira de 10 m³ consegue concretar?
Para responder, basta olhar o índice de concreto = 0,087 m³/m² de laje. Dividindo 10 por 0,087, temos que o caminhão é capaz de fornecer concreto para 115 m² de laje. Isso quer dizer que, se o engenheiro pedir um caminhão cheio à concreteira e só tiver 100 m² disponíveis, sobrará concreto...
b) Qual a unidade da fôrma (cubeta)?
Dia de locação. Aqui o orçamentista está admitindo que a construtora alugará as cubetas.
c) Qual a produtividade do carpinteiro?
A produtividade é o inverso do índice: 1/0,800 = 1,25 m²/h.
Ficou mais claro? Sugiro que você pegue algum banco de dados de composições — TCPO, Sinapi, SICRO, ORSE, EMOP, AGETOP, ou da sua própria empresa — e teste seus conhecimentos. É assim que se aprende.
Ah, e não vá orçar sua obra com as composições acima! Elas valem apenas para orientação didática.
Téchne - Revista - Blog
Trabalhando com composições
auxiliares
Aldo Dórea Mattos
Vimos no post da semana passada que uma composição de custos é uma tabela que mostra todos os insumos que entram na execução de uma unidade do serviço em questão, com suas respectivas quantidades (índices). Agregando-se a coluna de custo unitário, chega-se ao custo total. Nas composições que apresentamos, os insumos eram todos pertencentes às três categorias clássicas: mão de obra, materiale equipamento.
A fim de expandir o entendimento sobre a mecânica do orçamento, analisemos a composição de emboço para parede interna com argamassa de cimento e areia sem peneira - unidade: m² mostrada abaixo:
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Nesta composição, a argamassa pode ser vista como um material, se for adquirida pronta para usar. Não é o caso. Nossa obra fabricará a argamassa no canteiro. Desta forma, o insumo argamassa representa na verdade um serviço com seus próprios insumos, isto é, “um serviço dentro do outro”. Na linguagem técnica, a argamassa então é uma composição auxiliar.
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Se quisermos representar a composição do emboço com todos os insumos (portanto, sem composição auxiliar), precisamos “explodir” a composição auxiliar em seus componentes (insumos). A conta é fácil: basta multiplicar o índice da composição auxiliar na composição principal pelos índices dos insumos da auxiliar. Por que essa multiplicação? Porque a composição auxiliar é para 1 m³ de argamassa, porém só requeremos 0,030 m³ de argamassa para cada m² de emboço.
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Vejamos outro exemplo. Um orçamentista quer orçar 1 m² de fôrma para vigas, com chapa compensada plastificada, e=12 mm - unidade: m², porém ele dispõe de composições específicas para cada etapa do serviço: fabricação, montagem e desmontagem.
Trata-se de um serviço geral com três composições auxiliares, que são mostradas abaixo. Em seguida temos a composição toda aberta, se assim desejar o orçamentista.
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Composição aberta:
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Ficou claro?
Só para não poder a chance de interpretar composições de custos unitários, vemos que o índice 0,333 da fabricação da fôrma representa a reutilização. Pelo enunciado da composição notamos que ela pressupõe 3 aproveitamentos dos painéis, o que significa que os carpinteiros fabricarão apenas 1/3 da área total de fôrma. Vejam como a garantia da integridade das fôrmas no canteiro é importante. Quanto mais se reaproveita, mais o índice baixa.
Cuidado: muita gente usa equivocadamente o termo reaproveitamento. “Dois reaproveitamentos” significa “três aproveitamentos” (três utilizações).
Téchne - Revista - Blog
Instalações: por que orçamos
Instalações: por que orçamos
e planejamos mal
Aldo Dórea Mattos
As instalações hidrossanitárias e elétricas parecem ser uma fonte de grande incerteza para muitas construtoras. Uma enquete entre seus colegas construtores facilmente mostrarão que inúmeros são os casos de estouros de custo de instalações, falência de empreiteiros e atrasos de cronograma por causa desses serviços especializados. As frustrações do orçamento das instalações são provenientes de causas comerciais, técnicas e gerenciais. Faço a seguir algumas reflexões sobre o assunto.
Causas comerciais
As instalações hidrossanitárias e elétricas constituem uma categoria de serviços que os construtores gostam bastante de terceirizar, porque tradicionalmente as empresas de construção se dedicam apenas àquilo que se convenciona chama departe civil: escavação, fôrma, armação, concreto, revestimento, acabamento, etc. Por uma questão de inércia cultural, as construtoras aparentemente gostam de contar com equipes próprias para a parte civil e subcontratar as instalações a empresas do setor.
Essas empresas subcontratadas, contudo, podem ter o mesmo padrão de qualidade e forma de conduta da construtora contratante ou não. No caso de contratante e contratada terem sistemas gerenciais distintos representa logo de cara uma parte do problema. Empresas organizadas, que seguem procedimentos e impõem controle de execução de serviços, veem-se muitas vezes lidando com um subempreiteiro amador, caótico, desorganizado e informal, simplesmente porque optaram por contratar aquele de preço mais baixo. Cria-se de imediato um ponto vulnerável na condução da obra. Você já viu essa cena? Eu já.
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Causas técnicas
É preciso também entender a forma como se orçam as instalações no mercado. Diferentemente de como os orçamentistas da parte civil fazem, os instaladores não têm o costume ou a cultura de usar composições de custo unitário para cada etapa do serviço. Os próprios bancos de dados referenciais são bastante pobres nesse sentido.
O que se vê corriqueiramente é o seguinte: o instalador cota o material da obra (tubos, conexões, fios, cabos, etc.) e dimensiona a equipe de trabalhadores para realizar o respectivo serviço no prazo dado pelo construtor. Ex: para fazer a instalação do prédio de N pavimentos, serão M eletricistas, N ajudantes e P encarregados.
Outra maneira também encontrada na prática é aplicar sobre o custo do material um % referente à mão de obra (50%, 80%, 40%, depende do tipo de instalação e do padrão das especificações). Ao contrário do método anterior, aqui é impossível visualizar a equipe e a produtividade adotadas.
Em qualquer um dos casos, o empirismo é grande, maior do que no processo de se orçar alvenaria e revestimentos.
As razões expostas acima trazem como resultado o fato de as construtoras trabalharem geralmente com a unidade VERBA no orçamento das instalações. O orçamentista da construtora recebe uma proposta de montante global do instalador e inclui esse valor no orçamento da obra. Trabalha-se, portanto, com uma verdadeira caixa preta.
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Do ponto de vista da gestão do empreendimento, uma prática errada dos planejadores é colocar no cronograma da obra uma barra única para o serviço Instalações. Não é raro eu encontrar cronogramas com uma “barrona” de seis ou 10 meses de duração para mostrar as instalações hidrossanitárias e elétricas da obra. Os motivos são meio óbvios. Em primeiro lugar, o pacote de trabalho que figura no cronograma é muito genérico, englobando uma vasta gama de atividades. Como saber qual o % de avanço do bloco Instalações até a presente data? A resposta vai ser um belo chute. Causas gerenciais
Em segundo lugar, hidráulica é uma frente de batalha e elétrica é outra. Não dá para se juntar as duas famílias para fins de controle. Imagine que haja um problema de suprimento e a obra não receba eletrodutos em tempo hábil de cumprir o cronograma — as duas famílias ficarão naturalmente descasadas e, caso o planejador insista em agrupá-las como irmãs siamesas, terá dor de cabeça para manter o cronograma atualizado de maneira coerente.
Existe uma crença na construção, sobretudo nas construtoras de médio e pequeno porte, de considerar que não é preciso monitorar o avanço da empresa de instalações porque o preço contratado é global e “o empreiteiro que se vire para fazer o serviço no custo pactuado”. Eu até entendo que o empreiteiro de instalações assuma eventuais distorções de custo, mas o que eu realmente não entendo é o construtor fazer vista grossa para o acompanhamento do cronograma. Aprenda: se o subcontratado se atrasar, ele até pode assumir o custo do atraso do serviço dele, mas o efeito desse atraso para a obra como um todo é muito maior e quem pagará a conta será o construtor.
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Téchne - Revista - Blog
Seguro Garantia de Entrega de
Obra
Aldo Dórea Mattos
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Não se pode esconder o fato de que, ao comprar um imóvel ainda não pronto, esteja ele na planta ou já em construção, o comprador corre sempre o risco de não receber seu imóvel. Os fatores são muitos, indo de inadimplência generalizada por parte dos condôminos à falência da incorporadora.
Nos últimos anos ficou clara para o mercado imobiliário a necessidade da criação de alguma espécie de seguro que garantisse a entrega das unidades imobiliárias aos adquirentes no prazo pactuado no contrato de compra e venda.
Foi assim que em junho de 2012 a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), por meio de seu Convênio de Seguros, lançou em todo o País o Seguro Garantia de Entrega de Obra (SGEO), cujo principal objetivo é aumentar a confiança do adquirente de imóveis comercializados na planta. Este seguro tranquiliza o comprador e solidifica a relação de consumo no setor imobiliário.
O SGEO é uma apólice que condiciona juridicamente a entrega da obra no prazo firmado em contrato. A apólice pode ser concedida a qualquer incorporadora, desde que a viabilidade do empreendimento seja atestada pela seguradora.
Duas condições são requeridas para concessão do SGEO: a primeira é que a incorporação esteja enquadrada no regime de Patrimônio de Afetação; a segunda é que seja firmada a promessa de compra e venda de imóvel na planta nos moldes do padrão desenvolvido pelo Convênio de Seguros CBIC (contendo a cláusula do seguro GEO) — caso já tenha sido firmada promessa anteriormente, a incorporadora pode utilizar o Aditivo ao Contrato de Promessa de Compra e Venda para a Contratação do Seguro Garantia (Modelo Convênio CBIC).
A diferença básica entre o SGEO e outros seguros existentes no mercado imobiliário é que ele garante a efetiva entrega da obra num prazo certo, enquanto os demais buscam garantir financeiramente a realização de um empreendimento, isto é, ressarcem os adquirentes (com valores via de regra insuficientes para a ação) para que eles troquem o incorporador, por exemplo, porém assumindo o risco da impossibilidade de concretizar a obra, ainda que com apólice de seguro de performance contratada no mercado.
Beneficiam-se com o SGEO todos os envolvidos na transação do imóvel: o comprador, o incorporador, o permutante (dono do terreno dado em permuta por unidades construídas) e os agentes financeiros da construção.
Em que pese ter um custo, a adoção do SGEO tem um apelo mercadológico enorme. Ele comunica ao adquirente transparência e segurança e tem como retorno maior velocidade de venda das unidades. Trata-se, sem dúvida, de uma ferramenta de marketing para o incorporador.
O produto atende tanto o mercado imobiliário quanto o programa Minha Casa, Minha Vida, sendo que para este último há uma taxa diferenciada, muito abaixo da taxa praticada no mercado.
Elementos
O Tomador do SGEO é sempre a incorporadora ou a construtora responsável pela entrega das unidades prontas e acabadas. O Tomador, portanto, é quem vende a unidade através de um contrato de compra e venda.
O Segurado é o conjunto dos adquirentes das unidades do empreendimento, organizados e representados na forma de condomínio nos termos da Lei 10.931/04 (Lei do Patrimônio de Afetação).
A Seguradora é a sociedade de seguros garantidora do cumprimento das obrigações assumidas pelo Tomador no contrato de compra e venda (contrato principal).
O objeto do Seguro Garantia de Entrega de Obra é a construção de edificações ou conjunto de edificações de unidades autônomas, alienadas na planta ou durante a execução da obra, em regime de Patrimônio de Afetação, quando ficar caracterizado o inadimplemento ou a ausência do Tomador, entendendo-se por ausência a decretação de falência/insolvência ou requerimento de autofalência/insolvência, ou a dissolução regular ou irregular do Tomador pessoa jurídica, ou qualquer outra situação que impeça o tomador de cumprir satisfatoriamente o contrato principal.
O sinistro, que é o fato gerador que dá início à pretensão do Segurado ao pagamento da indenização pela Seguradora, se caracteriza quando ficar comprovado, alternativamente:
i. Inadimplemento substancial do Tomador em relação às obrigações cobertas pela apólice, após o prazo conferido pelo Segurado para a regularização de possível inadimplemento do contrato pelo Tomador;
ii. Ausência do Tomador (conforme definido mais acima).
A Seguradora ficará isenta de responsabilidade apenas na ocorrência das seguintes hipóteses:
i. Casos fortuitos ou de força maior, nos termos do Código Civil;
ii. Descumprimento das obrigações do Tomador decorrente de atos ou fatos de responsabilidade do Segurado;
iii. Alteração das obrigações contratuais garantidas pela apólice, que tenham sido acordadas entre Segurado e Tomador, sem prévia anuência da Seguradora; ou
iv. Atos ilícitos dolosos praticados pelo Segurado ou por seu representante legal.
Ocorrido o sinistro, a garantia prevista na apólice será prestada de uma das seguintes formas, sempre de comum acordo entre segurado e seguradora:
i. Seguradora assume a construção e a conclui até o Limite Máximo de Garantia, arcando com os custos adicionais razoavelmente incorridos para o término do cumprimento das referidas obrigações, depois de exaurido o saldo dos créditos de que disporia o Tomador em face do Segurado caso não houvesse ocorrido o sinistro;
ii. Seguradora paga indenização pelos prejuízos decorrentes do inadimplemento do Tomador, mediante a devolução ao Segurado das importâncias pagas ao Tomador, observado o Limite Máximo da Garantia constante na apólice.
A escolha entre as opções acima será de comum acordo entre Segurado e Seguradora, mas prevalecerá a primeira alternativa sempre que o valor decorrente da segunda alternativa superar o valor da garantia da apólice. Na prática, a segunda alternativa terá aplicação muito remota. A força do SGEO está justamente no compromisso de a Seguradora assumir a construção e terminar a obra no prazo pactuado.
As duas hipóteses acima se assemelham bastante ao que acontece no regime de Patrimônio de Afetação quando ocorre a falência do incorporador. A diferença é que, com o SGEO, a Seguradora é quem se encarrega de assumir a obra ou devolver o dinheiro aos adquirentes, ao passo que no PA puro (sem SGEO), caberá à Comissão de Representantes decidir os rumos do empreendimento e, se for o caso, proceder à negociação de uma construtora substituta para o término da obra. O fato de esse tipo de negociação nem sempre ser muito fácil já mostra uma das grandes vantagens do Seguro Garantia de Entrega de Obra.
O Limite Máximo de Garantia (LMG) refere-se ao máximo valor de indenização a ser feito pela Seguradora, correspondendo ao custo adicional necessário à conclusão da construção, no que exceder o saldo dos créditos de que disporia o Tomador em face do Segurado caso não houvesse ocorrido o sinistro.
O valor atribuído a título de Limite Máximo de Garantia é equivalente a 100% do custo de construção estipulado na Proposta apresentada pelo Tomador para a análise do risco realizada pela Seguradora.
Contratação
Para se habilitar ao Seguro Garantia de Entrega de Obra, o incorporador deve preencher no site do Convênio de Seguros da CBIC uma ficha de cadastro da empresa e do empreendimento, anexar documentos pertinentes a ambos e aguardar a avaliação da companhia seguradora para a concessão do seguro.
O custo do SGEO é a partir de 0,25% do custo da obra ao ano, dependendo da análise do cadastro do construtor e do empreendimento.
No programa Minha Casa, Minha Vida, a taxa é fixa em 0,20% do custo da obra ao ano. Trata-se de uma taxa negociada exclusivamente pelo Convênio de Seguros CBIC com a seguradora garantidora e os resseguradores da operação, em benefício deste programa social.
O mecanismo de contratação do Seguro Garantia de Entrega de Obra prevê a utilização de vários instrumentos padronizados pelo Convênio de Seguros da CBIC, a saber:
- Aditivo ao Contrato de Promessa de compra e venda;
- Condições contratuais gerais do seguro garantia;
- Condições contratuais especiais do seguro garantia;
- Contrato de contragarantia.
Para contratar o SGEO, além de ter a incorporação registrada no regime de Patrimônio de Afetação, a incorporadora precisa usar um modelo padrão de clausulado pertinente à questão do seguro no contrato de compra e venda ou oaditivo ao contrato de promessa de compra e venda com este clausulado específico, para o caso de vendas já feitas, ambos desenvolvidos pelo Convênio de Seguros da CBIC.
A ideia da padronização do clausulado é garantir que todos os contratos de compra e venda de imóveis em construção contenham a mesma cláusula, válida em todo o território nacional.
Atuação da Seguradora
Firmado o SGEO, a Segurada passa a ter um papel de destaque no empreendimento, porque é grande seu interesse em que a obra avance com segurança e dentro do prazo avançado.
Uma das tarefas que fica a cargo da Seguradora é o controle técnico da obra, tal como estipula a Cláusula 7 das Condições Especiais.
A Seguradora nomeará um Controlador Técnico, a quem caberá o acompanhamento do projeto e execução da Construção, podendo, entretanto, a própria Seguradora, se entender mais conveniente, executar tal acompanhamento por seus próprios meios.
O Controlador Técnico terá como objetivo acompanhar o andamento dos serviços, de modo a informar à Seguradora se eles estão se desenvolvendo de acordo com o cronograma físico e financeiro, bem como se o memorial descritivo está sendo cumprido fielmente.
É facultado ao Controlador Técnico, observados os regulamentos de segurança da construtora, acesso a todos os sítios da obra, bem como a todos os documentos utilizados pelo Tomador. Além de permitir o livre acesso, a construtora também deverá:
i. Entregar ao Controlador Técnico ou, na sua falta, à Seguradora, até o dia 10 de cada mês, demonstrativo do estado da obra e sua correspondência com os prazos pactuados ou com os recursos financeiros que integrem o Patrimônio de Afetação recebidos no período, firmados por profissionais habilitados;
ii. Manter e movimentar os recursos financeiros do Patrimônio de Afetação em conta de depósito aberta especificamente para tal fim;
iii. Entregar ao Controlador Técnico ou, na sua falta, à Seguradora, até o dia 10 de cada mês, balancetes mensais relativos ao Patrimônio de Afetação;
iv. Manter escrituração contábil completa, ainda que esteja desobrigado pela legislação tributária.
O que se nota é que a Seguradora assume um papel consultivo e fiscalizadorcontínuo da obra. Ela deixa de ser uma entidade que só é chamada a atuar quando surge um sinistro, para ser uma peça presente continuamente na vida da incorporação, acompanhando sua evolução e detectando possíveis focos de problemas futuros. A Seguradora precisa, então, estar dotada (normalmente através de empresas terceirizadas) de um corpo de engenheiros, arquitetos e contadores que desempenhem esse trabalho que não é nada simples.
Para exercer esse papel, a Seguradora sub-roga-se nos direitos do Segurado (adquirentes) contra o Tomador (incorporador), ou seja, adquire plenos poderes de atuação em nome dos adquirentes das unidades, não precisando solicitar permissão a cada vez que precisar agir.
Quanto ao prazo de entrega da obra pela Seguradora, é preciso levar em consideração que o processo de substituição da construtora inevitavelmente demanda tempo para negociação com a construtora substituta, nova mobilização e retomada dos serviços.
Por essa razão, o SGEO estabelece que a substituição do Tomadorpelo Construtor Substituto não poderá ultrapassar 180 dias.
O desenrolar da obra se dará então em consonância com as etapas de obra, memoriais descritivos, especificações técnicas e projetos inicialmente elaborados pelo Tomador.
O quadro abaixo sintetiza as características do Seguro Garantia de Entrega de Obra.
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Quer saber mais? Meu livro “Patrimônio de Afetação na Incorporação Imobiliária” explora o assunto.
Téchne - Revista - Blog
Como alugar andaimes
fachadeiros
Aldo Dórea Mattos
Na execução de uma obra sempre há um estouro de orçamento aqui e ali. Há alguns serviços cujo custo estoura e causa uma verdadeira comoção e outros que, por não serem tão vultosos em termos relativos, são incorporados pela construtora como sendo parte do jogo e ninguém se preocupa em aprender para corrigir em obras futuras.
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Os andaimes encaixam-se nesse segundo grupo e representam um item no qual as construtoras repetidamente perdem dinheiro. Aliás, só por exercício, pesquise em alguma obra sua o custo orçado de andaimes e compare-o com o custo real — aposto que houve estouro.
Veremos abaixo a correta especificação de um andaime fachadeiro, os cuidados na locação e as causas mais comuns de problemas de custo.
Os trabalhos em superfícies verticais requerem dispositivos especiais que deem mobilidade ao trabalhador, proporcionando atingir boa produtividade sem comprometer a segurança. O andaime fachadeiro é um tipo de estrutura provisória para o acesso de pessoas e equipamentos aos locais de trabalho em altura.
O equipamento é indicado para a realização de serviços de alvenaria e acabamentosem fachadas de edifícios residenciais e comerciais. Ele também pode ser utilizado na manutenção de fachadas, na indústria e em obras de infraestrutura como, por exemplo, na montagem de ferragens e fôrmas de concreto.
O andaime fachadeiro tem como principal característica dispor de painéis de largura e altura adequadas para o trânsito de pessoas e materiais por toda a fachada. Dessa forma o operário tem acesso a toda extensão da fachada sem precisar passar de uma torre individual de andaime para outra.
Dois são os tipos principais de andaimes fachadeiros:
- Modular – composto por painéis metálicos simples e/ou com escada tipo marinheiro acoplada, diagonal de travamento em X, guarda-corpo horizontal, barras de ligação, pisos metálicos e/ou elementos horizontais que servem para suportar o piso em madeira, além de escada interna com alçapão. É o tipo mais comum;
- Multidirecional – composto por postes com rosetas e/ou estribos multidirecionais, travessa horizontal de travamento com engate e pinças, travessa diagonal (vertical e horizontal) com engate e pinças, piso metálico e/ou apoios para forração em piso de madeira, além da opção de escada interna. Esse andaime é mais utilizado em obras de infraestrutura e industriais e é mais caro do que o modular.
Planejamento
Aqui entra em cena o primeiro desafio para quem vai construir: saber a quantidade correta a alugar. Pensemos num prédio de planta quadrada de 30 metros de lado e 50 metros de altura. O engenheiro de planejamento precisa informar se as fachadas serão atacadas simultaneamente — a obra alugará então 4 x 30 m x 50 m = 6.000 m² por um período P — ou sucessivamente — nesse caso, 1 x 30 m x 50 m = 1.500 m² por um período de permanência mais longo (porém não necessariamente 4P por causa das relocações). Tenha em mente que o custo da locação depende do número de peças e do prazo.
Para se ter uma ideia de produtividade de montagem de andaimes, a regra geral é: uma equipe de dois homens monta 100 m² por dia de trabalho.
Viabilidade
O andaime fachadeiro pode ser boa opção tanto na construção de um sobrado quanto na de um edifício. Contudo, se o edifício for muito alto, a estrutura montada no primeiro andar termina ficando ociosa por muito tempo, o que eleva o custo de locação (basta visualizar que o andaime do 10º andar exige nove andares abaixo dele apenas com a função de torre).
O andaime fachadeiro é mais vantajoso quando o seu tempo de permanência na obra não é muito longo. Por isso, em prédios altos, o balancim apresenta-se como a melhor opção, mas tem que se fazer conta.
Projeto
Embora pareça uma atividade simples, o uso de andaimes exige um projeto que mostre plantas, cortes, vistas e detalhes técnicos que definam claramente os encaixes, posicionamento de elementos estruturais, dimensionamento das peças, cargas adotadas, pontos de amarração e sequência de montagem. O projeto, a montagem e a supervisão devem ser acompanhados por profissional habilitado.
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Os andaimes fachadeiros precisam dispor de proteção com tela de arame galvanizado ou material de resistência e durabilidade equivalentes, desde a primeira plataforma de trabalho até pelo menos 2 m acima da última.
Além disso, os andaimes devem ser amarrados à edificação para resistir às ações dos ventos — recomenda-se uma fixação a cada 8 m na horizontal e 4 m na vertical.
Locação
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Como qualquer equipamento, andaime pode ser comprado ou alugado. A segunda forma é a preferida das construtoras. A unidade tradicional de locação é o metro quadrado de fachada por dia, embora em configurações mais complexas existam contratos por preço global.
Por imposição do Ministério do Trabalho e Emprego, os painéis, tubos, pisos e contraventamentos dos andaimes devem conter a identificação do fabricante e a referência do tipo, lote e ano de fabricação, tudo exposto no corpo do equipamento de forma aparente e indelével.
No momento da contratação é importante que fique bem claro o que o fornecedor está oferecendo. É preciso atentar para os seguintes aspectos:
- Transporte – o custo da locação inclui o transporte e a descarga das peças no canteiro?
- Guarda – a quem cabe armazenar e vigiar as peças? (Normalmente cabe ao locatário);
- Montagem – quem se encarrega de montar os andaimes: locador ou locatário?
- Projeto – de que forma o projeto será fornecido? ART está incluída?
- Manutenção – como será prestada manutenção e garantia por parte do locador?
- Suporte – de que maneira a equipe de técnicos irá prestar auxílio na obra?
- Sanções – quais são as penalidades previstas por avaria, extravio e mau uso de peças?
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Estouro nos custos
Uma das principais razões para furos de orçamento de andaimes está na tendência errada de se economizar com o subdimensionamento do equipamento, o que acaba causando problemas de congestionamento e mobilização afobada no final da obra.
Outro motivo é o mau armazenamento na obra. As peças devem ser estocadas em local bem ventilado e coberto, para evitar sol e chuva. O armazenamento do material deve ser feito em local exclusivo (gaveteiros). Os tubos têm que estar arrumados em ordem de tipos de andaime e agrupados de acordo com o comprimento; as braçadeiras devem estar sempre limpas e banhadas em óleo, devem ser arrumadas e colocadas em tambores. Convém providenciar local apropriado para banho de óleo com contenção secundária para prevenir incidente envolvendo derramamento.
Por fim, a questão da má gestão dos andaimes. Avarias ocorrem por queda de peças e colisão de equipamentos por falta de sinalização. O emprego de serventes comuns como montadores também concorre para a ocorrência de problemas.
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Esta semana lhes dou um bônus extraído da revista Construção Mercado.
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1- Verificação do terreno
As condições do terreno onde o andaime será assentado vão determinar qual tipo de sapata deverá ser encaixada nos postes dos quadros. Para que o nivelamento das plataformas de base seja garantido em terrenos irregulares, por exemplo, utilizam-se sapatas ajustáveis.
2- Apoio auxiliar
Quando o terreno não for firme suficiente para receber as cargas, pranchões de madeira deverão ser fixados às sapatas por meio de pregos. Com isso, a concentração de peso em cada poste da torre será diminuída.
3- Afastamento
Para garantir que o andaime mantenha em por exemplo, utilizam-se sapatas ajustáveis. toda sua extensão a distância necessária para realização dos trabalhos na fachada, é preciso ancorar colunas de amarração aos postes dos andaimes por meio de braçadeiras fixas ou articuláveis.
4- Fixação
A estrutura do andaime deve ser presa na fachada por meio de cabos de aço. Eles podem ser amarrados nos próprios pilares da estrutura ou em elementos próprios para fixação caso o edifício esteja em fase de construção. Os elementos que fixam o andaime na fachada devem ser feitos a cada 6 m, conforme previsto na NBR 6.494, tanto na vertical quanto na horizontal.
5- Tela de proteção
O equipamento precisa dispor de proteção com tela de arame galvanizado ou material de resistência e durabilidade equivalentes desde a primeira plataforma até pelo menos 2 m acima da última. Recomenda-se ainda que as telas sejam ancoradas nas estruturas do edifício, para que a incidência de ventos não comprometa a estabilidade do andaime.
Segurança no uso
6- Plataformas
Para evitar acidentes sobre as plataformas de trabalho, as especificações do fabricante com relação às cargas máximas permitidas devem ser rigorosamente seguidas. As cargas devem ser distribuídas sobre as plataformas uniformemente, evitando concentração de peso principalmente nos vãos dos andaimes, e não devem obstruir a circulação de pessoas.
7- EPIs
É imprescindível que qualquer trabalho realizado pelos operários sobre os andaimes seja feito com equipamentos de proteção individuais (EPIs). O cinto de segurança, por exemplo, deve estar bem fixado no trabalhador e ligado a um cabo de vida instalado na estrutura do edifício.
8- Acesso
De acordo com a NR-18, o acesso às plataformas de trabalho deve ser feito por meio de escadas incorporadas à estrutura do andaime.
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A fórmula do BDI
Aldo Dórea Mattos
O roteiro da orçamentação de uma obra passa por várias etapas, cada uma requerendo do engenheiro de custos um tipo de trabalho diferente. Primeiro faz-se a leitura atenta dos projetos e do edital. Depois parte-se para o levantamento do quantitativos e, enfim, à montagem de uma composição de custos para cada serviço identificado. Isto totaliza o custo direto da obra.
Feito isto, o orçamentista compõe o custo indireto da obra, que é o custo relativo à administração, manutenção e suporte das equipes de campo. No indireto encaixam-se, portanto, todos os itens que não foram computados nas composições de custo direto.

Ainda como parte da técnica de formação do preço, é necessário computar aquelas parcelas que não são necessariamente serviços, mas que inevitavelmente ocorrem e precisam estar aprovisionadas no orçamento (batizei-as de custos acessórios): aadministração central (rateio do custo da sede entre as obras da construtora), ocusto financeiro (recomposição do dinheiro pelo fato de a medição ser paga após a realização do serviço) e riscos/eventuais/imprevistos/contingências(provisão para eventos imprevisíveis ou de difícil quantificação precisa).
Pois bem, até agora só se falou de custo. Porém, considerando-se que a obra em análise será feita para um cliente externo, mediante uma negociação econômica, o construtor terá que levar em conta também o lucro que espera auferir na execução da obra e os impostos que incidirão sobre as faturas (notas fiscais) que emitir. Esta é a maneira de se passar de custo para preço (de venda).
Vamos recorrer a um exemplo simples. Seja uma obra hipotética composta de apenas 4 serviços, aos quais o construtor terá que apresentar preços e participar de uma licitação:

O engenheiro montou uma composição de custos para cada item e chegou ao custo direto total da obra:

O montante de R$ 5.000,00 não é ainda o preço de venda; é apenas o custo direto. Falta somar a ele o custo indireto, os custos acessórios (administração central, custo financeiro, riscos/eventuais), o lucro e os impostos. Suponha que estes outros itens tenham os seguintes valores:

Para chegar ao preço de venda, a conta é:

A razão implícita nesta fórmula é que tudo aquilo que incide sobre o preço de venda deverá estar no denominador da fórmula, pois de outra forma a conta não fecha. Verifiquemos se nossa conta fecha:

Primeira pergunta: por que não fazer primeiro a aplicação do lucro e depois dos impostos, ou vice-versa? A resposta é: a conta não vai fechar. Se o construtor quer, por premissa, computar os impostos e o lucro sobre o preço de venda, esses dois percentuais devem seguir juntos, somados.
Bom, voltando ao exemplo, se desejamos participar da licitação com uma proposta de R$7.000,00 e só há espaço para informar preço dos quatro serviços da obra, teremos que diluir sobre o custo direto da obra todas as outras rubricas do orçamento. Em outras palavras, temos que distribuir na planilha o custo dos itens que não figuram explicitamente na planilha.
Como fazer isto? É simples: se o custo direto é R$ 5.000 e queremos chegar a um preço de venda de R$ 7.000, temos que aplicar um coeficiente majorador sobre os custos diretos. O tal coeficiente é:

O fator 1,40 corresponde a um acréscimo de 40% sobre cada custo direto para se ter o preço unitário de venda de cada serviço.
Ao referido percentual dá-se o nome de Bonificação e Despesas Indiretas (BDI), que também aparece na literatura como LDI (lucro e despesas indiretas). Alguns autores referem-se ao B como benefícios, mas é tudo uma questão de semântica. O importante é que você já entendeu do que se trata.
Então, a planilha de venda da obra será:

Sintetizando o aprendizado,

Entendido o conceito, vejamos a fórmula paramétrica do BDI segundo algumas fontes bastante consultadas.
Instituto de Engenharia
O ilustre eng. Maçahiko Tisaka, ex-presidente do Instituto de Engenharia de São Paulo, elaborou um louvável trabalho intitulado “Metodologia de cálculo da taxa do BDI e custos diretos para a elaboração do orçamento na construção civil”, que o leitor pode baixar (eu mudei algumas letrinhas da fórmula abaixo apenas para facilitar a comparação com a fórmula do TCU mostrada mais adiante):









Onde:
I = taxa de administração central (inclui o indireto)
R = taxa de risco do empreendimento;
CF = taxa de custo financeiro do capital de giro;
TF = taxa de tributos federais;
TM = taxa de tributo municipal – ISS;
C = taxa de despesas de comercialização (*);
L = lucro ou remuneração líquida da empresa.
(*) Compra de editais de licitação, preparação de propostas de habilitação e técnicas, custos de caução e seguros de participação, reconhecimento de firmas e autenticações, cópias, emolumentos, despesas cartoriais, despesas com acervos técnico, anuidades/mensalidades de CREA, SINDUSCON e associações de classe, despesas com visitas técnicas, viagens comerciais, assessorias técnicas e jurídicas especializadas, almoços e jantares com clientes potenciais, propaganda institucional, brindes, cartões e folhetos de propaganda, comissão de representantes comerciais, placas de obra não apropriadas como custos.

Livro “Novo Conceito de BDI” (Eng. Paulo Roberto Vilela Dias)
A visão desse livro é a defendida pelo Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos (IBEC):

Onde:
AC = administração central;
CF = custo financeiro;
S = seguros;
G = garantias;
MI = margem de incerteza;
TM = tributos municipais;
TE = tributos estaduais;
TF = tributos federais;
MBC = margem bruta de contribuição.
Livro “Como Preparar Orçamentos de Obras” (Eng. Aldo Dórea Mattos)
Em nosso livro, a maneira que preconizamos o cálculo do BDI é:

Onde:
CI% = custo indireto (em % sobre o custo direto);
AC% = administração central (em % sobre custo direto mais indireto);
CF% = custo financeiro (em % sobre custo direto mais indireto);
IC% = imprevistos e contingências (em % sobre custo direto mais indireto);
LO% = lucro operacional (em % sobre o preço de venda);
I% = impostos (em % sobre o preço de venda).
Tribunal de Contas da União
O Tribunal de Contas da União (TCU) propõe uma metodologia própria de cálculo do BDI no Acórdão 2.369/2011.

Onde:
AC = taxa representativa das despesas de rateio da administração central;
R = taxa representativa de riscos;
S = taxa representativa de seguros;
G = taxa representativa de garantias;
DF = taxa representativa das despesas financeiras;
L = taxa representativa do lucro/remuneração; e
T = taxa representativa da incidência de tributos.
Algumas considerações:
1) Todas as fórmulas incluem os impostos no denominador, pois eles incidem sobre o preço de venda e não sobre o custo da obra;
2) Nas fórmulas que não contêm explicitamente seguros e garantias, estas presumem-se incluídas no custo indireto da obra;
3) O método do IE assume uma aplicação sucessiva de administração central, riscos e custo financeiro. Particularmente acho minha fórmula e a do IBEC mais realistas, pois adota percentuais sobre CD+CI, devendo os percentuais ser somados (é assim que funciona a cabeça de quem faz orçamento);
4) O TCU é o único a incluir o lucro no numerador, ou seja, definido sobre custo e não sobre venda. As demais fontes usam um percentual de lucro aplicado sobre o valor do contrato (preço de venda). Considero a maneira advogada pelo TCU ilógica, porém não incorreta. Ilógica porque na totalidade das construtoras que conheço o percentual de lucro é determinado pela diretoria da empresa como um percentual sobre o valor contratado e não sobre o custo (o número que o empresário tem na cabeça é “espero 10% de lucro numa obra de R$1 milhão, ou seja, R$100 mil”). Contudo, a forma do TCU não é errada porque é tudo uma questão de conta: um lucro de 8% sobre a venda corresponderá, por exemplo, a 10% sobre o custo — o problema aí passa a ser as faixas de aceitabilidade do lucro, mas isso é assunto para outro post.


Téchne - Revista - Blog
DiMensionamento da central de
armação
Aldo Dórea Mattos
Ao se orçar uma obra, especial atenção deve ser dada ao dimensionamento do canteiro de obras. Quando o volume de concreto armado é considerável, é comum que se instale no canteiro uma central de armação, que se compõe de baias de armazenamento de aço, bancadas de corte e bancadas de dobra, além de um pátio onde colocar as barras beneficiadas.
O projeto do engenheiro calculista traz o quadro de ferragem, de onde o orçamentista pode extrair a quantidade de aço a ser instalada na obra. É preciso ter em mente que uma barra de 12 metros entregue na obra pode ter três destinos:
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De posse do quantitativo total de armação, o orçamentista calcula o peso de cada uma das três categorias acima. Passarão pela máquina de corte de ferro todas as barras enquadradas na 1ª e 2ª categorias (corte e dobra; somente corte), e passarão pela bancada de dobra apenas as da 1ª categoria (corte e dobra).
O passo seguinte é calcular a produção mensal requerida, que é dada pelo peso de aço dividido pelo prazo de execução do serviço de armação. A central a ser mobilizada no canteiro tem que ser tal que atenda a essa necessidade.
Por fim, conhecendo a especificação e a produtividade mensal esperada das máquinas de corte e dobra, calcula-se a quantidade de cada uma delas.
Ilustremos o método com um exemplo. Vamos supor que não conhecemos em profundidade o projeto estrutural e dispomos apenas da área total construída do edifício, de 30.000 m². Utilizamos o parâmetro espessura média de concreto (0,20 m por m² de área) para inferir o volume total de concreto da estrutura e, aplicando a taxa de aço de 100 kg por m³ de concreto, chegamos ao peso de aço aproximado.
Vamos agora separar essas 600 toneladas nos três destinos que as barras podem tomar:
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Do planejamento e da experiência de obras similares, estimamos que a estrutura terá um prazo de execução de oito meses. A partir das categorias acima, calculamos a quantidade total mensal a ser cortada [(420.000 + 150.000) / 8 =71.250 kg] e dobrada (420.000/8 = 52.500 kg).
Supondo que o fabricante indique que a máquina de corte tem produtividade nominal de 200 kg/h e a bancada de dobra, 100 kg/h, calculamos a produtividade mensal de cada uma multiplicando pela quantidade de horas no mês (8 h/dia x 25 dias/mês = 200 h/mês), chegando a 40.000 kg/mês e 20.000 kg/mês, respectivamente. Como essa produtividade é nominal, deve-se aplicar o fator de eficiência para refletir o fato de que a central não trabalha sem parar — há pausas para colocação das barras, interrupções dos armadores (para beber água, ir ao banheiro, receber instruções), falta de material (não deveria ocorrer, mas ocorre...), etc. Adotemos 60% de eficiência.
A quantidade de máquinas de corte será dada pelo quociente entre o total requerido no mês pela produtividade efetiva do equipamento: 71.250 kg / (40.000 x 0,60) = 2,97 ou três unidades.
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Analogamente, chega-se a um total de cinco bancadas de dobra.
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Fazer uma memória de cálculo e obedecer a uma linha de raciocínio é fundamental. O resto é chute.
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Origem e destino dos materiais
Aldo Dórea Mattos
Em obras que envolvem atividades de movimento de terra (escavação de solo, escavação de rocha, aterro, britagem), os volumes de materiais primários precisam ser bem gerenciados. O orçamentista — e futuramente a equipe executora da obra — precisa saber como esses diversos volumes se relacionam, de modo a calcular distâncias de transporte e a necessidade de jazidas e locais de bota-fora.
A maneira correta de trabalhar com esses volumes é utilizar o mapa origem-destino dos materiais, que nada mais é do que um fluxograma que mostra de onde é extraído cada material (solo, rocha, material britado) e para onde ele vai (aterro, concreto, bota-fora). Há quem faça essa correlação direto na forma tabular (uma tabela de origem e destino), mas explicaremos o método de uma forma gráfica, bem mais ilustrativa.
Nesses fluxogramas normalmente colocam-se as origens do lado esquerdo e osdestinos do lado direito. Alguns possíveis locais de origem e destino são:
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Quando o planejamento da obra indica que algum material deve passar por uma etapa de processamento — central de britagem, central de concreto — ou precisa ir temporariamente para um estoque, essas etapas precisam estar mostradas no fluxograma.
Vejamos o exemplo de uma barragem composta de um maciço de aterrocompactado (2.000.000 m³ de aterro), com um filtro granular (5.000 m³) e uma zona de enrocamento (800.000 m³) em cada face, além de ter um vertedourode concreto (15.000 m³). O material para o aterro virá de uma jazida de solo e o a brita para o filtro e o concreto, de uma pedreira.
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Para se fazer o fluxograma origem-destino, há 3 perguntas a se responder:
a) Que volume será extraído da jazida (medido no corte)?
b) Qual o volume de rocha a ser explorado na pedreira?
c) Que parcela do volume de rocha passará pela central de britagem?
Para o cálculo do volume que será extraído da jazida, precisamos trabalhar com as densidades por causa do fenômeno do empolamento (aumento de volume do material solto em relação à condição natural)e da contração (redução de volume do material ao ser compactado). Por isso precisamos das densidades dos materiaisno corte (no estado natural, no terreno antes de ser escavado), solto (no caminhão, após ser escavado) e no aterro (compactado):
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Com esses dados podemos chegar à solução do problema:
a) Que volume será extraído da jazida (medido no corte)?
Como a densidade do material compactado no aterro é maior do que a densidade do material in situ, teremos que escavar mais de 2.000.000 m³ para obter esse volume de aterro. A conta é:
Volume no corte = volume no aterro x (δa/δc) = 2.000.000 x (1,7/1,6) = 2.125.000 mc³
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Por que nos referimos sempre ao volume de corte? Simplesmente porque é no corte que a construtora e o fiscal da obra podem aferir com precisão o volume escavado: basta ter o perfil do terreno natural (seção primitiva) e depois levantar a seção topográfica final, obtendo por diferença o volume de escavação.
b) Qual o volume de rocha a ser explorado na pedreira?
A rocha de pedreira servirá para fornecer enrocamento, brita para filtro e brita para o concreto do vertedouro. Calculemos essas duas parcelas separadamente:
· Enrocamento – como a rocha matriz é mais coesa do que o enrocamento, 1 m³ de rocha renderá mais de 1 m³ de enrocamento
o Volume no corte = volume compactado x (δea/δrc) = 800.000 x (1,6/2,6) =492.308 mc³
· Brita para filtro
o Volume no corte = volume compactado x (δba/δrc) = 5.000 x (1,8/2,6) = 3.462 mc³
· Brita para concreto
o Volume no corte = volume de concreto x consumo de brita no concreto /δrc = 15.000 x 1,2/2,6 = 6.865 mc³
· Total = 492.308 + 3.462 + 6.865 = 502.635 mc³
c) Que parcela do volume de rocha passará pela central de britagem?
A quantidade de rocha que precisará ir para a central de britagem é aquela necessária para produzir brita: 3.462 + 6.865 = 10.327 mc³
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De posse de todos os dados acima, podemos fazer o diagrama origem-destino da obra:
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Na forma tabular, ficaria assim:
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Espero que tenham entendido. Quando se mexe com terra, não existe m³ sem índice (subscrito). Isso causa a maior confusão. Acostume-se a sempre referenciar o m³ ao corte, ao estado solto ou ao aterro. Já vi muita gente boa se atrapalhar com isso...
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A importância do arranjo do
Canteiro de Obra
Aldo Dórea Mattos
O planejamento do canteiro de obras é uma atividade importante que precede o início dos serviços de construção propriamente dita. O processo de planejamento do canteiro visa a se obter a melhor utilização do espaço físico disponível para possibilitar que pessoas e equipamentos trabalhem com segurança e eficiência.
O arranjo do canteiro — usa-se também a palavra inglesa layout e o pavoroso termo aportuguesado leiaute — deve promover operações eficientes e seguras e manter elevado nível de movimentação de pessoal e máquinas, minimizar distâncias de viagem e tempos de movimentação, bem como evitar obstruções aos deslocamentos.
O arranjo do canteiro não pode ser definido na hora em que a obra está sendo mobilizada e sem qualquer planejamento anterior. Sua relevância para o suporte de todas as atividades produtivas indica que ele tem influência direta na dinâmica da obra e na funcionalidade das operações de campo.
A ausência de planejamento do canteiro leva a problemas de entrada e saída de mercadorias (carga e descarga), aumento de distâncias de movimentação, interferência entre fluxos de serviço e interrupções desnecessárias de serviço. Se ampliarmos a abrangência do estudo do canteiro para o dimensionamento dos equipamentos de apoio, como gruas e cremalheiras, veremos que uma análise deficiente fatalmente levará a gargalos de produção e ociosidade ou insuficiência dos equipamentos.
O planejamento da implantação do canteiro é tarefa importante, devendo ser coordenada pelo gerente técnico da obra, com participação do mestre de obras e dos principais subempreiteiros.
Quanto à tipologia, os canteiros podem ser divididos em 3 grandes grupos:
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Um canteiro de obras pode conter as instalações mostradas abaixo:
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A depender do tipo e do porte da obra, a lista pode incluir muitos outros itens, como estacionamento de ônibus, estação de tratamento de água/efluentes, paiol, laboratório, posto de abastecimento, balança, viveiro e jazidas.
O arranjo do canteiro depende de alguns fatores, cuja análise permite ao engenheiro posicionar de maneira mais racional as diversas estruturas componentes do canteiro e dimensionar corretamente a área de cada uma delas. Para o desenho do canteiro, os principais fatores a se considerar são: programa de necessidades,definições técnicas, condicionantes do terreno, cronograma ehistograma.
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Programa de necessidades
O programa de necessidades representa os requisitos necessários ao canteiro da obra em estudo. Nessa etapa identificam-se todos os elementos constitutivos do canteiro e estima-se a área aproximada de cada um.
Definições técnicas
O layout do canteiro só será perfeito se o projetista levar em consideração a metodologia executiva dos serviços, que representa estudar a área de produção, o armazenamento e a circulação. Assim, se a obra terá estacas pré-moldadas, por exemplo, é necessário prever onde e como armazená-las e por onde dar acesso ao bate-estacas.
Igualmente importante é saber se o concreto será fabricado na obra — o que significa destinar uma área para betoneira ou central de concreto — ou comprado usinado; quanto à alvenaria, o tipo (convencional x estrutural) terá implicações no arranjo do canteiro, porque blocos de concreto poderão ser moldados no próprio canteiro.
Por fim, equipamentos de movimentação de carga como gruas, guindastes, cremalheiras e elevadores de carga precisam ter sua posição predefinida.
Condicionantes do terreno
O arranjo do canteiro é impactado por elementos externos ao local da obra, como a localização de arvores na calçada, a passagem de rede de alta tensão em frente ao terreno, a quantidade de ruas margeando o local da obra, o sentido do trânsito, preexistência de rede de esgoto, etc.
Quanto ao terreno em si, os fatores importantes que impactam no arranjo do canteiro são árvores preexistentes, desníveis, edificações a serem demolidas e o formato do terreno. Atenção para garantir o raio de curva para caminhões e espaço para manobras dentro e fora da obra.
Cronograma
A elaboração do arranjo geral do canteiro requer consulta ao cronograma físico da obra, uma vez que é normal a existência de interferência entre operações de campo e as edificações do canteiro. Por exemplo, pode ocorrer uma situação de retardamento da execução de trechos de paredes, rampas e lajes para viabilizar a implantação do canteiro.
O cronograma nos permite também detectar se algumas operações são simultâneas ou sequenciais. No primeiro caso, haverá simultaneidade no estoque de materiais; no segundo, não.
Histograma
Sobretudo para fins de dimensionamento das instalações, deve ser estimado o número de operários no canteiro em 3 etapas da obra:
- Início da obra – o arranjo nessa fase pode não contar com todos os elementos. O importante aqui é definir a estrutura mínima requerida para os serviços iniciais;
- Pico da obra – nessa fase atinge-se a maior quantidade de operários;
- Final da obra – estágio de desmobilização do canteiro.
O histograma de mão de obra é um subproduto do planejamento da obra. Como muitas vezes o projeto do canteiro é feito antes de o planejamento detalhado estar concluído, é preciso trabalhar com um planejamento mais simples, um cronograma de barras dos grandes grupos de serviço.
A NR-18
A Norma Regulamentadora NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção.
O projetista do canteiro não pode de forma alguma desconhecer o que a NR-18 disciplina em termos de área vivência, carpintaria, armações de aço, estruturas de concreto e movimentação e transporte de materiais e pessoas, entre muitas outras coisas.
Terrenos amplos x terrenos estreitos
Em terrenos amplos, onde espaço não é problema, a implantação do canteiro de obras é mais fácil do que em terrenos estreitos e confinados. Os diversos elementos do canteiro podem ser projetados lado a lado, com vias de circulação entre eles. Os escritórios (barracões ou contêineres) e depósitos, geralmente são pequenas construções térreas dissociadas da edificação principal a ser erigida.
Já nos terrenos estreitos, confinados, de formato comprido e com pouca largura, ou em L, ou ainda de difícil acesso pela rua limítrofe do terreno, costuma-se destinar os pavimentos inferiores da edificação como estruturas administrativas e de depósito. É por essa razão que o importante é “soltar” logo o prédio (fundações e superestrutura), de modo a se utilizar o subsolo e o térreo como locais de armazenamento e ocupação de pessoal. Pode-se, então, construir barracões provisórios somente para cobrir o intervalo de tempo entre a mobilização da obra e a liberação dos primeiros pavimentos para ocupação.
OBS: É imprescindível que, se o estudo da obra indicar a utilização de lajes como depósito de material, o calculista da obra deverá levar isso em consideração no dimensionamento da estrutura de concreto armado.
Outros terrenos de forma mais ingrata às vezes demandam a utilização de canteiros externos, alugados de terceiros. Muitos estádios da Copa se valeram de áreas externas para a instalação de centrais de produção (usina de concreto, central de pré-moldados, etc.).
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Téchne - Revista - Blog
Residencial
Notícias
Contier Arquitetura disponibiliza arquivos em BIM de projetos do Minha Casa, Minha Vida
Material elaborado a pedido do Ministério do Desenvolvimento pode ser baixado gratuitamente
Kelly Amorim, do Portal PINIweb
2/Março/2015
O escritório Contier Arquitetura disponibilizou recentemente os projetos elaborados em Building Information Modeling (BIM) para o Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), do Governo Federal. O material foi produzido a pedido do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
A iniciativa tem por objetivo fornecer uma base de dados com elementos construtivos em BIM para servir de guia aos profissionais da construção civil. De acordo com o Contier, o projeto integra o programa de requalificação do setor produtivo “Construir Qualidade”, que também contempla a criação, sob responsabilidade do Ministério e do Exército, de um portal brasileiro sobre o BIM.
Os arquivos disponíveis para download gratuito estão salvos nas extensões RVT ou RFA, nativas do software AutoCAD Revit, e atendem às normas de coordenação modular de acordo com a NBR 15873/2010 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Segundo o escritório, o uso da plataforma de modelagem de informações da construção provoca melhorias na produtividade e reduz o retrabalho, além de aumentar a assertividade dos projetos.
O Contier Arquitetura utiliza o BIM desde 2002 e, segundo a Autodesk, o escritório foi um dos primeiros a adquirir licenças do software Revit no Brasil. O contrato com o MDIC para desenvolvimento dos arquivos foi firmado em 2011.
Para acessar o material, clique aqui.
téchne Portal PINIweb
2/Março/2015

O escritório Contier Arquitetura disponibilizou recentemente os projetos elaborados em Building Information Modeling (BIM) para o Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), do Governo Federal. O material foi produzido a pedido do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
A iniciativa tem por objetivo fornecer uma base de dados com elementos construtivos em BIM para servir de guia aos profissionais da construção civil. De acordo com o Contier, o projeto integra o programa de requalificação do setor produtivo “Construir Qualidade”, que também contempla a criação, sob responsabilidade do Ministério e do Exército, de um portal brasileiro sobre o BIM.
Os arquivos disponíveis para download gratuito estão salvos nas extensões RVT ou RFA, nativas do software AutoCAD Revit, e atendem às normas de coordenação modular de acordo com a NBR 15873/2010 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Segundo o escritório, o uso da plataforma de modelagem de informações da construção provoca melhorias na produtividade e reduz o retrabalho, além de aumentar a assertividade dos projetos.
O Contier Arquitetura utiliza o BIM desde 2002 e, segundo a Autodesk, o escritório foi um dos primeiros a adquirir licenças do software Revit no Brasil. O contrato com o MDIC para desenvolvimento dos arquivos foi firmado em 2011.
Para acessar o material, clique aqui.
téchne Portal PINIweb
Corredor de BRT Norte Sul do Grande Recife se arrasta para entrega em maio

Corredor BRT na Avenida Cruz Cabugá com velocidade de 4km/h Foto- Aline Soares Especial DP/D.A.Press
A Secretaria das Cidades confirma a entrega do corredor Norte/Sul para maio deste ano. Mas nem tudo o que foi idealizado para o corredor de BRT deverá se confirmar em maio. Além de obras que vão continuar pendentes, entre elas 10 estações, urbanização da PE-15 e ampliação de três terminais: Igarassu, Pelópidas e PE-15, previstos no projeto original, o sistema denominado de Via Livre, opera de forma limitada em razão das invasões na faixa exclusiva e congestionamento no tráfego misto. A maior velocidade desenvolvida no corredor é de 34km/h, mas cai para 4km/h na Avenida Cruz Cabugá.
O congestionamento coloca em risco a principal característica do sistema: a regularidade.A faixa exclusiva para o BRT na Cabugá, também prevista, ainda não é uma certeza.O sistema opera atualmente com 13 estações, das 26 previstas no atual projeto. Antes a previsão era de 33 estações. O Norte/Sul transporta, atualmente, uma média de 25 mil pessoas por dia, o que corresponde a 14% dos 180 mil passageiros estimados pelo Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano para o trecho do corredor.
Ele também não contará, por enquanto, com a integração no Terminal de Igarassu. E assim como ocorreu em Camaragibe, no corredor Leste/Oeste, a cidade só deverá assistir o BRT passar por ela. O terminal de Igarassu não comporta um ônibus do porte do sistema e haverá apenas uma estação a cinco quilômetros do terminal e nada mais.
Não é muito diferente de Abreu e Lima, apesar do terminal da cidade está previsto para ser entregue em maio, ele está localizado no cruzamento da BR-101, distante do centro e a única estação do município fica bem em frente ao terminal. Outro problema em Abreu e Lima é que a faixa que deveria ser exclusiva para o transporte público é constantemente invadida pelo tráfego comum.
“Não há nenhum tipo de fiscalização. A faixa do ônibus fica engarrafada com o trânsito local. O melhor trecho é o de Paulista, onde há ações para inibir as invasões. Em Olinda, o descaso também é total”, afirmou o diretor da Conorte, que opera o Norte/Sul, Almir Buonora.
Em Olinda, o trecho da PE-15 também terá trechos compartilhados com o tráfego misto. Apenas o acesso às estações terá espaço exclusivo. Na Estação Matias Albuquerque estão sendo usados gelos-baianos para delimitar as faixas. A circulação na área da Estação Kennedy também está complicada. A faixa para o tráfego misto ainda está improvisada. A assessoria de comunicação da Secretaria das Cidades não informou quando as obras pendentes deverão ser entregues.
Diagnóstico do Norte/Sul com o BRT
* Prazo de entrega previsto: Maio de 2015
2 linhas implantadas até agora
26 veículos estão em operação
88 veículos foram comprados para operar no corredor
25 mil passageiros são transportados por dia
180 mil é a demanda estimada pelo Grande Recife
Dependência dos ônibus convencionais no corredor
33 linhas ainda estão em operação no trecho do Norte/Sul
117 mil passageiros são transportados por dia
Estações do Norte/Sul
26 estações é a atual previsão, antes eram 33
13 em operação
8 sem operação
5 pendentes
Passo a passo das estações
1-Cruz de Rebouças (em obras)
2-Abreu e Lima (em obras)
3-José de Alencar (em operação)
4-Hospital Central(em operação)
5-São Salvador do Mundo (em operação)
6-Cidade Tabajara (em operação)
7-Jupirá (em operação)
8-Aloísio Magalhães (em operação)
9-Bultrins (ainda sem operar)
10-Quartel (em operação)
11-Sítio Histórico (em operação)
12-São Francisco de Assis (sem operar)
13-Matias de Albuquerque (sem operar)
14-Kennedy (sem operar)
15-Complexo Salgadinho (em obras)
16-Tacaruna (em operação)
17-Santa Casa da Misericórdia (em operação)
18-Treze de Maio (em operação)
19-Riachuelo (em operação)
20-Praça da República (em operação)
Fonte: Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitana e Secretaria das Cidades

Corredor BRT na Avenida Cruz Cabugá com velocidade de 4km/h Foto- Aline Soares Especial DP/D.A.Press
A Secretaria das Cidades confirma a entrega do corredor Norte/Sul para maio deste ano. Mas nem tudo o que foi idealizado para o corredor de BRT deverá se confirmar em maio. Além de obras que vão continuar pendentes, entre elas 10 estações, urbanização da PE-15 e ampliação de três terminais: Igarassu, Pelópidas e PE-15, previstos no projeto original, o sistema denominado de Via Livre, opera de forma limitada em razão das invasões na faixa exclusiva e congestionamento no tráfego misto. A maior velocidade desenvolvida no corredor é de 34km/h, mas cai para 4km/h na Avenida Cruz Cabugá.
O congestionamento coloca em risco a principal característica do sistema: a regularidade.A faixa exclusiva para o BRT na Cabugá, também prevista, ainda não é uma certeza.O sistema opera atualmente com 13 estações, das 26 previstas no atual projeto. Antes a previsão era de 33 estações. O Norte/Sul transporta, atualmente, uma média de 25 mil pessoas por dia, o que corresponde a 14% dos 180 mil passageiros estimados pelo Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano para o trecho do corredor.
Ele também não contará, por enquanto, com a integração no Terminal de Igarassu. E assim como ocorreu em Camaragibe, no corredor Leste/Oeste, a cidade só deverá assistir o BRT passar por ela. O terminal de Igarassu não comporta um ônibus do porte do sistema e haverá apenas uma estação a cinco quilômetros do terminal e nada mais.
Não é muito diferente de Abreu e Lima, apesar do terminal da cidade está previsto para ser entregue em maio, ele está localizado no cruzamento da BR-101, distante do centro e a única estação do município fica bem em frente ao terminal. Outro problema em Abreu e Lima é que a faixa que deveria ser exclusiva para o transporte público é constantemente invadida pelo tráfego comum.
“Não há nenhum tipo de fiscalização. A faixa do ônibus fica engarrafada com o trânsito local. O melhor trecho é o de Paulista, onde há ações para inibir as invasões. Em Olinda, o descaso também é total”, afirmou o diretor da Conorte, que opera o Norte/Sul, Almir Buonora.
Em Olinda, o trecho da PE-15 também terá trechos compartilhados com o tráfego misto. Apenas o acesso às estações terá espaço exclusivo. Na Estação Matias Albuquerque estão sendo usados gelos-baianos para delimitar as faixas. A circulação na área da Estação Kennedy também está complicada. A faixa para o tráfego misto ainda está improvisada. A assessoria de comunicação da Secretaria das Cidades não informou quando as obras pendentes deverão ser entregues.
Diagnóstico do Norte/Sul com o BRT
* Prazo de entrega previsto: Maio de 2015
2 linhas implantadas até agora
26 veículos estão em operação
88 veículos foram comprados para operar no corredor
25 mil passageiros são transportados por dia
180 mil é a demanda estimada pelo Grande Recife
Dependência dos ônibus convencionais no corredor
33 linhas ainda estão em operação no trecho do Norte/Sul
117 mil passageiros são transportados por dia
Estações do Norte/Sul
26 estações é a atual previsão, antes eram 33
13 em operação
8 sem operação
5 pendentes
Passo a passo das estações
1-Cruz de Rebouças (em obras)
2-Abreu e Lima (em obras)
3-José de Alencar (em operação)
4-Hospital Central(em operação)
5-São Salvador do Mundo (em operação)
6-Cidade Tabajara (em operação)
7-Jupirá (em operação)
8-Aloísio Magalhães (em operação)
9-Bultrins (ainda sem operar)
10-Quartel (em operação)
11-Sítio Histórico (em operação)
12-São Francisco de Assis (sem operar)
13-Matias de Albuquerque (sem operar)
14-Kennedy (sem operar)
15-Complexo Salgadinho (em obras)
16-Tacaruna (em operação)
17-Santa Casa da Misericórdia (em operação)
18-Treze de Maio (em operação)
19-Riachuelo (em operação)
20-Praça da República (em operação)
Fonte: Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitana e Secretaria das Cidades
A legislação brasileira permite que o valor contratado de uma obra seja majorado em até 25%. Tal prerrogativa é para permitir que se faça os ajustes necessários para conclusão da obra e não para haver beneficiários. A conclusão de uma obra esta diretamente ligada a projetos bem elaborados e definidos
capacitados para desenvolver os projetos com os detalhes e estudos necessários para a elaboração de um orçamento mais assertivo e a definição de um cronograma de obras viável e exequível.0 Se essa fosse a realidade e todos executassem seus devidos papéis, não haveria problemas como obras paradas ou acusações de superfaturamento. A fiscalização de todas as partes envolvidas tem um papel indispensável para a manutenção de um cenário pautado pela correção e previsibilidade na execução das obras. o A começar pela questão do superfaturamento. Ora, se as obras são licitadas com preços calcados nas tabelas estipuladas pelos próprios contratantes, como é possível que se feche um contrato superfaturado? A sugestão do setor ao Governo do estado, por exemplo, é que seja feita uma tabela de preços única para ser seguida pelas suas secretarias e autarquias. O cidadão comum poderia ainda apontar os famosos "aditivos" como uma forma de uperfaturamento. Mas os mesmos são um instrumento legal com o objetivo de remunerar determinado serviço que não havia sido previsto pelo projeto de execução da obra ou por quantidades maiores ou menores dos serviços previstos no contrato, documento no qual os orçamentos da construtora havim sido baseado por ocasião da licitação da obra. E como há tabelas de preços a serem seguidas contratualmente, para cada ipo de serviço, há um valor já estipulado. Apenas em casos não expressados nas tabelas adotadas é que a construtora deve então preparar uma composição de custos para justificar o valor pleiteado. Prevendo essas situações, a legislação brasileira permite que o valor contratado de uma obra seja majorado em até 25%. Tal prerrogativa é para permitir que se faça os ajustes necessários para conclusão da obra e não para haver beneficiários. A conclusão de uma obra está diretamente ligada a projetos bem elaborados e definidos. A saída para todo esse imbróglio está posta de forma clara e objetiva. Basta que os órgãos contratantes deem esse passo. E que os construtores percebam a armadilha em que cairão com a participação em licitações de projetos mal elaborados, licitações essas conduzidas muitas vezes por órgãos que já não tem uma boa tradição em honrar os compromissos assumidos. A legislação brasileira permite que o valor contratado de uma obra seja majorado em até 25%. Tal prerrogativa é para permitir que se faça os ajustes necessários para conclusão da obra e não para haver beneficiários. A conclusão de uma obra esta diretamente ligada a projetos bem elaborados e definidos.
Revista o Construtor | Ed. Nº01 - 2015
Perspectivas
ANO DE ARROXO ECONÔMICO E INCERTEZAS
"Perspectivas 2015 para o Mundo, Brasil, Pernambuco e Recife" foi o tema da palestra apresentada pelo diretor da TGI Consultoria e m G e stã o, F ra n c i s co Cunha, na primeira reunião do ano do Sinduscon-PE, ocorrida no dia 02 de fe v e re i ro . E m b o ra o s números revelados não tenham sido dos mais positivos, sobretudo do ponto de vista nacional, Francisco Cunha elencou os argumentos que o fizeram seguir acreditando em um desfecho positivo nos cenários bordados. 0 No ambiente internacional, primeiro a ser discutido, o consultor comentou sobre o novo perfil energético que está se formando nos Estados Unidos através da exploração do gás de xisto. "A atividade permitiu que o país saísse da crise em uma posição mundial ainda melhor", considerou ele, diante da revisão percentual de crescimento da economia americana para 3,9% no terceiro trimestre de 2014, além de outros indicadores. O índice de desemprego nos Estados Unidos, por exemplo, alcançou o menor nível desde 2008. 0 Por outro lado, a China, país que contabilizavam crescimento exponencial, começou a perder o ritmo, segundo Cunha - e os números. "O PIB chinês a t é e n t ã o c r e s c i a anualmente cerca de 10%, já há três décadas. Os resultados de 2014 deve fechar em torno de 7%", considerou. Segundo Cunha, o alerta sobre a China já vinha sendo dado por especialistas como James Robinson, inglês autor do livro "Porque as nações fracassam". Mesmo assim, o percentual ainda dá para fazer inveja à muitos países, incluindo o B r a s i l . 0 A globalização tecnológica também foi alvo de comentários de Francisco Cunha, que comentou inclusive a criatividade" do jovem chinês para burlar as barreiras impostas pelo seu governo federal e se conectar com o resto do mundo através das redes sociais. Cenário verde e amarelo - Sobre o panorama brasileiro, Cunha trouxe de volta para a conversa um antigo termo lembrado diante da insatisfação dominante- a estagflação. A palavra é fruto da união entre a estagnação econômica e do retorno da inflação. O consultor comentou sobre o grupo de novos ministros formado por Joaquim Levy, Nélson
Revista o Construtor | Ed. Nº01 - 2015
Mercado
setor terá que se adaptar
a novo cenário
2014 não foi um ano fácil. Em Pernambuco, omercado imobiliário passou por um freio dearrumação, no qual se sobressaíram, comoesperado, os empreendimentos com melhorplanejamento e frutos de uma visão maisaprimorada do que o mercado permitia naqueleperíodo. O número total de vendas e lançamentosfoi inferior ao ano anterior, 2013, revelando que os
construtores seguiram a orientação de cautela.Os consumidores, no entanto, seguiram pela mesma linha, e não apenas no mercado local.De acordo com o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC), realizado pela Confederação Nacional das Indústrias, o consumidor percebeu o sinal de alerta. O índice de janeiro de 2015 caiu4,6% com relação à dezembro de 2014 e é 8,5% inferior ao registrado há 12 meses.O indicador está em 6,1%, número muito abaixo damédia histórica.Juros mais altos - No que depender das primeiras notícias do ano com relação à financiamento imobiliário e inflação, o setor precisará se desdobrarem contas e inovações para reconquistar a clientela.Em 19 de janeiro, a Caixa Econômica Federal chegou a anunciar aumento da sua taxa básica de juros com repercussão nas linhas de crédito para imóveis lastreadas pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo - SBPE. Os novos percentuais de juros passaram a ser aplicados apenas nos novos negócios fechados e não alteraram nada com relação às linhas com recursos do FGTS ou do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. O que não quer dizer que o programa não enfrente problemas. «Diversas construtoras ainda aguardam os repasses relativos ao calendário de 2014 e não puderam fechar suas contas como deveriam», conta a vice-presidente da CBIC, Betinha Nascimento. De acordo com ela, a Câmara segue batalhando junto à Caixa e o governo federal para solucionar a questão, encontrando muitas vezes a boa vontade dos gestores do banco, de um lado, e a
burocracia do governo, de outro. O Para o presidente em exercício do Sinduscon-PE, José Antonio de Lucas Simón, 2015 começou se revelando
um ano complicado, mesmo sem Copa do Mundo ou eleições presidenciais em seu calendário. «Estamos trabalhando para manter uma estabilidade de
vendas, mas uma retração é possível», opina ele. Durante o período em que assumiu a presidência da entidade, o Simón procurou posicionar a entidade
constantemente através da mídia, a fim de deixar claro para o consumidor que não há risco de uma bolha imobiliária e nem uma queda abrupta dos preços. «Teremos sim menos lançamentos e menos ofertas. Será um ano sem grandes picos sejam de lançamentos ou vendas», informa. Obras Públicas - Para o segmento de obras públicas a realidade não tem sido diferente. Não foram poucas as construtoras que atuam nesse ramo cujas faturas não foram pagas de acordo com os cronogramas por parte dos órgãos contratantes, gerando dificuldade não só na condução das obras como no pagamento dos seus fornecedores. 0 cara, já foram «agraciadas» com uma elevação média do preço do asfalto da ordem de 37% em média, imputada pela Petrobrás às construtoras. Segundo o assessor jurídico do Sinduscon-PE voltado para o setor público, Ediel Frazão, as entidades representativas da construção já estão negociando junto aos órgãos contratantes de obras que mais utilizam esse insumo, o DNIT e os DERs, ainda sem resultado. A alegação é referente ao desequilíbrio dos contratos diante do aumento. O Pelo menos uma boa notícia surgiu no início de 2015: a Prefeitura do Recife lançou a nova Tabela da EMLURB, regularizando preços de serviços e contemplando a Tabela Salarial celebrada pela Convenção Coletiva 2013/2014. Quanto à esse item, a defasagem agora é de apenas com relação aos salários convencionados em outubro de 2014 e que seguem até o mesmo mês de 2015. Diante da experiência vivenciada pelo setor, querer que a Tabela da EMLURB já chegasse totalmente atualizada seria demais...
Revista o Construtor | Ed. Nº01 - 2015
O Construtor
Nepal é atingido por novo terremoto de 6,7 graus; número de mortos passa de 2.500
Mais de 4 mil ficaram feridos. Réplicas de primeiro tremor também atingiram a Índia
26/04/2015 09:20 - AFP e Estadão Conteúdo
Diptendu Dutta/AFP
Centenas de prédios - alguns históricos - da capital do país, Katmandu, ruíram por conta dos abalos sísmicos
Atualizado às 15h22
As equipes de resgate tentavam, neste domingo (26), encontrar sobreviventes do terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o Nepal e alguns países vizinhos e que deixou mais de 2.500 mortos, enquanto vários países anunciaram o envio de ajuda econômica e de socorristas. Pela manhã, novos tremores secundários atingiram o país, entre eles um de magnitude 6,7. Em Katmandu, a capital, as pessoas passaram a noite ao relento ou em barracas.
O Centro Nacional de Operações de Emergência informou que há cerca de 6.000 feridos. Na Índia, as autoridades estimam em 67 o total de mortos. A televisão estatal chinesa afirmou, por sua vez, que 18 pessoas morreram na região do Tibete.
O terremoto de sábado foi o pior a atingir o Nepal em 80 anos e o número de mortos pode ser ainda maior, indicou um funcionário da ONG Médicos do Mundo, que disse que as organizações humanitárias têm dificuldades para avaliar a magnitude da catástrofe. Os Estados Unidos anunciaram o envio de equipes de socorro e o desbloqueio de uma primeira parcela de um milhão de dólares. Especialistas da União Europeia viajarão à zona afetada e Berlim, Londres, Paris e Madri prometeram ajudas, enquanto a Noruega anunciou o desbloqueio de 3,5 milhões de euros.
A Índia evacuou seus cidadãos através de aviões militares, enquanto 62 equipes de resgate chinesas chegaram à região com cães treinados. "Mobilizamos todos os nossos recursos para a busca e o resgate", disse o porta-voz da polícia nacional do Nepal, Kamal Singh Bam. "Enviamos helicópteros às áreas remotas. Estamos buscando entre os escombros dos edifícios que desabaram para ver se conseguimos encontrar alguém".
AFP
No Everest, avalanches mataram montanhistas
No Everest, onde o terremoto provocou uma avalanche que deixou ao menos 18 mortos, seis helicópteros evacuaram os feridos que estavam no acampamento base, situado a 5.000 metros de altura. Após a avalanche, que ocorreu quase um ano depois do desastre no qual 16 sherpas morreram, a temporada de escalada foi cancelada. O porta-voz do Departamento de Turismo, Tulsi Gautam, informou que 61 pessoas ficaram feridas.
Hospitais cheios
Em Katmandu, centenas de edifícios desabaram. A histórica torre Dharahara, uma das maiores atrações turísticas da cidade, não resistiu aos abalos e seus nove andares vieram abaixo, deixando uma montanha de escombros. Durante a noite, os contínuos tremores secundários seguiram atingindo a capital do país. "Não pudemos dormir por toda a noite. Como poderíamos ter dormido? O chão não parava de tremer", disse Nina Shrestha, um jovem que trabalha no setor das finanças.
Os hospitais estavam cheios de feridos, a maioria com fraturas múltiplas e traumatismos. Muitos médicos atendiam as pessoas em tendas de campanha anexas devido à grande quantidade de feridos, mas também porque muitas pessoas tinham medo de entrar no edifício.
O terremoto bloqueou as estradas da capital e provocou danos no aeroporto internacional, que precisou ser fechado por motivos de segurança. As comunicações, a eletricidade e a água corrente foram cortadas, indicou a ONG Oxfam, que "se prepara para levar água potável e artigos de primeira necessidade", segundo a diretora de seu escritório no Nepal, Cecilia Keizer.
Segundo a previsão meteorológica, neste domingo haverá chuva em Katmandu, o que complicará a situação dos afetados.
"Achei que estava morto"
O executivo do Google Dan Fredinburg foi um dos montanhistas cuja morte foi confirmada na avalanche do Everest. George Foulsham, biólogo marinho residente em Cingapura, lembrou o momento em que foi derrubado pelo que descreveu como "um edifício branco de 50 andares". "Corri, mas a neve me derrubou. Tentei me levantar, mas me derrubou outra vez. Não podia respirar, pensei que estava morto", explicou. "Quando no fim consegui me levantar, não podia acreditar que havia saído ileso do que me ocorreu", acrescentou.
Fonte: Folha PE.
Quase 1 milhão de crianças precisam de ajuda humanitária no Nepal, estima UnicefMilhares de crianças estão dormindo na rua, assim como seus pais, e os riscos de propagação de doenças são elevados
Publicação: 27/04/2015 08:30 Atualização: 27/04/2015 09:03
Quase um milhão de crianças precisam de ajuda humanitária urgente no Nepal, depois do terramoto de magnitude 7,8 na escala de Richter, que ocorreu no sábado (25) e fez mais de 3,2 mil mortos, informou hoje o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Milhares de crianças dormem na rua depois do sismo, assim como seus pais, e os riscos de propagação de doenças é elevado, segundo a entidade internacional. De acordo com autoridades, 2.152 pessoas morreram no Nepal; 57, na Índia; 17, na China; e uma em Bangladesh. Além disso, há milhares de feridos. O desastre natural já é considerado o pior no Nepal nos últimos 80 anos.
Saiba mais...
Terremoto no Nepal deixou mais de 3.200 mortosBrasileira é localizada com vida após terremoto no NepalDilma e o Papa declaram solidariedado ao NepalNovos tremores atingem o Nepal na manhã deste domingoFMI avaliará necessidades financeiras do NepalTerremoto no Nepal atinge expedição de montanhista brasileiro no EverestVídeos de internautas registram momento em que terremoto atinge NepalLíderes mundiais oferecem ajuda ao NepalMontanhistas ficam bloqueados no Everest por terremoto no NepalTerremoto de magnitude 7,9 atinge o Nepal e deixa ao menos 94 pessoas mortasAlpinista cearense é resgatado no Monte EverestSobe para 3,7 mil o número de mortos no NepalONU se prepara para grande operação alimentar no Nepal
“Pelo menos 940 mil crianças que vivem nas zonas mais atingidas pelo sismo no Nepal precisam de ajuda humanitária urgente”, segundo o comunicado da organização. “As restrições de acesso à água potável e a instalações sanitárias expõem as crianças a doenças que se propagam por via aérea e muitas delas estão separadas das suas famílias”, acrescentou a nota.
O Unicef explicou que mobilizou equipes e vai enviar à capital do Nepal, Katmandu, dois aviões carregados com 120 toneladas de ajuda humanitária, como medicamentos, tendas e cobertores. O sismo de sábado destruiu edifícios históricos, e as infraestruturas básicas foram muito atingidas.
Ontem (26), a região foi novamente atingida por um terremoto, de magnitude 6,7 na escala de Richter, o que agravou a situação no país. O tremor subsequente atingiu uma zona situada no noroeste de Katmandu, não muito longe da fronteira com a China. O abalo foi sentido até na região do Monte Everest, no Himalaia, onde provocou novas avalanches, segundo montanhistas que estão no local.
Diante da situação de emergência, a Cruz Vermelha Internacional lançou um site para ajudar na busca por desaparecidos. A página na internet permite que pessoas no Nepal e no exterior registrem os nomes dos parentes com quem desejam restabelecer contato. É possível também buscar registro de pessoas desaparecidas ou que responderam que estão vivas.
*Com informações da Agência Lusa
26/04/2015 09:20 - AFP e Estadão Conteúdo
Diptendu Dutta/AFP
Centenas de prédios - alguns históricos - da capital do país, Katmandu, ruíram por conta dos abalos sísmicos
Atualizado às 15h22
As equipes de resgate tentavam, neste domingo (26), encontrar sobreviventes do terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o Nepal e alguns países vizinhos e que deixou mais de 2.500 mortos, enquanto vários países anunciaram o envio de ajuda econômica e de socorristas. Pela manhã, novos tremores secundários atingiram o país, entre eles um de magnitude 6,7. Em Katmandu, a capital, as pessoas passaram a noite ao relento ou em barracas.
O Centro Nacional de Operações de Emergência informou que há cerca de 6.000 feridos. Na Índia, as autoridades estimam em 67 o total de mortos. A televisão estatal chinesa afirmou, por sua vez, que 18 pessoas morreram na região do Tibete.
O terremoto de sábado foi o pior a atingir o Nepal em 80 anos e o número de mortos pode ser ainda maior, indicou um funcionário da ONG Médicos do Mundo, que disse que as organizações humanitárias têm dificuldades para avaliar a magnitude da catástrofe. Os Estados Unidos anunciaram o envio de equipes de socorro e o desbloqueio de uma primeira parcela de um milhão de dólares. Especialistas da União Europeia viajarão à zona afetada e Berlim, Londres, Paris e Madri prometeram ajudas, enquanto a Noruega anunciou o desbloqueio de 3,5 milhões de euros.
A Índia evacuou seus cidadãos através de aviões militares, enquanto 62 equipes de resgate chinesas chegaram à região com cães treinados. "Mobilizamos todos os nossos recursos para a busca e o resgate", disse o porta-voz da polícia nacional do Nepal, Kamal Singh Bam. "Enviamos helicópteros às áreas remotas. Estamos buscando entre os escombros dos edifícios que desabaram para ver se conseguimos encontrar alguém".
AFP

No Everest, onde o terremoto provocou uma avalanche que deixou ao menos 18 mortos, seis helicópteros evacuaram os feridos que estavam no acampamento base, situado a 5.000 metros de altura. Após a avalanche, que ocorreu quase um ano depois do desastre no qual 16 sherpas morreram, a temporada de escalada foi cancelada. O porta-voz do Departamento de Turismo, Tulsi Gautam, informou que 61 pessoas ficaram feridas.
Hospitais cheios
Em Katmandu, centenas de edifícios desabaram. A histórica torre Dharahara, uma das maiores atrações turísticas da cidade, não resistiu aos abalos e seus nove andares vieram abaixo, deixando uma montanha de escombros. Durante a noite, os contínuos tremores secundários seguiram atingindo a capital do país. "Não pudemos dormir por toda a noite. Como poderíamos ter dormido? O chão não parava de tremer", disse Nina Shrestha, um jovem que trabalha no setor das finanças.
Os hospitais estavam cheios de feridos, a maioria com fraturas múltiplas e traumatismos. Muitos médicos atendiam as pessoas em tendas de campanha anexas devido à grande quantidade de feridos, mas também porque muitas pessoas tinham medo de entrar no edifício.
O terremoto bloqueou as estradas da capital e provocou danos no aeroporto internacional, que precisou ser fechado por motivos de segurança. As comunicações, a eletricidade e a água corrente foram cortadas, indicou a ONG Oxfam, que "se prepara para levar água potável e artigos de primeira necessidade", segundo a diretora de seu escritório no Nepal, Cecilia Keizer.
Segundo a previsão meteorológica, neste domingo haverá chuva em Katmandu, o que complicará a situação dos afetados.
"Achei que estava morto"
O executivo do Google Dan Fredinburg foi um dos montanhistas cuja morte foi confirmada na avalanche do Everest. George Foulsham, biólogo marinho residente em Cingapura, lembrou o momento em que foi derrubado pelo que descreveu como "um edifício branco de 50 andares". "Corri, mas a neve me derrubou. Tentei me levantar, mas me derrubou outra vez. Não podia respirar, pensei que estava morto", explicou. "Quando no fim consegui me levantar, não podia acreditar que havia saído ileso do que me ocorreu", acrescentou.
Fonte: Folha PE.
Quase 1 milhão de crianças precisam de ajuda humanitária no Nepal, estima UnicefMilhares de crianças estão dormindo na rua, assim como seus pais, e os riscos de propagação de doenças são elevados
Publicação: 27/04/2015 08:30 Atualização: 27/04/2015 09:03
Quase um milhão de crianças precisam de ajuda humanitária urgente no Nepal, depois do terramoto de magnitude 7,8 na escala de Richter, que ocorreu no sábado (25) e fez mais de 3,2 mil mortos, informou hoje o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Milhares de crianças dormem na rua depois do sismo, assim como seus pais, e os riscos de propagação de doenças é elevado, segundo a entidade internacional. De acordo com autoridades, 2.152 pessoas morreram no Nepal; 57, na Índia; 17, na China; e uma em Bangladesh. Além disso, há milhares de feridos. O desastre natural já é considerado o pior no Nepal nos últimos 80 anos.
Saiba mais...
Terremoto no Nepal deixou mais de 3.200 mortosBrasileira é localizada com vida após terremoto no NepalDilma e o Papa declaram solidariedado ao NepalNovos tremores atingem o Nepal na manhã deste domingoFMI avaliará necessidades financeiras do NepalTerremoto no Nepal atinge expedição de montanhista brasileiro no EverestVídeos de internautas registram momento em que terremoto atinge NepalLíderes mundiais oferecem ajuda ao NepalMontanhistas ficam bloqueados no Everest por terremoto no NepalTerremoto de magnitude 7,9 atinge o Nepal e deixa ao menos 94 pessoas mortasAlpinista cearense é resgatado no Monte EverestSobe para 3,7 mil o número de mortos no NepalONU se prepara para grande operação alimentar no Nepal
“Pelo menos 940 mil crianças que vivem nas zonas mais atingidas pelo sismo no Nepal precisam de ajuda humanitária urgente”, segundo o comunicado da organização. “As restrições de acesso à água potável e a instalações sanitárias expõem as crianças a doenças que se propagam por via aérea e muitas delas estão separadas das suas famílias”, acrescentou a nota.
O Unicef explicou que mobilizou equipes e vai enviar à capital do Nepal, Katmandu, dois aviões carregados com 120 toneladas de ajuda humanitária, como medicamentos, tendas e cobertores. O sismo de sábado destruiu edifícios históricos, e as infraestruturas básicas foram muito atingidas.
Ontem (26), a região foi novamente atingida por um terremoto, de magnitude 6,7 na escala de Richter, o que agravou a situação no país. O tremor subsequente atingiu uma zona situada no noroeste de Katmandu, não muito longe da fronteira com a China. O abalo foi sentido até na região do Monte Everest, no Himalaia, onde provocou novas avalanches, segundo montanhistas que estão no local.
Diante da situação de emergência, a Cruz Vermelha Internacional lançou um site para ajudar na busca por desaparecidos. A página na internet permite que pessoas no Nepal e no exterior registrem os nomes dos parentes com quem desejam restabelecer contato. É possível também buscar registro de pessoas desaparecidas ou que responderam que estão vivas.
*Com informações da Agência Lusa
Fonte: Diário de Pernambuco
Brasileira diz que está viva no Nepal via rede social
Mariana Malaguti Uchôa disse que estava em um lugar seguro
Da Folhapress
Publicado em
RIO DE JANEIRO - Através de uma postagem em uma rede social, a brasileira Mariana Malaguti Uchôa, 26, tranquilizou familiares e amigos ao afirmar que está segura. A designer de produtos está na região de Katmandu, no Nepal, país atingido por um terremoto de magnitude 7,8. A catástrofe deixou ao menos 2.400 pessoas mortas.
A mensagem foi postada às 2h, de Brasília:
"Amigos e amores! Estou bem!!! Estou em uma cidade próxima de Katmandu (capital do país), mas por aqui o terremoto não causou muitos danos físicos.... Hoje é um dia de muita tristeza no Nepal, muitas pessoas morreram na cidade grande, mas estou em uma cidade pequena, com pequenas construções, por isso não houve nada de sério!", diz um trecho da mensagem postada pela jovem na rede social.
Segundo o empresário Paulo Uchôa, pai de Mariana, esse foi o único contato que tiveram com a filha após o terremoto. "Já estávamos indo descansar, por volta das 2h, quando de repente vimos a postagem dela. Ainda não falamos com ela pelo telefone, porque até a comunicação ainda está ruim na região", disse.
O empresário falou ainda esperar que outros familiares de pessoas que estão no Nepal encontrem seus parentes. "É muito ruim essa apreensão, mas espero que todos se sintam aliviados em breve".
Mariana Malaguti Uchôa disse que estava em um lugar seguro
Da Folhapress
Publicado em
Fonte: Jornal do Comercio.
Terremoto no Nepal deixou mais de 3.200 mortos
Milhares de crianças dormem ao relento desde o terremoto e o risco de propagação de doenças é elevado
Da AFP
Publicado em

Nos países vizinhos, incluindo Índia e China, a tragédia provocou outras 90 mortes
Foto: AFP
Pelo menos 3.218 pessoas morreram no Nepal após o terremoto de sábado no país, anunciaram as autoridades nepalesas em um balanço atualizado. "O balanço alcançou 3.218 mortes e outras 6.500 pessoas ficaram feridas", disse Rameshwor Dangal, diretor do departamento de gestão de catástrofes do ministério de Interior.
O balanço anterior registrava 2.430 mortes. Nos países vizinhos, incluindo Índia e China, a tragédia provocou outras 90 mortes. O terremoto de 7,8 graus de magnitude, o mais violento dos últimos 80 anos no país, provocou vários tremores secundários e diversos deslizamentos no monte Everest, onde 18 pessoas faleceram no início da temporada de alpinismo.
O balanço pode ser ainda mais grave no Nepal, onde as agências humanitárias ainda têm dificuldades para avaliar o alcance da devastação e as necessidades da população.
Quase um milhão de crianças precisam de ajuda urgente, segundo o Unicef. Milhares de crianças dormem ao relento desde o terremoto, ao lado dos pais, e o risco de propagação de doenças é elevado, segundo o Fundo da ONU para a Infância.
"Pelo menos 940.000 crianças que vivem nas áreas mais afetadas pelo terremoto no Nepal têm uma necessidade urgente de ajuda humanitária", afirma um comunicado. "As restrições de acesso à água potável e às instalações de saúde expõem as crianças a doenças que se propagam pelo ar. Ao mesmo tempo, algumas crianças estão separadas de suas famílias", adverte o Unicef.
A organização está mobilizando equipes e enviará a Katmandu dois aviões de carga com 120 toneladas de ajuda humanitária, incluindo medicamentos, barracas e cobertores. O governo do Nepal enviou três helicópteros para tentar resgatar os alpinistas que permanecem bloqueados no Everest.
Quase 150 pessoas permanecem nos campos 1 e 2 e as autoridades acreditam que não têm ferimentos graves. Eles serão levados para o campo base e não para a base da montanha, segundo o governo.
Fonte: Jornal do comercio
Justiça derruba regra que exigia 75% de rendimento para ter direito ao FiesCaixa Econômica não poderá excluir alunos que não atingirem a média, segundo o Tribunal Regional Federal
Publicação: 23/04/2015 07:40 Atualização:
| Souza Prudente, desembargador: "Não é possível cortar a assistência do estudante sem ouvi-lo". Foto:Carlos Moura/CB/D.A Press |
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou ontem que a Caixa Econômica Federal, responsável pela operação do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), não poderá excluir do programa alunos que não atingirem 75% de rendimento acadêmico, como ocorre hoje. Portaria do Ministério da Educação, de 2011, determina que o financiamento pode ser suspenso caso o estudante não alcance esse percentual de aprovação nas disciplinas cursadas no último período letivo financiado pelo Fies. A norma também prevê o fim do benefício quando for constatada falsidade de documento ou de informação apresentada pelo estudante ou por representante legal e, no caso de mudança de curso, por mais de uma vez, ou após 18 meses do início de utilização do Fies.
De acordo com a decisão tomada por unanimidade no TRF, a Caixa deverá entrar em contato com o aluno, por meio da instituição de ensino, para apurar se há uma justificativa para o desempenho acadêmico insuficiente. Caso essa comunicação não seja feita, a Caixa terá de pagar R$ 1 mil por aluno. Caberá à instituição de ensino multa de R$ 500. O tribunal manteve o entendimento da 2ª Vara Federal de Uberlândia, em Minas Gerais, ao analisar ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal contra a Caixa, a União, a Escola Superior de Ciências Contábeis e Administração de Ituiutaba (Eccai) e Centro Universitário do Triângulo (Unitri).
De acordo com o desembargador Souza Prudente, a decisão tem como base o direito de o aluno se explicar. “Não é possível cortar a assistência do estudante sem ouvi-lo. Ele precisa ter a possibilidade de se defender, mostrando por que não alcançou esse índice de aprovação. Podem surgir razões perfeitamente justificáveis, como ter tido uma doença grave na família”, afirmou. Um exemplo foi uma ação julgada no último dia 16, em que decidiu que uma estudante do Piauí não poderia ser cortada do Fies em razão de reduzido aproveitamento acadêmico. O rendimento da aluna, que cursa bacharelado em biomedicina, caiu no segundo semestre de 2014, período em que a mãe ficou doente.
Fonte: Diário de Pernambuco
Diário de Pernambuco - Política - Ponto a Ponto | 30 de março de 2015
Geraldo Julio
O prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB) manda destravar o Novo Recife. Ele enviou projeto de lei com o redesenho do projeto imobiliário para apreciação dos vereadores. São seis anos de discussões e agora a expectativa é de que passe por mais 30 dias de discussões. A Câmara vai programar audiência pública sobre as modificações. O prefeito convocou seus homens de confiança, os líderes da situação, para uma reunião na PCR pra dizer que o projeto é prioridade para a gestão. Do outro lado, o movimento Ocupe Estelita já se preparando para reinício de embate.
Portal NE10 - JC - Economia | 29 de março de 2015
INFRAESTRUTURA
O semiárido tem grande parte do potencial eólico e solar de Pernambuco
Levantamento foi feito por duas secretarias do Estado
Publicado em 29/03/2015, às 10h52
Do JC Online
Pernambuco tem um grande potencial de geração de energia solar e eólica e isso está concentrado no semiárido do Estado em lugares que apresentam os mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDHs) – usado como indicador da pobreza de uma determinada região – e muitas dessas localidades que estão em processo de desertificação. A novidade é que todas essas informações passarão a ser apresentadas de forma integrada dentro do Programa Semiárido Energético desenvolvido pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas) em parceria com a Secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico (Sdec).
No Estado, há um potencial de 1.047 gigawatts (GW) de geração eólica e de 3.354 GW de geração solar, de acordo com um levantamento feito por técnicos da Semas e da Sdec, incluindo estudos de consultorias. Os campeões desse potencial energético são os sertões do São Francisco (442 GW de eólica e 249 GW de solar), de Itaparica (130 GW de eólica e 314 GW de solar) e do Araripe (214 GW de eólica e 363 GW de solar). O cálculo do potencial de energia eólica foi calculado com torres que variam de 100 a 120 metros de altura.
Na geração solar, além dos locais já citados aparecem potenciais nos sertões do Moxotó (418 GW) e do Pajeú (394GW). Para o leitor ter uma ideia, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco tem um potencial para gerar 10 GW.
“O potencial encontrado é muito grande e não significa que toda essa geração vá ser implantada. No entanto, a ideia é transformar a geração de energia numa grande oportunidade para o semiárido porque é uma atividade que não precisa de água. A partir dessas informações, pretendemos criar uma série de incentivos do Estado para atrair empresas a instalarem empreendimentos de geração nessas regiões”, conta o secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier. Segundo ele, um dos incentivos será um licenciamento mais rápido e simplificado para esses futuros empreendimentos e uma isenção do ICMS para aquisição dos equipamentos de geração, entre outros.
Os mapas do Programa mostrarão as áreas mais próximas das linhas de transmissão que cortam o semiárido. Essas localidades são mais atrativas porque essa proximidade implica num menor custo de implantação. Também farão parte dos mapas, as áreas de proteção ambiental que não podem ser usadas por empreendedores. O material será disponibilizado no site da Semas (http://www.semas.pe.gov.br/)
Folha de Pernambuco - Folha Econômica | 28 de março de 2015
BOM EXEMPLO
As 681 licitações realizadas pelo DNIT em 2014 resultaram numa economia de R$ 1,6 bilhões, ou 12,6% a menos em relação ao valor inicialmente previsto. Além da economia, a utilização de boas práticas e procedimentos modernos tem agilizado os certames. Em 2014, por exemplo, o prazo entre a publicação do edital até a homologação foi de cem dias.
VAMOS VER... Os benefícios e os gargalos da PPP do Saneamento de Pernambuco serão tema de audiência pública convocada pelo presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Aluisio Lessa. A discussão será nesta segunda-feira, na Alepe. ...
NO QUE VAI DAR -Já confirmaram presença um representante da Foz, braço ambiental da Organização Odebrecht e o presidente da Compesa, Roberto Tavares. A PPP promete beneficiar mais de 3,7 millhões de pessoas, em 12 anos, e custa R$ 4,5 milhões.
Folha de Pernambuco - Política | 23 de março de 2015
Paulo Câmara vai anunciar pacote ara prefeitos
Em meio à crise financeira enfrentada pelos municípios, o governador Paulo Câmara (PSB) anunciará um pacote de ações para beneficiar os prefeitos, na abertura do 2º Congresso Pernambucano de Municípios, promovido pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). A principal medida é o lançamento da nova edição do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM), que contará com aporte de R$ 263 milhões, este no.
A novidade é que os gestores municipais terão que entregar o plano de trabalho e concluir as obras para ter direito aos recursos do programa em 2015.
Outro anúncio que será feito pelo administrador estadual é a criação do escritório de projetos que dará suporte técnico aos municípios.
O projeto contará com estrutura de apoio vinculada à Secretaria de Planejamento e financiará a elaboração de projetos para as cidades.
Na terceira edição do FEM, Governo do Estado detectou que as prefeituras enfrentam dificuldades para concluir as obras das ediões anteriores. Segundo levantamento da Secretaria de Planejamento, o FEM 2013 recebeu 182 projetos. Do total, 127 prefeituras conseguiram concluir as obras, 52 concluíram mais da metade e 3 não conseguiram finalizar mais de 50% da obra.
Já a versão de 2014 contou com projetos de 183 municípios, mas apenas 32 receberam recentemente a liberação da segunda parcela do fundo. Para evitar que o andamento do programa fique comprometido com o atraso de obras, a gestão decidiu somente liberar os recursos do FEM para as prefeituras que concluiram todas as etapas da última edição do programa. Uma das dificuldades enfrentadas pelas prefeituras no FEM é a elaboração de projetos qualificados. Com o intuito de evitar o problema, Paulo Câmara assinará hoje um decreto criando o Escritório de Projetos. A ferramenta disponibilizará um corpo técnico para auxiliar os prefeitos, disponibilizará recursos para elaboração de projetos, formará servidores municipais e acompanhará a conclusão das empreitadas. A ideia é que a estrutura funcione como uma consultoria para as cidades. O secretário de Planejamento, Danilo Cabral (PSB), afirmou que as medidas visam ajudar as prefeituras a enfrentar as dificuldades previstas para este ano. “A renovação do FEM este ano se reveste mais importante porque viveremos um momento de desafio em 2015 com a crise que retira receitas dos municípios e a previsão de uma forte estiagem. Dessa forma, o Estado contribui para as prefeituras saírem dessa crise”, avaliou Cabral.
Folha de Pernambuco - Folha Econômica | 23 de março de 2015
Brasil, a nação
Um País que sediou a Copa doMundo e que será palco das Olimpíadas, em 2016, concluiu apenas 11,6% das obras do PAC 2 referentes à promoção do esporte básico. Isso mesmo, uma em cada dez obras do PAC esporte não foram entregues, segundo o Contas Abertas. Das 9.653 construções prometidas de 2011 para 2014, somente 1.120 saíram do papel. Surreral, não?
Diário de Pernambuco - Vida Urbana | 22 de março de 2015
Obras para conter as enchentes no Recife
Prefeito Geraldo Julio acompanhou durante a manhã de ontem os trabalhos de limpeza dos canais que fazem parte da Operação Inverno 2015, orçada em R$ 9,5 milhões
22/03/2015 03:00
Para tentar diminuir os alagamentos que acontecem na cidade em dias de fortes chuvas, a Prefeitura do Recife está fazendo a limpeza dos canais do município. Na manhã de ontem, o prefeito Geraldo Julio visitiou as obras que estão sendo realizadas no canal do Vasco da Gama, no Arruda, na Zona Norte, e no canal do Leopoldo, no Engenho do Meio, na Zona Oeste. O trabalho integra a Operação Inverno 2015 que tem um investimento de R$ 9,5 milhões. Até o mês de agosto a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) pretende fazer a limpeza de todos os canais do Recife.
“Vamos limpar os 99 canais da cidade. Catorze já foram concluídos e 22 estão em andamento. Nestas obras são cerca de 50 homens trabalhando, caçambas, retroescavadeiras, muitas máquinas em ação para podermos preparar a cidade para o inverno. Todo ano temos que fazer isso para desobstruir os canais, diminuindo os transtornos nos períodos de chuva”, destacou o prefeito Geraldo Julio.
Com prazo inicial previsto para ficar totalmente limpo no início deste ano, o canal do bairro do Arruda, que tem mais de 5,8 quilômetros de extensão, só teve sua limpeza iniciada neste mês. A previsão da prefeitura é de que os serviços no local sejam concluídos num prazo de 40 dias. Um total de 260 toneladas de lixo devem ser retiradas do canal. Estão sendo utilizados na ação uma escavadeira hidráulica e dez caminhões caçamba.
No canal São Leopoldo, que tem pouco mais de 2,3 quilômetros e ficava praticamente escondido às margens da BR-101, os trabalhos devem ser concluídos no próximo mês. A expectativa da prefeitura é de que sejam retiradas 425 toneladas de resíduos do local. O trabalho está sendo realizado nas imediações do Colégio Militar do Recife.
Folha de Pernambuco - Economia | 22 de março de 2015
País permanece em compasso de espera
No epicentro de uma crise conômica e de conflitos poíticos que têm abalado às reações do Governo Federal om a sua base aliada, o País ermanece em compasso de spera para a conclusão de mportantes obras públicas e infraestrutura, que deendem da liberação de reasses federais. A aprovação e um aporte de R$ 545 mihões em recursos para Perambuco, garantidos no Oramento Geral da União de 015, esboça boas perspecivas para o Estado. Destinaos a 17 projetos, entre eles a dequação viária da BR-232 ntre os municípios de São aetano e Arcoverde, os reursos representam o terceio maior volume do País, atrás penas da Bahia e de Minas erais. Entretanto, a previsão oramentária nem sempre se raduz em execução de obras. anto que projetos que estaam garantidos para a seunda edição do Programa de celeração do Crescimento PAC) estão ameaçados por orte de repasses do Governo ederal. O atraso dessas obras rejudica a atração de novos nvestimentos ao Estado, lém de colocar em xeque os ecursos já aplicados. Em meio à crise hídrica, a bra da Adutora do Agreste orre risco de se deteriorar elo desuso. Interligada ao ixo Leste da Transposição do io São Francisco e ao Ramal o Agreste, o projeto depene dessas duas obras para uncionar. A Transposição nda a passos lentos e, na seana passada, a licitação do amal do Agreste, que alientará a Adutora, foi revoada pelo Ministério da Integração sob justificativa da necessidade de ‘reavaliar o orçamento previsto’. O orçamento previsto para a obra era de R$ 1,3 bilhão, garantidos no PAC 2. A estrutura, que deveria ser entregue este ano, beneficiaria aproximadamente dois milhões de pessoas em 64 municípios do Estado com acesso ao sistema de abastecimento integrado. Assim como o abastecimento de água está comprometido pela suspensão de investimentos federais, os entraves do trânsito também dependem do impulso federal para fluir. Enquanto isso, o Estado acumula prejuízos por problemas de mobilidade e logística, que atrapalham o escoamento de produtos e a chegada de insumos. Nesse sentido, o freio nos repasses do Governo afeta diretamente duas soluções aguardadas como efetivas para esses gargalos logísticos - o Arco Rodoviário Metropolitano do Recife e a Transnordestina. O Lote 2 do Arco, que compreende uma estrada de aproximadamente 45 quilômetros ligando a BR-408, em São Lourenço da Mata, à BR101 Sul, no Cabo de Santo Agostinho, ainda depende de licitação, enquanto o traçado do Lote 1 permanece indefinido. O projeto tem como objetivo melhorar o fluxo de veículos na BR-101, fazendo a conexão entre a Zona da Mata Norte e o Complexo Industrial Portuário de Suape. A obra é esperada, sobretudo, pela Fiat Chrysler Automobiles (FCA), que deveria utilizar a rodovia no escoamento dos veículos da fábrica de Jeep, mas não saiu antes do início da produção comercial da fábrica, como previsto. As obras da Ferrovia Transnordestina deveriam ter sido entregues em 2010, mas permanecem inacabadas até agora. Com quatro anos de atraso, o projeto teve o prazo novamente adiado pelo Ministério do Planejamento em dezembro do ano passado, com previsão de entrega apenas em 2017. A demora também representa aumento do orçamento, que atualmente já chega a R$ 7,5 bilhões e deve sofrer novo reajuste no próximo balanço do PAC.
Diário de Pernambuco - Diário Econômico | 20 de março de 2015
Quase “guerra fria”
Tempos de crise, a história se repete: empresa correndo atrás de dívidas penduradas pelo governo e malabarismos na contabilidade para garantir novas licitações. Empresário conta à coluna que demorou tanto para receber restos a pagar de uma prefeitura da RMR que teve de apelar para ver a cor dos R$ 80 mil que faltavam. Baixou em 30% o preço de uma licitação para fornecer papel higiênico e papel ofício. Concorrência ganha, só comprou os rolos e as resmas quando recebeu os atrasados. A chantagem funcionou…
Folha de São Paulo - Mercado | 20 de março de 2015
Ajuste elevou demissão, dizem construtoras
Empresários reclamam de atrasos nos pagamentos por parte do governo federal, principalmente no Minha Casa
Ministro do Trabalho havia dito que crise na construção civil era motivada pelo impacto da Operação Lava Jato
VALDO CRUZDE BRASÍLIA
Empresários da construção civil contestam o governo e atribuem o aumento de demissões no setor em fevereiro não só à Operação Lava Jato, mas também ao atraso nos pagamentos de obras federais e à desaceleração da economia brasileira.
Os atrasos de pagamento a empresas da construção civil começaram em abril de 2014 e continuaram neste ano, motivados pelo ajuste fiscal promovido pelo governo Dilma para atingir a meta de superávit primário (economia para pagamento de juros) de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2015.
Em nota divulgada nesta quinta-feira (19), a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) afirma que "discorda das declarações dadas pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias, de que o deficit de emprego da construção civil foi influenciado apenas pela Operação Lava Jato", que atingiu as maiores empreiteiras do país.
Segundo a entidade, a onda de demissão "não tem apenas uma variável", mas outras, entre elas o "momento econômico do país e também o atraso nos pagamentos das obras contratadas do Minha Casa, Minha Vida e do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)".
"Estamos extremamente preocupados com o desemprego no setor. Sindicatos do Brasil inteiro estão nos atualizando sobre o quadro de demissões em seus Estados e demonstram apreensão em relação ao futuro das empresas", afirmou o presidente da CBIC, José Carlos Martins.
Em fevereiro, a indústria da construção civil demitiu mais do que contratou 25,8 mil trabalhadores com carteira assinada, um dado negativo que, no mesmo mês do ano passado, havia sido positivo, com abertura de 25 mil vagas.
O setor tem registrado mais demissões do que contratações desde outubro do ano passado. A diferença é que, em janeiro e fevereiro de 2014, houve mais contratações do que corte de vagas, enquanto neste ano a situação se inverteu.
O ritmo de contratação na construção começou a cair a partir de abril do ano passado, quando o governo Dilma começou a atrasar seus pagamentos a empreiteiras que tocam obras do PAC e do Minha Casa, Minha Vida.
Em 2014, os atrasos ocorreram porque a equipe do então ministro Guido Mantega (Fazenda) buscava fechar o ano com superavit nas contas públicas sem formalizar oficialmente um corte de despesas do governo federal, buscando evitar notícia negativa para a presidente num ano eleitoral. No final do ano, porém, o governo acabou fechando com deficit.
Em 2015, os atrasos continuaram, agora porque o governo decidiu fazer um forte ajuste fiscal para reequilibrar as contas públicas e tentar resgatar a credibilidade junto ao mercado.
Folha de Pernambuco - Economia | 20 de março de 2015
Suspenso há 1 ano, arco viário continua no papel
Há exatamente um ano, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) anunciava a suspensão da licitação que ia selecionar a empresa ou consórcio responsável pelo o Anel Viário da Região Metropolitana do Recife. Depois de muitas idas e vindas e muita polêmica envolvendo questões ambientais, o projeto mudou de nome, foi dividido em dois lotes, mas não andou. Até a licitação do Lote 2 do projeto que liga trecho da BR-101 Norte BR-408, entre São Lourenço a Mata e Paudalho, prometida elo Governo Federal para este mês, não tem mais previsão. Após analisar as complementações referentes ao Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima), a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) solicitou novos esclarecimentos ao Dnit. A lista e exigências da CPRH tem 11 ontos que deverão ser atenidos para a liberação da liença prévia. Por meio da assessoria de Imrensa, a CPRH informou que xigiu um pronunciamento do nit referente ao encaminhamento do processo de licenciamento, frente à Instrução Normativa nº 22 do Ibama, que estabelece critérios e procedimentos para solicitação, análise e concessão de aprovação prévia à supressão de vegetação. O órgão ambiental também pediu a adequação do projeto da rodovia, respeitando as restrições impostas pela Lei Estadual nº 9.860/1986, que delimita as áreas de proteção dos mananciais. Ainda do ponto de vista ambiental, foi pedida a adequação da rodovia demodo que não intercepte nenhuma Unidade de Conservação de Proteção Integral; a apresentação de dados e informações relativas ao diagnóstico da fauna terrestre e aquática da área do empreendimento; e a comprovação dos registros no Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental de alguns profissionais responsáveis pela elaboração do EIA/Rima. Para a CPRH, o Dnit precisará fornecer mais informações e o mapeamento do gasoduto da Copergás existente na área, com um documento da companhia se posicionando sobre a interferência da rodovia nos dutos de gás. O órgão estadual tambémespera esclarecimentos referentes às soluções para o deslocamento dos pedestres, nos locais onde há comunidades e assentamentos que serão interceptados pelo arco. Para a liberação da licença prévia e a abertura do certame, o Estado espera que o Dnit apresente as permissões do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco (Iterpe). Os órgãos devem autorizar a remoção total ou parcial dos assentamentos e acampamentos localizados na área da estrada. Por fim, a Compesa deverá se posicionar à respeito da interferência direta que a rodovia terá nos sistemas Gurjaú e Tapacurá. O Dnit deverá solicitar à Celpe ou à Chesf documentos a respeito das redes elétricas existentes no percurso do arco.
Fonte: SINDUSCON
Relações Trabalhistas
O Sinduscon/PE é o orgão credenciado pelo Ministério do Trabalho e Emprego para representar a categoria por ocasião da discussão da Convenção Coletiva do Trabalho do setor, ano a ano, junto aos sindicatos laborais. Confira as convenções e tabelas salariais.
Convenção Coletiva de Trabalho 2014/2015 (Caruaru)
Confira a Convenção Coletiva de Trabalho da cidade de Caruaru.
Convenção Coletiva de Trabalho 2014/2015 (Ipojuca)
Confira a Convenção Coletiva de Trabalho do município de Ipojuca e Litoral Sul.
Convenção Coletiva de Trabalho 2014/2015 (Petrolina)
Confira a Convenção Coletiva de Trabalho da cidade de Petrolina
Convenção Coletiva de Trabalho - SINTRANCOM/PE
Informamos que foi concluído o processo de negociação coletiva de trabalho deste SINDUSCON com o SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E DO MOBILIÁRIO DE IPOJUCA & LITORIAL SUL – SINTRAINCOM/PE, já tendo ocorrido a transmissão do instrumento ao Ministério do Trabalho e Emprego, para fins de registro.
Tabela Salarial 2014/2015
Nova tabela salarial válida de 01-10-2014 a 30-09-2015
Convenção Coletiva do Trabalho 2014 - 2015
Convenção Coletiva de Trabalho celebrada por este SINDUSCON com o SINDICATO INTERMUNICIPAL DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL, DE ESTRADAS, PAVIMENTAÇÃO, OBRAS DE TERRAPLANAGEM EM GERAL, INCLUSIVE PORTOS, AEROPORTOS, CANAIS, PONTES, BARRAGENS, MONTAGENS INDUSTRIAIS DO ESTADO DE PERNAMBUCO (“Marreta”), com vigência a partir de 1º de outubro de 2014
Circular nº 040/2013
Circular nº 040/2013, referente informações quanto a conclusão do processo de negociação coletiva de trabalho deste SINDUSCON /PE com o SINDICATO INTERMUNICIPAL DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL, DE ESTRADAS, PAVIMENTAÇÃO, OBRAS DE TERRAPLANAGEM EM GERAL, INCLUSIVE PORTOS, AEROPORTOS, CANAIS, PONTES, BARRAGENS, MONTAGENS INDUSTRIAIS DO ESTADO DE PERNAMBUCO (“Marreta”).
Convenção Coletiva do Trabalho - Marreta 2013/2014
SINDICATO DOS TRAB NA IN CONST CIVIL E PESADA DE PE, CNPJ n. 08.142.317/0001- 74, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). DULCILENE CARNEIRO DE MORAIS; E SINDICATO DA IND DA CONSTRUCAO CIVIL NO ESTADO DE PE, CNPJ n. 11.010.725/0001-87, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). GUSTAVO ALBERTO COCENTINO DE MIRANDA;celebram a presente CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHo.
Convenção Coletiva de Trabalho CCT Federação 2013/2014
O SINDICATO DA IND DA CONSTRUCAO CIVIL NO ESTADO DE PE, neste ato representado por por seu Presidente, Sr(a). GUSTAVO ALBERTO COCENTINO DE MIRANDA e os: SINDICATO PROFS DOS TRAB NA IND DA CONST E DO M PETROL, neste ato ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). JOSE RONALDO DE OLIVEIRA; SINDICATO DOS TRABALHADORES NA INDUSTRIA DA CONSTRUCAO CIVIL DE GARANHUNS PE , neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). MANOEL DA SILVA e a FEDERACAO DOS TRABALHADORES NA INDÚSTRIA DA CONSTRUCAO E DO MOBILIARIO DO NORTE E NORDESTE, CNPJ n. 11.011.426/0001-67, neste ato representado (a) por seu Presidente, Sr(a). EDIVAN MARIANO DA CRUZ celebram a presente CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, estipulando as condições de trabalho previstas no arquivo.
Convenção Coletiva de Trabalho Caruaru 2013/2014
O SINDICATO DA IND DA CONSTRUCAO CIVIL NO ESTADO DE PE, neste ato representado por por seu Presidente, Sr(a). GUSTAVO ALBERTO COCENTINO DE MIRANDA e o SIND DOS TRAB NAS INDUSTRIAS DA CONST CIVIL DE CARUARU, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). JOSE HENRIQUE RAMOS CASTELIANO celebram a presente CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, estipulando as condições de trabalho, previstas no arquivo.
Sind dos Trabs nas Indústrias da Const. Civil de Caruaru
Convenção coletiva 2012/2013
Federação Trabs Ind Conste Mobiliário Norte Nordeste
Convenção coletiva de trabalho 2010/2011
Convenção Coletiva de Trabalho - Ipojuca e Litoral Sul
Convenção Coletiva de Trabalho 2012/2013
Convenção Coletiva - Marreta 2012/2013
SINDICATO DOS TRAB NA IN CONST CIVIL E PESADA DE PE, CNPJ n. 08.142.317/0001- 74, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). DULCILENE CARNEIRO DE MORAIS; E SINDICATO DA IND DA CONSTRUCAO CIVIL NO ESTADO DE PE, CNPJ n. 11.010.725/0001-87, neste ato representado(a) por seu Presidente, Sr(a). GUSTAVO ALBERTO COCENTINO DE MIRANDA;celebram a presente CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHo.
Covenção Coletiva de Trabalho 2013/2014 - Caruaru IC Registrado
SINDICATO DA IND DA CONSTRUCAO CIVIL NO ESTADO DE PE, representado (a) por seu Presidente, Sr (a). GUSTAVO ALBERTO COCENTINO DE MIRANDA, E SIND DOS TRAB NAS INDÚSTRIAS DA CONST CIVIL DE CARUARU representado (a), neste ano, por seu Presidente, Sr(a). JOSE HENRIQUE RAMOS CASTELIANO celebram a presente CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, estipulando as cláusulas de condições de trabalho:
Convenção Coletiva do Trabalho - CCT SINTRAINCOM 2013 2014
O SINDICATO DA IND DA CONSTRUCAO CIVIL NO ESTADO DE PE neste ato representado por por seu Presidente, Sr(a). GUSTAVO ALBERTO COCENTINO DE MIRANDA e o SINDICATO PROFS DOS TRAB NA IND DA CONST CIVIL MOB DE IPOJUCA E LITORAL SUL, JOSÉ LUIZ CAVALCANTI FERREIRA, celebram a presente CONVENÇÃO COLETIVA DO TRABALHO, estipulando as condições previstas nas cláusulas, que estão no arquivo:
Fonte: SINDUSCON
MARRETA/PE Sindicato dos trabalhadores da construção civil de Pernambuco.
Rua Da Concórdia, 829, São José, Recife-PE, CEP: 50020-050.
SINDUSCON/PE Sindicato da industria da construção civil no estado estado Pernambuco.
Situado Rua Marques do Amorim, 136, Ilha do Leite, o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco- Sinduscon/PE reune em sua sede dois auditórios para reuniõs e palestras, setor administrativo, assessoria econômica, jurídica e de comunicação. Para discutir assuntos de grande relevância para a construção civil, os diretores do Sinduscon/PE, reunem-se todas as segundas-feiras, ao meio dia, em sua sede. Através dessas reuniões são deliberadas ações e orientações para o bom desenvolvimento do setor no Estado de Pernambuco.
Serviços prestados
Representação Política da categoria, defesa da categoria econômica em todas as úreas, pesquisa de Mercado
Remessa de circulares tratando de assuntos de interesse da categoria
Advogados das úreas trabalhista e civil a disposição para dirimir eventuais dúvidas Informações da Câmara Brasileira da Indústria da Construção
CBIC
Informações sobre o andamento das negociações trabalhistas por ocasião da data base Fornecimento de cópias das Convenções Coletivas do Trabalho
Fornecimento de tabelas salariais na ocorrência de alteração da tabela em vigor
Envio da Unidade Odontológica do SESI para atender os operários nos canteiros
Cursos, palestras e seminários sobre assuntos ligados a categoria
Encaminhamento de operários para participarem de cursos profissionalizantes na Escola da Construção
Orientação para instalação de turmas de alfabetização nos canteiros, com a supervisão do SESI
Informações sobre licitações
Informações sobre palestras, cursos, congressos e encontros realizados no Recife e em outras capitais
Informações sobre mudanças nas legislações municipais, Estaduais e Federais
Campanhas de prevenção: doenças ocupacionais, AIDS, vacinação e segurança no trabalho
Sinduscon EmDia - Informativo eletrônico com notícias da categoria
O Construtor - jornal bimestral com notícias da categoria
IMOBILIARIAS PARCERIAS DA ADEMI-PE

ADEMI-PE é uma associação de empresas
do mercado imobiliários de Pernambuco.
História
A Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (ADEMI-PE) nasceu, em 1975, da transformação da antiga AIEP (Associação dos Incorporadores do Estado de Pernambuco), sendo seu primeiro presidente André Carlos Alves de Paula. Vários empresários da Construção Civil participaram da estruturação da nova Associação, entre eles Henock Coutinho de Melo, Álvaro Mota Correia Amado, Antônio Callou Cruz, Luís Alberto Carneiro, Isaac David de Souza e Petrônio Barbosa.
Foi importante o prestígio conseguido por André para que um representante de Pernambuco fosse diretor vice-presidente da Câmara Brasileira de Indústria de Construção, cargo esse que ele veio a ocupar e foi sucedido por Annibal Freitas.
Álvaro Mota Correia Amado foi o segundo presidente da ADEMI-PE, eleito em 1979. Nessa época, foi feito um grande trabalho para o aumento do quadro social.
No ano de 1986, sob a direção de Annibal Freitas, a ADEMI-PE teve sua sede própria construída, com ajuda financeira dos associados. Na gestão seguinte, de Gabriel Bacelar, foi dada ênfase à campanha institucional da Associação, à legislação do Corpo de Bombeiros, ao lançamento da Pesquisa Imobiliária – aferindo o perfil do mercado – e ainda, à edição do Informativo da ADEMI-PE.
Presidindo a entidade a partir de 1988, o empresário José Chaves priorizou a reformulação e modernização dos Estatutos, a discussão e modificação da Legislação Urbanística do Município do Jaboatão dos Guararapes, a participação na busca de uma solução dos problemas gerados pelo cone de som do Aeroporto dos Guararapes. Contribuiu-se, ainda, para a elaboração da nova Lei de Parcelamento do Solo da Prefeitura da Cidade do Recife.
Assumindo a presidência da ADEMI-PE em 1990, o engenheiro Paulo Gesteira Costa enfrentou os percalços econômicos dos planos Collor I e II. Naquele ano, foi promovido, em parceria com o SINDUSCON-PE, o 53º ENIC (Encontro Nacional da Construção Civil). Foi projetada, construída e financiada pela associação, a experiência piloto de calha eletrolítica na praia de Piedade. Outro marco foi a batalha judicial travada com êxito contra a cobrança da diferença do ICMS nas compras feitas pelos associados em outros Estados. Porém, o maior destaque da administração foi a relevante contribuição para modificação e melhoria do Plano Diretor da Cidade do Recife.
Empresas participantes da ADMI-PE.



































































































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